Violência: Valei-nos quem pode nos ajudar! Maldição do Rio está vindo pra cá

• Levi Vasconcelos
• 20 Ago 2021
• 18:16h

Vistos nas reportagens das TV’s, os tiroteios que marcaram as duas penúltimas madrugadas em Valéria, subúrbio de Salvador, dão sinais visíveis e recados incubados.

Na parte visível, as imagens são bastante similares a entreveros entre a polícia e traficantes no Rio de Janeiro. No lado implícito, fica evidente: a guerra no Rio está se alastrando pelo país.

Eis a questão: se há muito tempo tem gente morrendo nessa guerra, e, ao invés de vermos ela recrudescer, ela se alastra, qual seria a saída?

Num lado, há quem defenda o aparelhamento da polícia; noutro, a revisão da política de Estado sobre o assunto.

Na Alba

Faça-se justiça, a Comissão de Segurança e Direitos Humanos da Alba realiza uma sucessão de debates sobre o tema, o último deles em maio, puxado pelo deputado Hilton Coelho (PSOL). Deles participam representantes da PM, do Ministério Público, do TJ-BA, da OAB-BA, e se produz um consenso: droga não é problema de polícia, mas sim de saúde pública.

Fala Hilton:

– A guerra às drogas tem feito mais mal que as próprias drogas. Temos no Brasil hoje, por ano, 60 mil homicídios, milhares de desaparecidos e cerca de 300 pessoas que morrem por abuso de drogas. Ora, 60 mil homicídios demonstram que a política de guerra às drogas é mais letal que as próprias drogas.

Como nada vai mudar já, ao que parece, G. F. M, morador de Valéria, diz que só resta lá um caminho: rezar.