Influência federal na disputa baiana é forte, mostra pesquisa do Paraná

  • Levi Vasconcelos
  • 22 Mai 2021
  • 11:22h

(Foto: Reprodução)

Pesquisas a pouco mais de um ano das eleições só têm uma serventia: sinalizar para o cenário que se desenha no entorno da disputa, e a do Paraná, divulgada em parceria com o site Bahia Notícias, reflete precisamente o sentimento entre políticos: Jaques Wagner está turbinado por Lula, e ACM Neto é competitivo, mas está sem referência federal.

Na disputa presidencial, dá Lula com 43,3%; Bolsonaro com 24,6%; e Ciro Gomes com 7,7%. Quando você cola os baianos com eles, o cenário muda: ACM Neto com Ciro Gomes vai a 38%; Jaques Wagner com Lula chega a 33,2%; e João Roma com Bolsonaro fica em 15,2%.

Veja que Neto puxa Ciro Gomes para cima; Lula cai, mas puxa Jaques Wagner também para cima; e Bolsonaro cai, mas também puxa João Roma, que, sozinho, jamais teria isso.

Link federal

ACM Neto diz que a questão federal não influencia tanto na estadual, mas os fatos, de antes e de agora, mostram o contrário.

Com Rui Costa, o PT fecha 16 anos no comando do governo baiano, que ano passado deu sinais de exaustão, o principal deles com as derrotas em Feira de Santana e Vitória da Conquista. A volta de Lula ao cenário mudou o jogo. Requalificou o PT.

Noutra banda, convém notar que Ciro com Neto, e Bolsonaro com Roma, somados, atingem mais de 50%, o que quer dizer: a questão principal é saber como a oposição vai se ajustar.

2022 está longe, mas em termos eleitorais, já começou. Agora é ver como acaba.