MPRJ diz que Flordelis pode ter fraudado carta em que filho confessa ter matado pastor

  • G1
  • 01 Nov 2019
  • 13:11h

(Foto: Reprodução)

O Ministério Público do Rio de Janeiro aponta que a deputada federal Flordelis é suspeita de fraudar uma carta em que um de seus filhos confessa ter matado o pai, o deputado Anderson do Carmo. A informação foi divulgada pelo Jornal O Globo e confirmada pela TV Globo. Nesta quinta-feira (31), foram ouvidas, até as 20h, 22 testemunhas de acusação no processo em que dois filhos da deputada Flordelis, Lucas dos Santos e Flávio dos Santos, são réus. A audiência foi a primeira do caso, quatro meses e meio após o crime. Wagner Andrade Pimenta, mais conhecido como Mizael, filho afetivo da deputada e uma das 22 testemunhas de acusação, pediu para aguardar em local isolado até que fosse chamado à sala de depoimentos nesta quinta-feira. “Estou em busca da justiça. Hoje eu estou aqui por isso, creio que a verdade vai aparecer. Estão tentando jogar sobre mim uma culpa de um assassinato que não é verdade, que não fui eu, é uma farsa, e vai aparecer o verdadeiro mandante”, declarou Mizael. O advogado dele, Reinaldo Pereira dos Santos, disse que a medida era necessária para preservar a integridade física de Mizael, acusado de participação no assassinato em uma carta supostamente escrita pelo réu Lucas dos Santos de Souza. A parlamentar, em entrevista, já havia explicado que recebeu a carta das mãos da mulher de um preso. Na correspondência, ainda de acordo com o advogado, Lucas revela que Mizael teria oferecido a ele um emprego e um carro em troca de um “susto” na vítima, o pastor Anderson do Carmo. “A partir da divulgação dessa carta, que supostamente atribui a participação dele como mentor intelectual desse crime, achamos por bem acompanhá-lo para que se faça valer a justiça. E, principalmente, para que as provas que efetivamente constam do inquérito sejam validadas, até porque a autoridade policial já tem um entendimento relacionado à veracidade dessa carta supostamente escrita pelo réu Lucas. É basicamente não deixar que ele sofra alguma sanção ou corra o risco de ser indiciado”, disse Reinaldo dos Santos.