Alunos UNINTER são visitados por intérprete de LIBRAS e seu esposo surdo

  • Izidy Ramel Comunicação
  • 18 Nov 2013
  • 09:33h

Alunos Uninter, sua coordenadora Alice Andrade e o casal visitante (Foto: IRC)

Os alunos do Centro Universitário UNINTER do curso de Pedagogia, nesse momento, estão cursando a disciplina Libras, desse modo, a coordenadora pedagógica da Universidade, Maria Alice Andrade, percebeu o interesse que eles demonstraram pela Língua de Sinais trabalhada em sala, assim, fez um convite à professora intérprete  Kátia Quelle Ferreira da Silva, casada com um surdo. Quelle, além de ser pedagoga formada pela UNINTER, também se formou em Letras pela UNEB de Brumado. O casal aceitou o convite de imediato, e estiveram durante duas horas em sala de aula com os alunos que ficaram muito contentes com a visita, pois, puderam estar mais perto da realidade de pessoas que se comunicam o tempo todo pela Língua Brasileira de Sinais.O técnico de segurança Daniel Barbosa Rocha, esposo de Quelle, disse que se sente feliz e com sorte por ter se casado com a profissional, pois assim, ele não precisa de outros intérpretes para acompanhá-lo, principalmente em situações mais complicadas, em que é tão necessário ter alguém que saiba a linguagem de sinais por perto.
 

Pedagoga e finalizando curso de letras, ex-aluna UNINTER e Intérprete de Libras Kátia Quelle Ferreira da Silva /   Técnico de segurança Daniel Barbosa Rocha

Um dos alunos presentes, que já atua na área, expôs que possui dois alunos surdos na escola em que ele trabalha na zona rural, e afirmou a importância fundamental dos professores saberem se comunicar corretamente com eles. Daniel defende o bilinguismo, pois entende que o surdo deve adquirir a Língua de Sinais, que é considerada a língua natural dos surdos, como língua materna (L1) e como segunda língua, a língua do seu país (L2), por meio da proposta bilíngue o aluno poderá ter o ensino das disciplinas curriculares ministradas em Libras, o que garantiria  aprendizagem com mais êxito. A luta para inserir LIBRAS na educação brasileira como qualquer outra disciplina não é de hoje, o que se espera das autoridades é que esse projeto torne-se lei, para que as crianças e adolescentes que têm a necessidade de comunicar-se por meio dela, possam, desde cedo, sentirem-se inseridos na sociedade de maneira respeitosa, e são atitudes assim, como a de Alice, Quelle e Daniel, que vão fortalecer cada vez mais a noção das pessoas no que tange a essa necessidade.