Seis são flagrados em condições de trabalho degradantes na Bahia

  • G1 Bahia
  • 26 Mai 2017
  • 16:00h

Foto: Reprodução

Ao menos seis trabalhadores foram encontrados em condições degradantes de trabalho em uma fazenda na cidade de Cardeal da Silva, na Bahia. Um deles era mantido em condição análoga à escravidão e foi libertado. O trabalho destes indivíduos era cortar mata nativa para produção clandestina de carvão. A remuneração era absurda, para cada saca de carvão produzido pelos trabalhadores era recebido apenas R$ 7, totalizando cerca R$ 200 por semana, o que não garantia o pagamento de um salário mínimo mensal. Também foi constatado pela SRTE-BA que os trabalhadores contratados possuíam dívidas com alimentação com o empregador. Um caderno com débitos foi encontrado, o que comprova a denúncia. O proprietário da fazenda situada em Cardeal da Silva não compareceu à audiência designada na quinta-feira (25), quando deveria assinar a carteira de trabalho dos empregados e quitar todos os créditos trabalhistas. Devido ao não comparecimento, o Ministério Público do Trabalho entrou com ação civil pública solicitando indenização no valor de R$ 2 milhões, além de solicitar à Justiça do Trabalho a desapropriação da terra, pelo fato dela estar sendo utilizada para fins ilícitos. De acordo com a SRTE-BA, os empregados dormiam em barracos improvisados de madeira e lona, sem colchões, no meio da mata atlântica, em contato com insetos e outros animais. A superintendência ainda informou que as necessidades fisiológicas dos empregados eram feitas a céu aberto. Além disso, eles não tinham direito a tomar banho ou beber água potável, e conviviam com escassez de alimentos. Eles também eram submetidos a consumir carne conservada em sal.