Centrais sindicais criticam reforma trabalhista e planejam protesto

  • 10 Set 2016
  • 11:51h

(Foto: Reprodução)

As declarações do governo sobre mudanças na legislação trabalhista têm deixado sindicalistas não só irritados como também confusos. "Para nós, essas falas são balões de ensaio, e balões furados", afirma João Carlos Gonçalves Juruna, secretário­geral da Força Sindical. Em nota, a entidade afirma que o governo "precisa ter mais prudência na divulgação de medidas que estão sendo feitas de forma atabalhoada e fatiada" e que repudia a retirada de direitos já estabelecidos, como a jornada de oito horas diárias. Na quinta (8), o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, afirmou em discurso a sindicalistas que uma das propostas para a reforma da legislação é dar segurança jurídica a acordos coletivos que ampliem a jornada diária para até 12 horas, dentro da limitação semanal de 48 horas. Depois da repercussão negativa da fala, a pasta realizou ação nas redes sociais nesta sexta (9) e divulgou nota à imprensa para esclarecer que não defende ampliação da jornada de trabalho. Sérgio Nobre, secretário­geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), preferiu não comentar as declaração de Nogueira porque, até o momento, está tudo uma "confusão", diz. Ele afirma que a entidade é contra qualquer reforma na Previdência e na legislação trabalhista. "Na nossa avaliação, o país precisa de uma agenda de crescimento. Essas reformas são equivocadas", diz. Movimentos trabalhistas organizam manifestações contra o que entendem como retirada de direitos pelo governo. De acordo com Juruna, a Força Sindical planeja um ato nacional para o dia 22 de setembro. Uma semana depois, no dia 29, metalúrgicos prometem realizar uma paralisação em todo o país contra as propostas de reformas.