Baianos têm dificuldades para encontrar vacina contra a gripe

  • 10 Ago 2016
  • 15:12h

(Foto: Reprodução)

Com o inverno e as temperaturas mais baixas, é comum o aumento de casos de gripe na capital e no interior. O problema é que tem sido complicado encontrar a vacina nos postos de saúde do município para quem busca se proteger. Em pelo menos dois de grande movimento, o Ramiro de Azevedo, no Campo da Pólvora, e o 5º Centro, nos Barris, a informação era, na manhã de ontem, de que não existiam doses da vacina. No estoque havia apenas doses para crianças que já haviam tomado a primeira vacina e, obrigatoriamente, teriam de tomar a segunda. A estimativa é de que novas doses só estejam disponíveis no próximo ano. A maioria das mães que levava seus filhos para vacinar, no entanto, estavam nos respectivos locais para imunizá-los contra outras doenças. De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), foram registrados, este ano, 110 casos da gripe H1N1 em toda a Bahia, sendo 31 em Salvador, 12 em Vitória da Conquista e nove na cidade de Guanambi. Ao todo, foram 26 óbitos no estado, cinco na capital. Diante da situação, a população tem recorrido a clínicas particulares para ter acesso a vacina e ficar protegido. Para tanto, é necessário desembolsar entre R$ 130 e R$ 150 em uma das unidades do Seimi, que fica no bairro do Itaigara. O valor pode ser pago à vista ou parcelado em duas vezes. 

Por lá, apesar da vacina quadrivalente estar em falta, ainda havia cerca de 20 doses da trivalente, que protege contra três tipos de gripe: H1N1, H3N2 e um dos tipos de Influenza B. Já a quadrivalente protege, além das duas primeiras já citadas, contra os dois tipos de Influenza B. A gerente Operacional do laboratório, Kátia Bulhões, afirmou que a procura aumentou cerca de 200% em relação ao mesmo período do ano passado. “Ainda estamos com uma saída forte mesmo com o inverno de Salvador demorando a ganhar força”, ressaltou. Ainda segundo ela, cerca de 20 doses são aplicadas por dia em todas as unidades do grupo, sendo que, no período mais crítico, à época da vacinação, foram aplicadas mais de 500 doses diárias. “Temos, em estoque, mais 100 doses e realizamos a compra de mais”, disse Bulhões. Procurada pela reportagem, a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que novas vacinas, de fato, só estarão disponíveis nos postos de saúde apenas nos meses de abril e maio do ano que vem, época em que normalmente acontecem as campanhas de vacinação. Na desse ano, segundo o órgão, foram aplicadas mais de 30 mil doses e mais de 90% do público alvo (crianças menores de seis anos, idosos, gestantes, entre outros) foi atingido, batendo a meta estipulada do Ministério da Saúde, que era de 80%. Em todo o estado, de acordo com a Secretaria estadual de Saúde (SESAB), foram vacinadas 2,6 milhões das 3 milhões estimadas como publico alvo da campanha, o que corresponde a 91%.