BNDES libera R$ 7,3 bilhões para o Fundo Clima entre abril e outubro
- Bahia Notícias
- 11 Nov 2024
- 16:30h
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou, entre abril e outubro deste ano, R$ 7,3 bilhões para operações do programa Fundo Clima, que é vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e da Mudança do Clima. O valor foi apresentado esta semana na 36ª reunião ordinária do Comitê Gestor do fundo e corresponde a 70% da quantia destinada pela União para financiar projetos de mitigação das mudanças climáticas.
De acordo com informações da Agência Brasil, o montante aprovado neste período é significativamente superior ao total destinado ao fundo nos últimos 10 anos. Em valores atualizados, os R$ 7,3 bilhões representam 2,5 vezes o total de R$ 3 bilhões alocados no Fundo Clima entre 2013 e 2023.
O dinheiro liberado será utilizado para financiar iniciativas focadas em resiliência e sustentabilidade urbana, bem como para projetos relacionados à transição energética, com o objetivo de substituir gradualmente os combustíveis fósseis. A expectativa do BNDES é que até o final de 2023, o valor aprovado para o fundo alcance R$ 10 bilhões.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que, com a liberação desses recursos, foram gerados 15,2 mil empregos "verdes", número que supera em 20 vezes os 753 postos de trabalho registrados no ano anterior.
Mercadante também mencionou que R$ 167 milhões serão destinados a projetos de produção de combustíveis sustentáveis, como o combustível de aviação sustentável (SAF) e outros voltados para a navegação. Ele ressaltou que o Brasil tem uma oportunidade de liderança no processo de descarbonização, dado seu histórico de mais de 50 anos como líder global na agenda de biocombustíveis.
Além disso, o BNDES afirmou que parte dos R$ 7,3 bilhões, cerca de R$ 2,7 bilhões, ainda terá o destino definido até o final de dezembro. Para 2025, a projeção de recursos destinados ao fundo é de aproximadamente R$ 11,5 bilhões.
Outro ponto destacado pela instituição foi a ampliação dos recursos para as regiões Norte e Nordeste. No caso do Nordeste, o valor aprovado entre abril e outubro foi 19 vezes maior do que o montante aprovado em 2022, com R$ 1 bilhão alocados neste período, contra R$ 51 milhões no ano passado.