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Professor da Ufba é demitido após denúncias de assédio sexual na BA; homem teria oferecido R$ 5 mil a uma das vítimas

  • Casos aconteceram com pelo menos três vítimas, em Salvador, no ano de 2020, na universidade que em 2022 integrou o ranking de melhores do mundo.
  • Por g1 BA
  • 24 Nov 2023
  • 11:29h

Foto: Divulgação/Ufba

Um professor de filosofia da Universidade Federal da Bahia (Ufba) foi demitido após denúncias de assédio sexual. De acordo com um documento emitido pela instituição de ensino, assinado na quarta-feira (22), os três episódios aconteceram em 2020 na universidade que no ano passado integrou o ranking de melhores do mundo.

Não há informações sobre quando as vítimas denunciaram os casos, nem se o professor foi afastado logo após a denúncia. O g1 entrou em contato com o professor e aguarda posicionamento. A assessoria de comunicação da Ufba também foi procurada e informou que não vai emitir nota sobre o caso.

As denunciantes eram duas alunas e uma funcionária da universidade. Em todos os casos, elas relataram que inicialmente tinham relações cordiais com o professor, até que ele passou a enviar mensagens de teor sexual. Em uma delas, a vítima contou que o suspeito disse que queria engravidá-la.

A primeira pessoa mulher a denunciar o professor na reitoria da universidade foi a funcionária da instituição, em 2021. Depois dela, as duas alunas prestaram as queixas. Veja o que disseram as vítimas, conforme o documento da Ufba:

 

 

Vítima 1

A vítima 1 era aluna do professor de filosofia. Em depoimento à direção da faculdade, ela contou que ambos mantinham uma relação cordial até que em setembro de 2020, recebeu mensagens dele por um aplicativo de mensagens.

Segundo a vítima, as mensagens tinham conteúdos como "quero te beijar", "você é linda" e "quero ficar contigo".

Um dia depois, o professor teria mandado outras mensagens e se desculpou pelas falas. Segundo a vítima, ele atribuiu a situação a "estar passando por momentos difíceis".

Porém, em dezembro do mesmo ano, ela recebeu novas mensagens do docente. Para a direção da faculdade, a vítima disse que ele voltou a escrever mensagens de teor sexual, onde afirmava que queria que ela engravidasse dele e ofereceu R$ 5 mil para que eles ficassem juntos.

Vítima 2

A vítima 2 também era aluna do professor. Segundo ela, a situação começou quando foi convidada para ir até o apartamento do docente, em julho de 2020. Ela acreditou que o convite estava a associado a confraternização de um projeto onde eles atuavam juntos.

O documento não detalha o que de fato ocorreu na casa do professor, mas a vítima indica que teria sido acariciada e dopada pelo profissional.

"O saldo dessa experiência é, além dos danos emocionais e da integridade psíquica, me sinto enojada e incapaz de permanecer no projeto", relatou na época.

Vítima 3

A vítima 3 é funcionária da universidade. Ela relatou que, em outubro de 2020, foi surpreendida com uma mensagens de teor sexual do professor. Nelas, o docente fazia comentários sobre a vítima e sobre a filha dela, que tinha menos de 18 anos na época.

"[O assédio] me ocasionou grave desconforto e prejuízo emocional, com sintomas de ansiedade e insônia", relatou a vítima.

A funcionária ainda disse que a situação prejudicou a atuação dela na universidade.

Decisão da Ufba

De acordo com o documento emitido pela Ufba, a defesa do professor apresentou laudos que comprovam que ele foi diagnosticado com transtorno bipolar, o que "não compromete o seu cognitivo, mas interfere na manifestação comportamental".

O professor assumiu a autoria das mensagens enviadas para as alunas e para a profissional, mas negou ter acariciado e dopado a aluna que foi até sua casa.

A comissão da universidade considerou o caso como situação análoga à hipótese de semi-imputabilidade do Código Penal brasileiro, que autoriza a punição do autor, mas impõem uma redução de pena.

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UFBA: orçamento é insuficiente para ‘ter atividades normalmente’ em setembro

  • Redação
  • 09 Ago 2019
  • 10:58h

(Foto: Reprodução)

Com o contingenciamento de 30% dos recursos para o custeio das universidades federais, muitas poderão ter os serviços prejudicados se o governo não liberar um orçamento maior. O levantamento foi feito pelo jornal Estado de São Paulo. Das 63 universidades federais do país, 37 responderam à reportagem que o valor restante que têm a receber do Ministério da Educação é insuficiente para todas as despesas até o final do ano. A UFBA, por exemplo, afirmou que o desbloqueio é necessário para ter atividades normalmente no próximo mês. De acordo com a instituição, já houve redução em contratos de vigilância, limpeza, portaria a manutenção. Além disso, suspendeu suspendeu passagens aéreas e transporte terrestre e reduziu viagens para estudo de campo das graduações. Procurado, o MEC disse, em nota, que está disposto apenas a “intermediar a resolução de questões pontuais de liberação de limite de orçamento”.

Formada em teatro pela UFBA, atriz da Globo lamenta cortes na educação: 'É deprimente'

  • Ian Meneses / Júnior Moreira Bordalo
  • 29 Jun 2019
  • 08:19h

(Foto: IG)

Após participação em “Velho Chico” e “Segundo Sol”, a baiana Ariane Souza já tem data para voltar às telas da TV Globo. A atriz está gravando a série “Segunda Chamada”, de Carla Four, Jô Bilac e Julia Spadaccini, dirigida por Joana Jabace. A previsão de estreia é para outubro. Na trama, ela vive a Joelma. “A série se passa dentro de um EJA (Educação de Jovens e Adultos), de ensino noturno e eu faço uma das alunas. Ela é meio a ‘intriguentinha’ da escola. Ela se acha dona da situação, tudo tem que passar pelo seu”, explicou ao Bahia Noticias. As duas últimas participações da artista em projetos da platinada foram em obras nordestinas e ter trabalhado nesse contexto foi motivo de comemoração para ela. “Maravilhoso, importantíssimo. Era muito raro na época que eu morava em Salvador. Sempre que existia alguma coisa relacionada a Bahia eu ficava muito animada. Então, comemoro que cada vez mais tem se deslocado o audiovisual do eixo Rio-São Paulo. É uma questão de representatividade. O Brasil não se resume ao eixo, quero que aconteça cada vez mais.

Apesar dos 20 anos de carreira, Ariane segue buscando seu espaço na TV e entende as dificuldades por ser mulher, negra e nordestina. “Acho que o cenário está mudando, mas temos um caminho bem longo a percorrer para chegar à representatividade real do povo brasileiro. Tenho amigos fora do Brasil que assistem televisão brasileira e ficam impressionados com a diferença quando vêm ao País. Espero que em breve isso se equipare”, desejou. Sobre a falta de investimento em artistas negros no audiovisual de uma forma geral, destacou: “Ainda existe uma coisa enraizada da nossa história. É um processo que precisa abrir a cabeça dos investidores, dos diretores, autores...”.

 

CRISE NA EDUCAÇÃO

Morando no Rio de Janeiro há cinco anos, Ariane é bacharel em interpretação teatral pela Universidade Federal da Bahia e lamenta os recentes cortes na educação superior, que atingirão diretamente a sua faculdade. “É deprimente, tive uma experiência muito feliz na ETUFBA. A nossa faculdade é conceituada no mestrado e tudo mais. É uma referência do teatro. Sempre que chego aos lugares e perguntam se eu sou formada e digo que sou pela UFBA as pessoas vibram. Fico muito triste de saber que os jovens que estão entrando e pretendem entrar podem não ter essa experiência que tive, porque para mim a educação em todos os âmbitos é a chave de salvação”, firmou.

 

Para as pessoas que sonham em seguir a carreira, mas desanimam por não fazerem parte do eixo Rio – São Paulo, ela incentiva a não desistir. “Acho que a pessoa tem que seguir para onde é mais interessante à carreira. Para mim foi muito difícil não estar com minha família, principalmente com minha mãe e minha avó. Não foi simples e não está sendo simples”, confessou. Quanto aos sonhos, disse ter muitos: “Cada vez mais galgar espaços no teatro musical. Estou gostando muito de estar na TV, num lugar que nunca me vislumbrei fazendo e meio que caiu no meu colo na época de ‘Velho Chico’. Estou gostando de fazer e quero mais coisas na TV. Além de obviamente o cinema. Sou apaixonada real”, finalizou. Inclusive ela será vista em breve nas telonas nos longas “Pluft, o Fantasminha”, direção Rosane Svartman, e “L.O.C.A”, direção Claudia Jouvin.

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Governo Bolsonaro bloqueia 30% do orçamento da Ufba e ministro fala em 'balbúrdia'

  • Redação
  • 30 Abr 2019
  • 09:30h

(Foto: Brumado Urgente Conteúdo)

O Ministério da Educação bloqueou 30% do orçamento da Universidade Federal da Bahia (Ufba), da Universidade de Brasília (Unb) e da Universidade Federal Fluminense (Uff), segundo a coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo. Em nota, o MEC informou que "estuda os bloqueios de forma que nenhum programa seja prejudicado e que os recursos sejam utilizados da forma mais eficaz. O Programa de Assistência Estudantil não sofreu impacto em seu orçamento". Ao jornal Estado de São Paulo, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou que universidades que, em vez de "procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas". De acordo com Weintraub, as universidades têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse. Ele deu exemplos do que considera bagunça: “Sem-terra dentro do campus, gente pelada dentro do campus”.