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Reclamações contra planos de saúde têm aumento de quase 50% em 2023

  • Bahia Notícias
  • 28 Dez 2023
  • 15:14h

Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

Dados divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) apontaram, que as reclamações de usuários de planos de saúde registraram um aumento de 49,7% entre os primeiros dez meses deste ano. O número de reclamações assistenciais e não assistenciais em 2023 ultrapassou os últimos três anos em todos os meses do ano e atingiu a maior marca em agosto, com 36.799 reclamações de usuários dos planos de saúde.

As notificações relacionadas à assistência dos planos somaram 82,7% das reclamações registradas pela agência até outubro. Os dados da ANS possibilitam também analisar o Índice Geral de Reclamações, que cresce de acordo com a insatisfação dos usuários. Os planos de assistência médica obtiveram 55,1 queixas para cada 100 mil beneficiários. Já a proporção foi de 24,1 em 2020; de 30,2 em 2021 e de 36,8 no ano passado. 

Os planos odontológicos tiveram em média 1,3 reclamação para a mesma quantidade de beneficiários nos primeiros 10 meses de 2023 e proporções semelhantes nos anos anteriores.

Ministério da Saúde monitora novas variantes da Covid

  • Por Patrícia Pasquini | Folhapress
  • 07 Dez 2023
  • 07:17h

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O Ministério da Saúde está monitorando novas subvariantes da Covid. Novas no Brasil, a JN.1 e a BA.2.86.1 foram identificadas inicialmente no Ceará. A primeira já corresponde a 3.2% das detecções no mundo.

A JG.3, derivada da EG.5, conhecida popularmente como Éris, foi isolada no mesmo estado nordestino, mas não se tornou predominante por lá. A cepa vem sendo monitorada pelo órgão nos últimos meses, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás.

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), ao menos a JN.1 e a JG.3 foram encontradas em 47 países.

Segundo o secretário Executivo de Vigilância em Saúde do Ceará, Antonio Silva Lima Neto, o estado apresentou baixa transmissão do coronavírus até o início de novembro, com aumento discreto de positividade. Ao longo do mês, tornou-se acelerado. Como o padrão epidemiológico havia mudado rapidamente, a primeira hipótese foi a introdução de variantes com escape vacinal.

"No sequenciamento do dia 30 de novembro vieram 47 amostras. Destas, 38 foram identificadas como JN.1 e uma como BA.2.86.1, que são descendentes da BA.2.86, da ômicron. A JN.1 foi isolada na Dinamarca e produziu muitos casos na Europa Continental, nos Estados Unidos, mas ainda não tinha sido isolada no Brasil. É uma subvariante que agrega escape vacinal", explica o secretário.

Há casos da JN.1 em vários municípios cearenses, com prevalência em Fortaleza. A identificação das variantes foi feita pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará.

A cobertura vacinal da bivalente no Ceará está em cerca de 19%, concentrada em sua maioria nos idosos; a da monovalente está em torno de 70%.

Ao que tudo indica, as variantes não são responsáveis por casos graves de Covid, mas é cedo para afirmar. "A JN.1 não foi examinada pela OMS. A OMS se permitiu dizer que não havia nenhuma evidência de de casos mais severos. Essa variante é muito nova. A gente ainda está em monitoramento. Acho prematuro dizer que a variante é incapaz de produzir casos mais severos", ressalta Neto.

Entre as recomendações da Secretaria Estadual de Saúde do Ceará estão o uso de máscaras pela população vulnerável, ventilação dos ambientes, incentivo à vacinação com busca ativa pelos não imunizados e monitoramento por meio de testagem.

 

O Ministério da Saúde disponibilizou uma equipe da vigilância epidemiológica para ir ao Ceará, se necessário, e enviou um reforço de 900 tratamentos antivirais para casos leves de Covid em maiores de 65 anos e imunossuprimidos com 18 anos ou mais. Cerca de 35 mil reações para diagnóstico molecular do vírus e 30 mil testes rápidos de antígeno também foram encaminhados ao estado.

É importante completar o esquema vacinal contra a Covid de imediato. A partir de 2024, a vacina contra a Covid-19 passará a integrar o Calendário Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde e as doses serão disponibilizadas apenas aos grupos prioritários.

Além de crianças maiores de seis meses e menores de cinco anos, fazem parte do público-alvo os idosos, imunocomprometidos, gestantes, puérperas, trabalhadores da saúde, pessoas com comorbidades, indígenas, ribeirinhos, quilombolas, pessoas vivendo em instituições de longa permanência e seus trabalhadores, pessoas com deficiência permanente, privados de liberdade maiores de 18 anos, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas, funcionários do sistema penitenciário e pessoas em situação de rua.

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Aplicativo Hemovida facilitará doações de sangue no Brasil

  • Bahia Notícias
  • 27 Nov 2023
  • 11:28h

Foto: Tomáz Silva/Agência Brasil

Os estoques de sangue dos hemocentros podem ser reforçados por meio de um novo instrumento: o mini app Hemovida, que está integrada ao ConecteSUS. A criação do Ministério da Saúde pretende facilitar a ação voluntária de doadores. 

Com o aplicativo, poderá ser obtida a carteira virtual do doador que terá informações de saúde, tipo sanguíneo e a data da última doação. Além disso, o doador terá um registro pessoal e útil em situações de emergência; histórico completo de doações, incluindo as realizadas, canceladas e agendadas e ainda pode optar por fazer autodeclaração de doação de sangue para manter um registro do compromisso com a causa.

Também fica disponível a localização da rede de saúde mais próxima, para identificar onde doar e receber informações sobre os serviços disponíveis em cada unidade. Outra funcionalidade esperada é conscientizar a população sobre a importância de manter os estoques de sangue em níveis seguros. 

O aplicativo estará disponível para download nas principais lojas de aplicativos, a partir desta segunda-feira (27).  O login no app é feito pelo acesso único do Governo Federal (gov.br).

Na plataforma, o doador poderá ainda convidar amigos e familiares, compartilhar experiências nas redes sociais e incentivar outras pessoas a se tornarem doadoras. “O aplicativo Hemovida estimula a doação de sangue voluntária, um ato de amor que salva vidas”, afirma a secretária de Informação e Saúde Digital, Ana Estela Haddad.

CRITÉRIOS DE DOAÇÃO

O aplicativo trará ainda informações detalhadas sobre como e quem pode doar, além dos cuidados necessários no dia da doação. “[O aplicativo] garante que os doadores estejam bem informados e preparados”, acrescenta o ministério.

 

Para fazer doações de sangue no Brasil, é necessário ter de 16 a 69 anos – na faixa entre 16 e 18 anos, é preciso ter consentimento dos responsáveis. Aqueles que têm de 60 a 69 anos só podem doar sangue se já o tiverem feito antes dos 60 anos.

Também é preciso pesar no mínimo 50 quilos e estar em bom estado de saúde.Por ano, homens só podem fazer quatro doações e mulheres, três. “O intervalo mínimo entre doações deve ser de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres.”

Segundo o Ministério da Saúde, o sangue doado voluntariamente é usado nos atendimentos de urgência, na realização de cirurgias de grande porte e no tratamento de pessoas com doença falciforme e talassemias, além de doenças oncológicas variadas que frequentemente necessitam de transfusão.

Além dos procedimentos hospitalares, o sangue doado também pode ser transferido pelos bancos de sangue para a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) produzir hemoderivados, fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) à população necessitada.

“Aproximadamente 1,4% da população brasileira doa sangue, o que representa 14 pessoas a cada mil habitantes. Embora o percentual esteja dentro dos parâmetros recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde trabalha constantemente para aumentar esse índice, conscientizando a população da importância desse gesto na saúde coletiva”, diz a pasta.

As taxas de doação de sangue cresceram este ano no Brasil. Enquanto entre janeiro e setembro de 2022 foram coletadas 2.340.048 bolsas de sangue (com 450 a 500ml cada), no mesmo período deste ano, a coleta chegou a 2.452.425, o que representa aumento de 112.377 no número de bolsas. “Cada doação pode ajudar a salvar até quatro vidas”, lembra o ministério.

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Lula sanciona lei que institui pacto pela retomada de obras inacabadas na saúde e educação

  • Bahia Notícias
  • 01 Nov 2023
  • 17:11h

Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sanciona nesta quarta-feira (1º) o Projeto de Lei n° 4172/2023, que institui o Pacto Nacional pela Retomada de Obras Inacabadas. O texto cria um arcabouço normativo para a retomada de obras e serviços de infraestrutura educacional e da saúde que estavam paralisados ou inacabados, em um processo que depende também da manifestação de interesse de estados e municípios.

 

A lei prevê a retomada de 5.662 obras no campo da educação e 5.489 na saúde. Para priorizar as obras, serão observados critérios como percentual de execução, ano de contratação, se a instituição atende comunidades rurais, indígenas ou quilombolas, se o município sofreu desastres naturais nos últimos 10 anos e outros critérios. As obras devem ser concluídas em 24 meses, prorrogáveis uma vez pelo mesmo prazo. O texto também trata de diretrizes para aplicação de recursos da Política Aldir Blanc e traz condições mais favoráveis de amortização a estudantes com contratos do FIES.

 

PARALISADAS 

O pacto prevê permissões para que novos recursos sejam transferidos para conclusão das estruturas, mesmo se o valor original tiver sido todo repassado, e assegura que os recursos possam ser aportados pela União, pelo ente responsável pela obra e, nos casos de obras municipais, também pelo estado.
 

R? 6,2 BILHÕES 

O Ministério da Educação estima que o investimento para concluir todas as obras passíveis de retomada seja de R? 6,2 bilhões, com aplicação de R? 458 milhões em 2023, R? 1,6 bilhão em 2024 e 2025, além de R? 332 milhões em 2026. A lista de obras contempla as voltadas para educação infantil, ensino fundamental, profissionalizante e incluem novas quadras de esporte, cobertura de quadras já existentes, reformas e ampliações de estrutura.
 

SAÚDE 

O Pacto também autoriza a retomada de obras e de serviços de engenharia financiados pelo Ministério da Saúde por transferências fundo a fundo. A pasta identificou 5.489 obras possíveis de retomada, e contemplam ampliação e reforma de Unidades Básicas de Saúde (UBS), Academia de Saúde, construção e ampliação de Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Redes Cegonha e Neonatal, Ambiência, Centro Especializado em Reabilitação (CER) e Oficina Ortopédica.
 

CULTURA 

A lei estabelece ainda diretrizes para a aplicação de recursos da Política Aldir Blanc, voltada para a cultura. As diretrizes poderão prever a construção, ampliação, reforma e modernização de espaços culturais, incluindo aqueles criados por estados e municípios ou vinculados a eles. Também estão previstos aquisição de equipamentos e acervos.
 

FIES 

O texto da lei também prevê alterações na Lei do Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) que são significativas para quem tem dívidas. Atualmente, existem 1,2 milhão de contratos inadimplentes no FIES, com saldo devedor de R? 54 bilhões. O PL cria condições mais favoráveis de amortização aos estudantes com contratos do FIES celebrados até o fim de 2017 e com débitos vencidos e não pagos em 30/06/2023. 

Em 15 anos, tratamento de feridos por arma de fogo custou quase R$ 900 milhões ao SUS

  • Por Leonardo Zvarick | Folhapress
  • 01 Nov 2023
  • 15:06h

Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

As hospitalizações de vítimas com ferimentos causados por arma de fogo tiveram custo de R$ 886 milhões ao SUS (Sistema Único de Saúde) nos últimos 15 anos. Os dados fazem parte de levantamento do Instituto Sou da Paz, que aponta a violência armada como causa de aproximadamente 300 mil internações no país entre 2008 e 2022.
 

De acordo com o estudo, as estatísticas apresentam tendência de queda desde 2018, mas continuam em patamar elevado. No ano passado, o sistema público de saúde desembolsou R$ 41 milhões para atendimento hospitalar de 17,1 mil baleados, segundo dados do SIH (Sistema de Informações Hospitalares) do SUS. O montante seria suficiente para custear quase 1 milhão de mamografias ou 10 milhões de hemogramas completos.
 

"O custo de cada internação por arma de fogo é 3,2 vezes maior que o gasto federal com saúde per capita ao ano. Isso mostra que são casos bastante complexos, e que, apesar da queda, continua sendo um valor alto proporcionalmente ao que se gasta com saúde", diz Carolina Ricardo, diretora-executiva do Sou da Paz.
 

 

Em 2022, o valor médio da internação por agressão com arma de fogo foi de R$ 2.391, enquanto a despesa pública federal per capita foi de R$ 737,89. O valor não retrata a totalidade dos gastos públicos com o atendimento a essas vítimas, já que estados e municípios possuem despesas próprias com saúde.
 

A pesquisa atribui a queda nos gastos com internações a um conjunto de fatores, como a diminuição dos crimes violentos, a defasagem dos preços de referência da tabela SUS e a gravidade dos casos que demandaram atendimento. "Quando a gente olha os casos mais graves, que são os mais caros [para o sistema de saúde], eles também caem bastante nos últimos anos", diz Ricardo.
 

As internações mais complexas costumam ter duração mais longa e frequentemente demandam a realização de mais procedimentos médicos. São casos em que a vítima sofreu, por exemplo, traumatismo craniano, no tórax ou em órgãos no interior do abdômen –ferimentos que frequentemente levam à morte. Já os casos de menor gravidade consideram lesões, por exemplo, em braços e pernas.
 

Os casos de alta letalidade deixaram de ser predominantes em 2015, segundo o levantamento, e seguem em queda desde então. As internações de pacientes menos graves, por outro lado, registraram alta nos últimos dois anos, após queda acentuada entre 2017 e 2020. No ano passado, os casos de baixa gravidade representaram 44% das internações frente a 27% de casos mais grave - há ainda 29% de casos de gravidade "intermediária".
 

Para a pesquisadora do Sou da Paz, esta variação pode estar associada à maior circulação de armas no país, decorrente da facilitação do acesso para a população civil durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
 

"Uma hipótese é que esse tipo de internação pode ser fruto de situações mais corriqueiras, quando alguém atira em uma briga, por exemplo, que é algo diferente de uma execução. Me chamou a atenção também que na região sul e centro-oeste, o percentual de acidentes é maior que em outras regiões, e são áreas que têm muita concentração de armas de fogo", acrescenta Ricardo.
 

Em todo o país, as agressões intencionais prevalecem como principal causa dos ferimentos por arma de fogo, correspondendo a 75% dos casos. Os acidentes, por sua vez, foram apontados como causa em 17% das ocorrências.
 

As regiões citadas pela pesquisadora foram as únicas em que os acidentes ficaram acima da média nacional –32% no centro-oeste e 26% no sul.
 

A pesquisa também mostra que 9 em cada 10 pacientes internados por violência armada no Brasil são homens. Jovens correspondem a pouco mais da metade das vítimas e pessoas negras são 57%.
 

A população preta é justamente a que conta com o sistema de saúde mais deficitário, de acordo com o Sou da Paz. "A disponibilidade de recursos humanos em termos de médicos anestesistas e cirurgiões, fundamental para a assistência de casos de acidentes e violências na rede hospitalar do SUS, apresenta um padrão quanto à sua distribuição espacial: a taxa de profissionais é menor nos estados onde a população negra tem maior representação", diz o estudo.

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Bahia lidera ranking de cirurgias eletivas no país, diz levantamento do Ministério da Saúde

  • Bahia Notícias
  • 20 Out 2023
  • 17:26h

Foto: Leonardo Rattes / Saúde GovBA

A Bahia ocupa a primeira posição no ranking do Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas (PNRF), apontam dados levantados pelo Ministério da Saúde. 

 

Com 44.113 cirurgias realizadas de março a agosto, a Bahia figura em primeiro lugar no número total de procedimentos executados. O estado que ocupa a segunda posição fez 29.452 cirurgias.

 

O PNRF foi instituído pelo Ministério da Saúde em fevereiro deste ano com o objetivo de expandir a realização de cirurgias eletivas em todo o território brasileiro e diminuir a espera por exames e consultas especializadas. A Bahia aderiu ao programa logo no seu início, garantindo mais de R$ 42 milhões para execução das cirurgias. A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) está executando cerca de R$ 27,7 milhões do total destinado ao estado, sendo responsável pela realização de procedimentos cirúrgicos em 381 dos 417 municípios.

 

 

Entre os procedimentos executados estão tratamento cirúrgico de varicocele, plástica mamária feminina não estética, histerectomia, litotripsia, retirada de placa e/ou parafuso e ressecção endoscópica de próstata. O acesso dos pacientes aos procedimentos elencados no Programa está sendo a partir do cadastro Sistema Lista Única, no caso da gestão estadual. No caso da gestão municipal, a partir dos sistemas próprios de regulação.

 

Na Bahia, os procedimentos mais executados são facoemulsificacão com implante de lente dobrável, capsulotomia Yag laser, colecistectomia por videolaparoscopia, histerectomia total e hernioplastia inguinal unilateral.

A secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, afirma que a Sesab já vinha trabalhando para que a fila de cirurgias eletivas seja zerada. “Não estamos poupando esforços para que todos os procedimentos possam ser realizados. Cada cirurgia realizada é uma vida transformada”, afirma a Secretária.

 

Além do PNRF, a Bahia já vinha executando o Programa Estadual de Ampliação do Acesso às Cirurgias Eletivas. Iniciado em abril de 2022,o projeto tinha expectativa inicial de realizar 79 mil cirurgias, número que já foi superado, chegando a cerca de 200 mil. Estão sendo disponibilizados diversos procedimentos como cirurgia de catarata, remoção de mioma, histerectomia (remoção do útero), colecistectomia (retirada de vesícula), cirurgias de hérnias inguinais, umbilical, epigástrica dentre outros, em especialidades como cirurgia geral, ginecologia, oftalmologia, otorrinolaringologia, urologia e cirurgia vascular.

 

A oferta das cirurgias vem ocorrendo de forma descentralizada e regionalizada, priorizando as filas de espera existentes, sendo os serviços executados por 91 unidades da rede de saúde pública, filantrópica e privada, no âmbito do Estado, de acordo com o respectivo perfil e complexidade.

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Solange Almeida revela lesões por uso de cigarro eletrônico: “Dificuldade para respirar”

  • Bahia Notícias
  • 16 Out 2023
  • 19:41h

Foto: Reprodução/TV Record

Solange Almeida revelou que está passando por um tratamento especial por causa do vício em cigarro eletrônico e os prejuízos que o uso causou a sua saúde. 

A cantora de 49 anos de idade contou que iniciou o uso por influência de amigos. 

"Fui usuária durante oito, nove meses. Aquela coisa de ver amigos usando, eu nunca tinha usado. Escutava que era à base de água, que não tinha nicotina e não fazia mal. Com o tempo, comecei a sentir dificuldade para respirar, minha voz não era a mesma”, disse a cantora em entrevista ao "Domingo Espetacular" neste domingo (15).

Atualmente, Solange está fazendo um tratamento de fonoterapia para se recuperar. “Depois de um exame aprofundado, eu descobri que estava com uma lesão nas cordas vocais e no pulmão", contou.

Em junho, Solange contou em entrevista à revista Veja que foi apresentada ao cigarro eletrônico durante a pandemia de coronavírus.

"Comecei a comprar de vários sabores. Cheguei a ter um em cada uma das cinco bolsas que mais uso, dentro do carro, na gaveta da cozinha… E foi me dando dificuldade de respirar, problema nas cordas vocais. […] Minha filha me mostrou uma matéria sobre uma menina internada por uso do cigarro. Naquele dia decidi que não usaria", acrescentou ela, que teve crises de ansiedade, pânico e depressão devido ao vício.

Ministério da Saúde oferece atendimentos e atendimento psicológico para brasileiros resgatados de Israel

  • Bahia Notícias
  • 16 Out 2023
  • 16:03h

Foto: Arquivo FAB

O Ministério da Saúde (MS) está oferecendo apoio psicológico e social para os brasileiros que foram repatriados de Israel, durante a operação “ Voltando em Paz”, do Governo federal. A iniciativa oferece um suporte inicial para lidar com ansiedade, insônia e outros transtornos causados pela violência na região. 

O grupo de pessoas que aguarda para sair de Gaza pela fronteira com o Egito também tem sido acompanhado.

Para recepcionar passageiros que chegam ao Brasil nas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), o MS disponibilizou quatro voluntárias da Força Nacional do SUS, sendo duas psicólogas e duas assistentes sociais, para apoiar no acolhimento dos repatriados que estavam em zona de conflito no país do Oriente Médio. O atendimento é feito para os brasileiros que desembarcaram no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, que recebeu a maior parte dos repatriados.

Na madrugada da última quarta-feira (11), cerca de 100 passageiros do primeiro voo da operação, que pousou inicialmente em Brasília (DF), se deslocaram em seguida para o Rio. Depois, o Galeão recebeu o segundo voo, com 214 pessoas, o quarto voo, com 207, e o quinto, com 215.

GAZA 

Paralelamente, o Escritório de Representação do Brasil na Palestina também contratou uma psicóloga para atender as 32 pessoas que estão na Faixa de Gaza aguardando para deixar a área do conflito. Devido ao cerco no local, as consultas têm ocorrido de forma virtual, mesmo com a dificuldade de acesso à internet e à energia elétrica no local.

A profissional, que é palestina, tem dado conselhos sobre como lidar com a ansiedade e a insônia, utilizando exercícios respiratórios, e também sobre como conversar com as crianças para confortá-las em meio aos perigos da guerra. As mensagens, escritas em árabe, são compartilhadas em um grupo de WhatsApp.

"A guerra não se limita apenas ao bombardeio e ao combate aberto, mas também inclui ataques de informação e psicológicos. Agora, um grande número de pessoas sofre de fadiga; é muito difícil para o cérebro estar constantemente neste estado. É por isso que aciona a função de proteção. Uma pessoa se sente exausta, desesperada e mostra sinais de depressão", escreveu a psicóloga em uma das mensagens.

Ministério da Saúde abre consulta pública sobre efeitos do uso de telas por jovens no país

  • Por Folhapress
  • 11 Out 2023
  • 07:53h

Foto: Joédson Alves/ Agência Brasil

O Ministério da Saúde abre nesta terça-feira (10) consulta pública para ouvir a sociedade sobre estratégias para o uso consciente de telas e dispositivos digitais por crianças e adolescentes.
 

Segundo estudos científicos recentes, o uso excessivo de aparelhos eletrônicos como smartphones por jovens nesta faixa etária traz riscos à saúde, além de aumentar o risco de vitimização e abusos, inclusive sexuais.
 

A Folha de S.Paulo mostrou como plataformas como o Discord se tornaram "terra sem lei", com abusos sexuais e agressões envolvendo jovens.
 

Não há, no entanto, uma orientação governamental específica sobre essa temática no país.
 

A proposta da pasta da saúde é justamente utilizar as informações coletadas durante a consulta pública para a elaboração de diretrizes específicas, com formulação de um guia oficial para uso consciente de dispositivos digitais, tendo como ponto de partida o diagnóstico que pais, mães, familiares, responsáveis pelas crianças e jovens e profissionais de educação apresentarem, com orientações baseadas em evidências, ajudando a lidar com a nova realidade do uso abusivo de telas e eletrônicos por crianças e adolescentes.
 

A consulta pública estará disponível pela plataforma Participa.br pelo período de 45 dias a partir da data de lançamento, nesta terça (10). Serão ouvidas famílias, educadores, usuários de serviços e dispositivos digitais, organizações da sociedade civil e o setor privado.
 

A elaboração do guia será feita com base nos subsídios coletados na consulta, com o auxílio de um grupo de trabalho de especialistas no assunto, e deve ocorrer ao longo de 2024.
 

A iniciativa é conjunta da Secretaria de Políticas Digitais da SECOM/PR (Secretaria de Comunicação do Paraná) e dos Ministérios da Saúde, da Educação, da Justiça e Segurança Pública, dos Direitos Humanos e da Cidadania e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.

Inteligência artificial é utilizada em diagnóstico precoce do câncer de mama por clínicas baianas; entenda

  • Por Victor Hernandes/Bahia Notícias
  • 07 Out 2023
  • 12:24h

Foto: Leonardo Rattes / Saúde GovBA

Mesmo com o avanço de campanhas, ações e iniciativas em prol do combate ao câncer de mama, a doença ainda é uma das que registram diferentes números de internações e óbitos na Bahia. De acordo com dados da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), a Bahia obteve 21.159 internações por câncer de mama e 6.008 óbitos nos últimos cinco anos.  

 

Em meio a doença atingir e afetar diferentes mulheres - e até homens -, cientistas brasileiros aproveitaram o avanço tecnológico para criar uma ferramenta que auxiliasse no diagnóstico precoce da doença. Trata-se do uso de algoritmos de inteligência artificial (IA), que contribuem na detecção precoce do câncer de mama. A ferramenta passou a ser utilizada por hospitais, unidades de saúde e clínicas inclusive de Salvador, para o diagnóstico da doença. 

 

Uma clínica da capital baiana, passou a utilizar no ano passado, o instrumento para ajudar a diagnosticar de forma mais rápida indícios da doença em pacientes. Segundo a médica radiologista da clínica Image, Elen Freitas, a ferramenta tem um importante papel na redução entre o tratamento do câncer de mama e o diagnóstico. 

 

 

 

“A gente utiliza a inteligência artificial para detectar e rastrear os casos que são suspeitos de câncer de mama, através de uma verificação dos laudos emitidos. Existe um algoritmo de inteligência que rastreia todos os laudos e identifica aqueles cujo os achados são suspeitos  e logo depois disponibilizam isso em uma tabela. Existe uma equipe, um núcleo de assessoria que revisa essa tabela, entra em contato com o médico assistente que solicitou o exame e avisa do achado, dessa possibilidade de ser um câncer e oferece também uma possibilidade do paciente ser encaminhado de maneira mais rápida”, explicou. 

 

A médica frisou também que o uso da inteligência artificial contribui na redução do tempo entre o exame e o início do tratamento de pacientes que foram diagnosticadas com a enfermidade. 

 

“A principal vantagem é que o paciente tem uma redução no tempo inicial entre o exame Inicial e o tratamento. A gente vai conseguir abreviar bastante esse tempo, já que o levantamento já foi realizado. Esse tempo entre o exame inicial e o próprio exame que vai dar o diagnóstico vai ser reduzido mais ou menos em 11 dias, é onze dias mais rápido do que se o paciente tivesse entrado no fluxo normal. Isso representa uma redução de 65% do tempo, um dado objetivo que já fizeram no estudo”, disse. 

 

MAMOGRAFIA 

O procedimento de saúde mais importante no tratamento da doença, a mamografia também é analisada pela ferramenta. Para a oncologista Vanessa Dybal, a inteligência artificial auxilia na análise da mamografia feita por pacientes. 

 

“Do ponto de vista em relação à imagem eles analisam a mamografia, que é o grande exame hoje de triagem que a gente tem e que o olho humano ainda é imprescindível, mas os estudos têm caminhado para ter cada vez uma triagem melhor. Acho que a inteligência artificial tem ajudado hoje muito no estudo de dados dos grandes volumes de informações que a gente tem hoje de estudos de proteínas celulares em relação quais são as alterações das células”, observou Dybal. 

 

De acordo com a especialista, o exame que a tecnologia analisa acontece antes do paciente realizar consulta com o oncologista. A médica disse que o instrumento contribui também para definir qual o tratamento que a paciente vai passar e aponta também qual o nível de agressividade da doença.   

 

“Esses exames são antes de passar com a gente. Esses mecanismos de inteligência artificial eles fazem um uma pré-triagem para casos mais suspeitos. Uma vez que já tenha feito o diagnóstico já tem alterado, o paciente passa com o oncologista. Esse teste serve para definir tratamento e ajuda na definição de tratamento pois ele consegue predizer o risco de agressividade da doença”, contou. 

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Sesab inicia repasse de R$ 40 milhões para organizações sociais pagarem piso nacional de enfermagem

  • Bahia Notícias
  • 05 Out 2023
  • 13:40h

Foto: Pedro Ventura / Agência Brasília/ Divulgação

Após reunir informações enviadas pelas organizações sociais que administram unidades estaduais e ofertam serviços multiprofissionais, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), vai começar nesta semana a repassar R$40 milhões para a implementação do piso nacional de enfermagem nessas entidades. 

 

O montante refere-se ao período de maio a agosto de 2023 e será destinado a 15.895 profissionais dessas organizações. 

O repasse foi possível após serem assinados os instrumentos contratuais que o viabilizaram, na forma orientada pela Procuradoria Geral do Estado (PGE). A Sesab efetuará repasses complementares referente ao piso salarial considerando os recursos do Governo Federal.

 

Segundo a Lei nº 14.434/2022, que institui o piso salarial da Enfermagem (enfermeiros, técnicos, auxiliares e parteiras), sancionada em agosto de 2022, cada uma dessas modalidades profissionais receberá um valor mínimo único em todo o país. O Piso Nacional da Enfermagem beneficia aqueles que realizam atividades em instituições de saúde públicas e privadas.

Para os enfermeiros, o valor do piso é R$ 4.750, para os técnicos de enfermagem, é de R$ 3.325, e para os auxiliares de enfermagem e parteiras, de R$ 2.375 por 44 horas de trabalho semanais. Para trabalhadores submetidos a carga horária inferior a 44 horas, o valor do piso deve ser proporcional à carga horária respectiva. Serão beneficiados pelo piso apenas os profissionais que recebem menos que o valor instituído pela lei para sua respectiva categoria.

OMS anuncia recomendação de nova vacina contra malária

  • Bahia Notícias
  • 03 Out 2023
  • 15:36h

Foto: Divulgação/WHO

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta segunda-feira (3), a recomendação oficial de uma nova vacina contra a malária. O imunizante é mais barato e poderá ser produzido em maior escala do que a antiga fórmula aprovada em 2021. 

 

O novo imunizante, denominado de R21/MatrixM, foi desenvolvido pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, e deverá ser comercializado a menos de quatro dólares por dose, metade do preço da anterior. A vacina deve começar a ser aplicada oficialmente em alguns países africanos, como Gana. 

 

Quem fabricará o imunizante será a farmacêutica Serum Institute of India. A empresa deve produzir até 100 milhões de doses por ano. A vacina atual, a RTS, já obteve 18 milhões de doses produzidas. 

 

“É uma felicidade para mim, que dediquei minha vida a combater a malária, saber que agora não há apenas uma, mas duas vacinas contra esta doença, e que ambas podem reduzir os casos sintomáticos em até 75% após três doses”, explicou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, durante entrevista coletiva.

 

A organização disse ainda que vai auxiliar 28 países a colocar a vacina para malária em seus programas de imunização até o começo de 2024. 

 

A nova vacina da malária tem eficácia comprovada apenas contra os parasitas mais comuns do continente africano. Assim como o imunizante de 2021,  95% das mortes por malária no mundo acontecem em países da África e Índia.

 

No entanto, este não é o mesmo parasita que circula no Norte do Brasil. Por isso, as autoridades de saúde brasileiras devem fazer testes específicos para analisar se a recomendação da OMS será útil também no território nacional.

Ministério da Saúde firma contrato de R$ 87 milhões sem licitação e fica sem receber medicamentos

  • Bahia Notícias
  • 28 Set 2023
  • 17:28h

Foto: Farma Medica / Reprodução Metropoles

O Ministério da Saúde firmou contrato com uma empresa para fornecer 90 mil frascos de imunoglobulina humana, com um valor de R$ 87 milhões. Após o fechamento do contrato que aconteceu com dispensa de licitação, a pasta ainda não recebeu nenhum dos medicamentos solicitados, segundo publicação do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias. 

Após o contrato ser firmado em abril, a previsão de entrega de cinco parcelas tinha o prazo máximo até o próximo dia 30 de setembro. 

“Até o momento, não há registro de recebimento de insumos, e, em consequência, não foram realizados quaisquer pagamentos à empresa”, disse o ministério.

 

 

A empresa do contrato é a Farma Medical, que assina o contrato na condição de representante nacional da Prime Pharma LLC, dos Emirados Árabes. Em nota ao Metrópoles, a empresa garantiu que os primeiros lotes estão disponíveis desde o dia 13 de junho.

 

“A importação do referido produto é de responsabilidade única e exclusiva do Ministério da Saúde”, disse. Conforme a Farma Medical, a disponibilização ocorreu 13 dias depois da autorização de excepcionalidade da importação emitida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A autorização era necessária porque o medicamento que estava sendo oferecido pela empresa não é registrado na agência”, disse o documento. 

 

A Farma Medical possui capital social de R$ 100 milhões e está presente em seis estados.Silvio de Azevedo Pereira Júnior, dono da empresa, afirmou que 30 mil frascos foram efetivamente entregues ao ministério ainda em junho, no entanto não foram disponibilizados documentos que comprovem a entrega. 

 

No final de fevereiro, a pasta abriu processo para a compra de 383,5 mil frascos de imunoglobulina com dispensa de licitação, indicando urgência. Ao alegar urgência, o Ministério da Saúde alegou que a primeira parcela dos remédios deveriam ser entregues em abril, para não correr o risco de desabastecimento. 

 

No entanto, a primeira parcela só foi entregue somente no meio do mês de junho pela empresa Auramedi Farmacêutica, que garantiu a maior parte da compra.O Ministério solicitou a documentação à empresa brasileira e fez o pedido no dia 16 de maio. No entanto, a agência só autorizou a importação no dia 29 daquele mês, o que impossibilitaria, de qualquer forma, que a primeira parcela fosse entregue dentro do prazo, que era dia 30.

 

Após o caso, o senador Rogério Marinho (PL-RN) apresentou na última quarta-feira (27), uma representação ao Tribunal de Contas da União (TCU) contra o Ministério da Saúde para apurar o caso. 

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Conhecimento sobre câncer de mama é menor entre mulheres pretas e pardas, diz Datafolha

  • Por Folhapress /Bahia Notícias
  • 28 Set 2023
  • 09:37h

Foto: Vinícius de Melo/Agência Brasília

A disseminação do conhecimento sobre câncer de mama já atinge 9 em cada 10 (97%) mulheres no país, das quais 69% se consideram bem informadas e 28% mais ou menos informadas.
 

Porém, essas taxas caem entre as mulheres negras, com até o ensino fundamental completo, e das classes D e E, nas quais os índices daquelas que se consideram menos informadas sobre o câncer de mama são maiores.
 

As mulheres pretas (28%) e pardas (33%) relatam mais dificuldade para obter informação sobre câncer de mama em comparação às brancas (20%).
 

 

Entre aquelas que têm nível superior, por outro lado, 78% se classificam como bem informadas, contra 64% entre quem só tem o fundamental completo.
 

Na separação por classes econômicas, as mulheres de classes A e B são classificadas como bem informadas (82%), enquanto 58% das respondentes de classes D/E afirmam ter conhecimento sobre a condição.
 

Essa disparidade também aparece nas regiões do país: enquanto em cidades das regiões Sul e Sudeste 78% e 75%, respectivamente, se consideram bem informadas sobre o câncer, essa taxa cai para 64% na região Nordeste e 51% no Norte/Centro-Oeste.
 

Os dados do estudo revelam como as barreiras ao acesso no conhecimento sobre câncer afetam de maneira desproporcional mulheres dos estados fora do eixo Sul-Sudeste, pobres, com baixa escolaridade e negras.
 

A pesquisa, feita pelo Datafolha a pedido da farmacêutica Gilead Sciences, mapeou o nível de conhecimento das mulheres brasileiras sobre o câncer de mama e as suas percepções sobre a doença. Os resultados foram apresentados nesta quarta-feira (27) durante a 10ª edição do congresso Todos Juntos Contra o Câncer, que reúne mais de 300 organizações da sociedade civil, em São Paulo.
 

Foram ouvidas 1.007 mulheres de 25 a 65 anos, via telefone celular, de todas as regiões do país, incluindo capitais, regiões metropolitanas e interior, entre os dias 24 de novembro e 14 de dezembro de 2022. O IC (índice de confiança) é de 95%, e a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
 

Entre as entrevistadas, 54% tinham idade entre 30 e 49 anos, 56% eram negras (pretas e pardas) e 48% das entrevistadas eram da classe C (17% A/B e 36% D/E). Em relação ao nível de escolaridade, 33% tinham apenas o ensino fundamental, 44% o ensino médio e 23% diploma de nível superior.
 

Em relação a onde as entrevistadas disseram buscar informação sobre câncer de mama, quem tem ensino superior completo disse buscar mais informação na internet (47%) e no médico (39%), assim como aquelas de classe A/B (48% e 41%, respectivamente). Essas taxas caem para 9% e 20%, entre as respondentes com ensino fundamental, e 14% e 18%, das classes D/E, respectivamente.
 

Por outro lado, os postos de saúde e UBSs são procurados por 11% das mulheres com ensino fundamental, número que vai a 5% entre aquelas com diploma universitário.
 

"Essa pesquisa foi muito clara em mostrar como essa população que tem menor escolaridade, menor renda, e que tem essa coincidência que obviamente não é uma coincidência, ser a população negra, tem menor acesso à informação", avalia a médica oncologista Ana Amélia Viana, professora do Ambulatório de Oncologia da UFBA (Universidade Federal da Bahia).
 

Segundo ela, essa é a população em que a incidência de fatores de risco para câncer, como obesidade, diabetes e hipertensão, também é maior. "Elas estão expostas a menos oportunidades para acessar conhecimento e especialmente qualidade na informação", diz ela, que também faz parte do Comitê de Diversidade da Sboc (Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica).
 

Quando perguntadas sobre os fatores que levam ao aparecimento do câncer de mama, a maioria das respondentes (69%) diz que mulheres com uma vida saudável, com boa alimentação e a prática de exercícios regularmente, têm menos chances de desenvolver câncer, mas esse índice cai para 41% entre mulheres pretas.
 

"Existem poucos estudos de caráter nacional no país, mas algumas pesquisas americanas mostram que as mulheres negras em relação às brancas não têm maior incidência de câncer de mama, as brancas chegam a ter mais casos diagnosticados. A diferença é que entre as negras a mortalidade é 40% maior", explica.
 

E, como muitos desses fatores de risco para câncer são previníveis, faltam informações sobre prevenção de saúde, segundo Luciana Holtz, presidente-fundadora do Instituto Oncoguia. "Nosso papel, como associação, está mais focado em atuar no conhecimento para as pacientes, mas também notamos barreiras relacionadas ao medo e desinteresse. Por exemplo, existem mitos ainda de que o assunto de câncer de mama é de mulheres mais velhas, que mulheres jovens não devem fazer mamografia, que vemos ainda como esse é um desafio e uma ação contínua [o acesso à informação]", diz.
 

Esse dado é compartilhado por 51% das mulheres com escolaridade até o fundamental, mas cai para 21% entre as que possuem ensino superior. "Esse momento de conscientização, da campanha Outubro Rosa, tem que ser usado para falar de prevenção e da importância da mamografia para diagnóstico precoce, porque a gente vê cada vez mais os diagnósticos ocorrendo antes dos 50 anos", avalia Viana.
 

Dentre as respondentes, 75% disseram ser usuárias do SUS (Sistema Único de Saúde). Nesta faixa, são 40% das mulheres que usam exclusivamente o serviço de saúde público que acreditam que a mamografia em mulheres jovens pode ser prejudicial à saúde.
 

"Ainda temos um trabalho de sensibilizar o estado, ir atrás dos serviços de saúde que estão voltados ao tratamento oncológico, mas também atingir o maior número de pessoas possível, na atenção primária mesmo. E isso passa também pelo treinamento dos médicos de atenção básica a como identificar e abordar a questão do câncer", completa a médica.

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Lula diz que adiou cirurgia no quadril para evitar imagem de velho e frágil após eleições

  • Por Renato Machado | Folhapress
  • 26 Set 2023
  • 16:08h

Foto: Gabriela Biló / Folhapress

O presidente Lula (PT) comentou novamente nesta terça-feira (26) sobre a cirurgia a qual será submetido no final desta semana. Ele disse sentir dores desde agosto do ano passado.
 

O petista disse ainda que não realizou o procedimento logo após as eleições presidenciais para não acharem que ele estava "velho" e não transmitir uma imagem de fragilidade. O mandatário acrescentou que não será visto de andador ou mesmo de muletas, durante o período de recuperação.
 

"A verdade é que estou com essa dor desde agosto do ano passado. Durante o processo da campanha naquela cena que vocês me viam pulando no carro de som, vocês não sabem a dor que eu sentia. Mas eu pulava porque era preciso animar as pessoas", afirmou o presidente.

"Depois, eu queria operar logo depois das eleições. Bem, eu disse, se eu operar agora, você dizer 'o Lula está velho, ganhou as eleições e já está internado'", completou.
 

Assim como a Presidência da República havia divulgado, Lula voltou a afirmar que vai ficar sem viajar. Seus próximos compromissos fora de Brasília serão a COP 28, que será realizada nos Emirados Árabes Unidos e será seguida de uma visita oficial à Alemanha
 

Lula também disse que não será visto de andador ou de muleta, após a cirurgia.
 

"Até lá vou ficar aqui em Brasília, não vou poder pegar avião. Vou trabalhar normalmente, vou trabalhar. O [secretário de Produção e Divulgação de Conteúdo Audiovisual, Ricardo] Stuckert não quer que eu ande de andador. Ele já falou 'não vou filmar você de andador'", afirmou
 

"Então significa que vocês não vão me ver de andador, de muleta, vão me ver sempre bonito, como se eu não tivesse sequer operado", completou.
 

O presidente realizou na manhã desta terça-feira (26) a sua tradicional transmissão ao vivo na internet, o Conversa com o Presidente. O mandatário foi entrevistado pelo jornalista Marcos Uchôa.
 

A transmissão não havia sido realizada nas duas últimas semanas, por causa de viagens do mandatário. Na terça-feira da semana passada (19), Lula estava nos Estados Unidos, para participar da Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas.
 

Na semana anterior, Lula já estava em Brasília, mas havia chegado tarde da viagem à Índia para a cúpula do G20.
 

Assim como havia feito na sua última transmissão, Lula convidou ministros para participar do Conversa com o Presidente. A estratégia era usada nas lives do seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL).
 

Nesta terça-feira, participaram da transmissão Camilo Santana (Educação) e Nísia Trindade (Saúde).
 

Lula vai passar por uma cirurgia na próxima sexta-feira (29) para tratar de dores que vem sentindo na região do quadril. O procedimento é uma artroplastia total de quadril, e será instalada uma prótese no corpo do presidente. A Presidência da República afirma que a operação deve durar "algumas horas".
 

Lula deve permanecer até a próxima terça-feira (3) no hospital e, na sequência, seguirá para o Palácio da Alvorada. Além do período na residência oficial, a recuperação prevê que o mandatário fique sem viajar de quatro a seis semanas.
 

O presidente buscou tranquilizar as pessoas, afirmando que se trata de um procedimento simples, mas que exige um cuidado especial na recuperação, com atividades de fisioterapia. E voltou a relatar temor com a anestesia geral.
 

"Eu sempre tive medo de anestesia. Mas agora eu vou tomar. Eu tenho certeza de que eu vou voltar bem. Eu tenho que ter muita disciplina na recuperação, e eu vou ter porque eu tenho um compromisso com este país", afirmou.
 

Nesta segunda-feira (25), o presidente já havia relatado medo de receber anestesia geral, após recepção no Palácio do Itamaraty.
 

"É uma cirurgia que a ciência domina bem, não tem nenhuma novidade, mas obviamente que é sempre cirurgia, é sempre anestesia. E, vocês querem saber da verdade, eu tenho medo é mesmo medo é de anestesia, porque vou ficar dormindo, não gosto de perder o domínio da minha consciência. Mas os médicos dizem que a anestesia avançou muito, que hoje não é como no passado, que hoje é mais tranquilo. Então estou muito tranquilo", disse na ocasião.

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