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PT aproveita efeito Lula, cresce para 2024 e filia prefeitos até do PL

  • Por João Pedro Pitombo | Folhapress
  • 13 Nov 2023
  • 11:23h

Foto: Divulgação / PT

De olho nas eleições municipais do próximo ano, o PT abriu as portas para novos filiados, cresceu em número de prefeituras e atraiu para os seus quadros até mesmo prefeitos do PL, legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro.
 

Embalado pela vitória de Lula para a Presidência no ano passado, o partido ganhou 51 novos prefeitos por meio de migração partidária, segundo dados dos 26 diretórios estaduais. A legenda saiu de um total de 183 eleitos em 2020 para atuais 234 gestores municipais.
 

Com o vento a favor, o partido começa a deixar para trás o cenário adverso de 2020, quando saiu das urnas com 183 prefeitos, pior desempenho desde 1996. O auge do partido em uma eleição municipal foi em 2012, sob presidência de Dilma Rousseff, quando conquistou 644 prefeituras.
 

O avanço do PT foi puxado pelos estados do Piauí, Ceará e Bahia, todos comandados por governadores petistas. Mas também houve novas filiações pontuais no Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Maranhão e Mato Grosso do Sul.
 

 

A tendência é que o número de prefeitos petistas cresça até abril de 2024, prazo máximo para novas filiações dos políticos que vão disputar as eleições.
 

"Ao contrário do que acontece nos cargos proporcionais, os prefeitos são donos do próprio mandato, logo podem migrar a qualquer tempo, sem punições. Os custos para migração são baixos", avalia o cientista político Vitor Sandes, professor da Universidade Federal do Piauí.
 

Ele destaca que existe uma espécie de movimento pendular em direção às siglas aliadas ao presidente, cujo poder de atração é maior nos municípios mais dependentes de recursos federais.
 

Não por acaso, o maior salto em número de prefeituras aconteceu no Piauí, estado governado pelo PT pela quinta vez, mas que estava na oposição ao governo Jair Bolsonaro.
 

Em 2020, a força de Ciro Nogueira junto ao governo ajudou a catapultar o desempenho do PP, que chegou a 83 prefeitos no estado. Agora, após a vitória de Lula, é o PT que começa a crescer: o partido saiu de 22 prefeitos eleitos para os atuais 49 e ainda avalia novos pedidos de filiação.
 

"Há uma disputa pela marca do PT, que é muito forte no nosso estado. Temos municípios em que dois grupos antagônicos pediram filiação ao partido. Chegamos a rejeitar alguns pedidos", afirma João de Deus Sousa, presidente estadual da legenda.
 

O partido adotou como critério a filiação apenas de prefeitos que apoiaram Lula e o governador Rafael Fonteles em 2022. Prefeitos que apoiaram a oposição têm migrado para outros partidos aliados do PT no estado, sobretudo o PSD e o MDB.
 

Na Bahia, maior estado comandado pelo PT, o partido filiou dez novos prefeitos desde a vitória do governador Jerônimo Rodrigues no ano passado, saltando de 32 para 42 gestores municipais.
 

"A procura aumentou após as vitórias de Jerônimo e Lula. Voltou a estar na moda ser PT, por assim dizer. Mas estamos tratando essa questão com tranquilidade e maturidade. A porta não está fechada, nem tampouco escancarada", afirma o presidente estadual do PT, Éden Valadares.
 

Ele diz que o partido foi procurado por cerca de 50 prefeitos com mandato nos últimos meses. Mas a maioria esbarrou no conjunto de critérios definidos pelo partido para avaliar os pedidos de filiação.
 

Os critérios incluem o aval dos diretórios municipais e compromisso de apoiar candidatos a deputado do PT em 2026. Também foram vetados nomes que apoiaram Bolsonaro ou ACM Neto (União Brasil), candidato derrotado ao governo, nas eleições do ano passado.
 

Ainda assim, as novas filiações não ficaram imunes a atritos com aliados. Na cidade de Esplanada, o partido filiou o prefeito Nandinho da Serraria, eleito pelo PSDB, sob fortes críticas do grupo liderado por Alex Lima (PSB), ex-deputado estadual e assessor do governador.
 

"Os que irão amanhã vestir o manto vermelho são aqueles mesmos que pediram a queda da Dilma, a prisão do Lula, a chegada do Bolsonaro ao poder e flertavam com a ditadura. Não tem camisa bonita que embeleze uma alma podre. Nesse caso, no máximo, a camisa apodrece", disparou Lima.
 

O comando do PT minimiza as críticas e alega que é comum que disputas locais ocorram entre partidos da base: "Aí é ter responsabilidade e maturidade de deixar que a disputa local não contagie a aliança estadual", diz Valadares.
 

Dois dos novos prefeitos que se filiaram ao PT na Bahia vieram do PL, partido de Bolsonaro –são eles Romi, da cidade de Planaltino, e Marcelo Emerenciano, de Cocos. Mas ambos não haviam seguido o próprio partido em 2022 e apoiaram Lula nas eleições presidenciais.
 

Marcelo Emerenciano, que é médico e governa um dos polos do agronegócio na Bahia, diz que a mudança do PL para o PT se deu de forma natural.
 

"Nunca escondi que sou simpatizante e votava com o PT. Não tenho alinhamento ideológico com o bolsonarismo. Sou de esquerda", diz o prefeito, que foi um dos articuladores da ida do presidente Lula, em junho, à feira agropecuária Bahia Farm Show.
 

Ele afirma que está confortável no partido e diz não temer a aversão de parcela do agronegócio com os governos petistas. "Quero quebrar preconceitos e ser uma ponte do setor com o partido", diz.
 

No Ceará, o PT cresceu de 18 para 32 prefeitos após a eleição do governador Elmano de Freitas, deve chegar a até 40 até as eleições e tem como meta sair das urnas em 2024 com cerca de 50 prefeitos.
 

Ao menos quatro dos novos prefeitos petistas vieram do PDT, partido que vive uma crise interna que opôs os irmãos Cid e Ciro Gomes e que se divide entre aliados e adversários do governador.
 

Outros três prefeitos vieram do PL: Wilamar Palácio, de Cariús, Marcondes Jucá, de Choró, e Francisco Mendes, conhecido popularmente como Meu Deus, de Santana do Acaraú. Mas o partido também atraiu gestores de siglas aliadas, caso de PSB, MDB e até do PSOL.
 

Também houve avanços pontuais do partido fora do Nordeste. Em Mato Grosso do Sul, o partido voltou a ter um prefeito após sete anos: João Alfredo Danieze, da cidade de Ribas do Rio Pardo, trocou o PSOL pelo PT em busca de um partido mais robusto para tentar a reeleição.
 

No Rio de Janeiro, o partido filiou a prefeita de Japeri, Fernanda Ontiveros, que era do PDT e agora tem duas prefeituras no estado. A meta para 2024 é eleger ao menos dez prefeitos.
 

Mesmo em redutos bolsonaristas, o clima é de otimismo. É o caso de Santa Catarina, onde o partido conseguiu manter os 12 prefeitos, ampliou o número de diretórios e deve multiplicar as candidaturas no próximo ano.
 

"Não somos mais vistos como um partido que está apenas marcando posição, nos tornamos uma alternativa de poder", afirma Décio Lima, presidente estadual do PT e candidato a governador derrotado no segundo turno em 2022.

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A Covid já nos tirou 16 prefeitos este ano. É um recorde histórico

  • Levi Vasconcelos
  • 18 Mai 2021
  • 17:36h

Herzem Gusmão foi o prefeito baiano que acabou não resistindo às complicações da Covid-19 | Foto: Brumado Urgente Conteúdo

Desde que Tancredo Neves se elegeu presidente, em 1984, e não tomou posse porque morreu antes, o vice José Sarney assumiu e firmou a jurisprudência de que, se prefeito e vice formam chapa cravada, uma vez eleita, valeu.

Com a morte de Bruno Covas, São Paulo, a maior cidade do país, vê emergir em cena Romilson Nunes (MDB). Quem é? Só pesquisando para explicar, porque para a maioria, é um ilustre desconhecido.

Vice quase sempre é assim, uma figura de menor monta apta a entrar em cena. Nunca na história do Brasil tantos prefeitos morreram de uma só penada: fora Bruno, que foi vítima de câncer, a Covid tirou de cena este ano 16 prefeitos de cinco estados. Da Bahia, só Herzém Gusmão (MDB), de Vitória da Conquista.

SEM VACINA

Dos 16 prefeitos vítimas da Covid, com idade entre 43 e 65 anos, 13 morreram nos últimos 60 dias, na segunda onda da pandemia. Para se ter ideia, na Bahia, a última vez que aconteceu algo similar foi em 2008, em Nazaré das Farinhas, quando Clóvis Figueiredo, prefeito reeleito, morreu antes de assumir o novo mandato, e o vice Milton Filho herdou o lugar.

Diz o pessoal que, na pandemia, prefeito, até por dever de ofício, deveria ser vacinado logo. É linha de frente de primeira, mas a grande maioria preferiu esperar a vacina por idade. Um deles explicou:

— O prefeito que tomou vacina antes virou o diabo. É melhor o risco da Covid do que armar o inimigo.

Covid-19 mata 4 prefeitos em uma semana no país; total chega a ao menos 22

  • Marcelo Toledo | Folhapress
  • 21 Dez 2020
  • 18:41h

(Foto: Reprodução)

Num intervalo inferior a uma semana, quatro prefeitos de três estados morreram vítimas do novo coronavírus. Desde o início da pandemia, já são ao menos 22 pessoas no exercício do principal cargo nas cidades brasileiras que perderam a vida devido a complicações da Covid-19. O óbito mais recente foi o de Humberto Pessatti, o Betão, 56 (MDB), prefeito de Rio do Oeste (SC), que morreu na terça-feira (15) faltando 16 dias para o término de seus oito anos de mandato à frente da administração. As mortes dos titulares provocaram substituição às pressas do candidato às eleições, a posse de uma viúva --que era vice-prefeita-- para completar o mandato e até mesmo um prefeito que tentou a reeleição enquanto estava internado para se tratar da doença, entre outras particularidades dos municípios. A primeira morte de um prefeito brasileiro ocorreu em 27 de março, em São José do Divino (PI), envolvendo Antônio Nonato Lima Gomes, o Antônio Felicia (PT), 57. Foi, também, o primeiro óbito no estado.

A partir dela, óbitos de prefeitos em outros 14 estados em todas as regiões do país engrossaram a lista das vítimas da Covid-19 no país, cujo total já passou de 183 mil mortes.

Na cidade catarinense, que teve três mortes na pandemia, o vice-prefeito, Luis Carlos Muller, decretou luto oficial de oito dias devido ao óbito de Pessatti e houve velório aberto à população.

Segundo a prefeitura, a medida seguiu nota técnica sobre funerais para mortes ocorridas após 21 dias ou mais do início dos sintomas. A aglomeração de pessoas foi proibida e a permanência no local foi restrita à família.

"A população poderá neste horário se despedir respeitando o cordão de isolamento, sendo permitido somente passar perante o caixão", informou a administração no comunicado aos moradores.

Entre domingo (13) e segunda-feira (14), dois prefeitos paulistas morreram. No domingo, foi Wair Jacinto Zapelão (PSDB), 56, prefeito de Santa Clara D'Oeste, enquanto Benedito da Rocha Camargo Júnior, 79, o Dito Rocha, governante de Pardinho, morreu no dia seguinte.

Zapelão estava internado em observação na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de Santa Fé do Sul desde o dia 7, mas foi transferido no dia seguinte para o Hospital de Base de São José do Rio Preto, onde morreu cinco dias depois.

Já Dito, que foi prefeito de Pardinho em seis mandatos, estava internado em São Paulo.

Com quatro mortes, São Paulo é o estado com mais óbitos de governantes no cargo. As outras duas foram as de Antônio Carlos Vaca (PSDB), de Borebi, e Rodrigo Aparecido Santana Rodrigues (DEM), de Santo Antônio do Aracanguá.

Na última sexta-feira (11), morreu Farid Abrão David (PTB), 76, que governou Nilópolis (RJ), na Baixada Fluminense, por três mandatos (2001-2008 e desde 2017).

Ex-diretor do Fluminense e ex-presidente da escola de samba Beija-Flor por 18 anos, ele foi sucedido nos últimos dias do mandato por sua mulher, Jane Louise Martins David, 74, que era vice-prefeita.

A cidade, que acumula 246 mortes e 1.995 casos confirmados da doença, terá como prefeito a partir de 2021 Abraão David Neto (PL), 40, sobrinho do prefeito morto.

Ainda em dezembro, no dia 6, morreu José Reinoldo Oliveira (MDB), 61, que governava Santa Maria do Oeste (PR). Ele, que foi internado em Ivaiporã e, depois, numa UTI em Curitiba, é um dos três óbitos confirmados no município.

Além das cinco mortes de dezembro, em novembro houve outras três. Em São Braz do Piauí (PI), o prefeito Nilton Pereira Cardoso (MDB), 53, morreu em 5 de novembro. Ele, que era candidato à reeleição, foi substituído por sua filha, Deborah Cardoso (MDB), que venceu a disputa dez dias depois.

No dia 20, foi o prefeito de Santa Terezinha, Geovane Martins, o Vanin de Danda (Avante), 51, quem morreu. Ele estava internado desde o início do mês no Recife e seu nome foi às urnas com ele no hospital. Teve 38,93% dos votos e ficou em segundo lugar na eleição do dia 15.

No dia 24, Wilson da Silva Santos (PSDB), 73, de Jussara (GO), morreu de complicações da doença, após cerca de dois meses de internação.

A Covid-19 gerou um imbróglio sem precedentes na história política de Araguanã (TO), onde o prefeito Hernandes da Areia (DEM), 54, morreu ainda no começo da pandemia.

Ele era vice-prefeito, mas assumiu o governo após o titular renunciar, em 2017. O presidente da Câmara, seu substituto imediato, morreu enquanto Hernandes estava internado.

Sobrou à vice-presidente do Legislativo, Irene Duarte (PSD), assumir o cargo, primeiro interinamente, depois por meio de uma eleição indireta. Ela não tentou a reeleição no último mês.

No Sudeste, também morreram os prefeitos de Duas Barras (RJ), Luiz Carlos Botelho Lutterbach (PP), e Água Doce do Norte (ES), Paulo Márcio Leite Ribeiro (PSB) e, no Sul, Valdir Jorge Elias (MDB), que governava Viamão (RS).

No Nordeste, as vítimas foram os governantes de Paraibano (MA), José Hélio (PT), Santa Quitéria do Maranhão (MA), Alberto Moreira da Rocha (PDT), Ingá (PB), Manoel Batista Chaves Filho (PSD), e Santana do Ipanema (AL), Isnaldo Bulhões (MDB).

Já na região Norte do país, os prefeitos de Redenção (PA), Carlo Iavé Araújo (MDB), e Igarapé-Açu (PA), Nivaldo Costa (SD). No Centro-Oeste, morreu Fabio Mauri Garbugio (PDT), que governava Alta Taquari (MT).

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Prefeitos se queixam que o grande problema é a desobediência do povo

  • Levi Vasconcelos
  • 14 Jul 2020
  • 17:01h

(Foto Ilustrativa)

Ricardo Mascarenhas (PP), prefeito de Itaberaba, já decretou lockdown, mantém restrições, como o toque de recolher há mais de 15 dias e diz que tem tido apoio do governo, como 10 leitos de UTI e 20 clínicos. E aí, está ganhando ou perdendo a guerra contra a Covid?

— Empatando. O meu grande problema aqui é o povo, que não ajuda. Todos os dias vou ao rádio, faço lives, peço que fique em casa, mas uma parcela da população resiste.

Ele tem lá hoje 435 registros, 224 casos ativos e 196 curados, mais 11 óbitos. Ele também é candidato à reeleição e por consequência está de olho nas urnas, onde deve enfrentar o tio e ex-padrinho João Filho (PL), mas diz não estar ligado nisso:

— Minha campanha é contra a Covid, salvar vidas.

Conexão paulista

Esse painel, o povo sem obedecer, não em festas ou aglomerações comemorativas, mas no ir e vir do dia a dia, é generalizado, ficou evidente nas videoconferências que Rui Costa tem feito com prefeitos dos quatro cantos da Bahia.

Rui prometeu reforço policial em alguns casos, pediu a manutenção do toque de recolher, mas ninguém sabe onde vai dar a guerra. Em São Paulo, o governador João Dória recebeu até ameaça de desobediência civil e acabou flexibilizando. Isso tem tudo a ver com a Bahia: muitos baianos estão voltando de São Paulo em transportes clandestinos e infectando cá.

O Coronavírus já chegou em 397 dos 417 municípios baianos. Ainda está ativo em 359 e registra óbitos em 205.

Rui pede aos prefeitos mais gás contra a Covid. Será que vai dar?

  • Levi Vasconcelos
  • 10 Jul 2020
  • 14:09h

(Foto: Secom / Bahia)

Rui Costa começou ontem a fazer videoconferências com prefeitos. Reuniu 31, para alertá-los sobre o avanço da Covid para o interior e a necessidade de apertar o cinto. Na mesma linha, ACM Neto pede: ‘A gente precisa contar com os nossos colegas do interior’.

Se fosse num ano comum, menos mal. Mas como este ano tem eleição, a situação ganha esse complicador, com o detalhe de que as formas de reação dos gestores diante do mesmo problema variam muito, alguns eficientes, outros nem tanto. Uns por má gestão, outros por má conduta.

Pressões

Veja: Itabuna, com 3.241 casos, 821 ativos e 69 mortos, tem lá o prefeito Fernando Gomes, que ganhou notoriedade nacional dizendo que ia abrir o comércio ‘morra quem morrer’. Pediu desculpas, mas vai abrir segunda, o que dá no mesmo, vale o morra quem morrer. O secretário da Saúde, Juvenal Maynart, que assumiu há menos de 30 dias, pediu demissão. Ele nem tchum.

Ora, Fernando nem é candidato à reeleição. E por que age assim? No pedido de desculpas, ele disse que, se as pessoas soubessem ‘a pressão’ que sofre, o entenderiam.

No papo com os prefeitos ontem, Rui Costa prometeu estreitar mais as conversas com eles, o que, aliás, é motivo de grande queixa, a falta de tempo para recebê-los. Os prefeitos receberam a notícia de bom grado. Das conversas com o governador sempre sai algum apoio, muito bem recebido.

Covid no jogo, mas também à parte, é ano eleitoral.

Rui Costa se reúne com 90 prefeitos para traçar estratégias contra vírus no interior

  • Rayllanna Lima
  • 08 Jul 2020
  • 11:20h

Governador da Bahia agendou reuniões virtuais com 30 gestores por dia, sendo 15 pela manhã e 15 pela tarde, até sexta-feira | Foto: Brumado Urgente

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), cumpre uma intensa agenda de reuniões com prefeitos do interior do estado nesta semana. Até sexta-feira (10), ele pretende se reunir, por meio de conferência eletrônica, com 90 gestores. Em visita ao município de Saubara nesta quarta-feira (8), onde entregou a recuperação de mais de 27 km da nova BA-878, Rui informou que ainda nesta manhã vai se reunir com 15 prefeitos. Ao longo da tarde, se reúne com outros 15 para ajustar as ações de combate ao novo coronavírus, que provoca a Covid-19. “Até sexta vamos reunir com noventa prefeitos, trinta a cada dia. O objetivo é alinhar as medidas de contenção do coronavírus. Tenho buscado diálogo e entendimento com prefeitos. O Brasil escolheu uma péssima estratégia, de conflito, de menosprezar o vírus. E, infelizmente, já estamos no segundo lugar em número de mortes e contaminados”, disse o governador. Ele sinalizou estar disposto ao diálogo com prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins (MDB), mas reforçou que ações só serão adotadas em cidades baianas quanto Estado e Município estiverem em total alinhamento. O governador tem demonstrado preocupação com Feira, que tem apresentado altas taxas de contaminação após ter passado por flexibilização de atividades econômicas. “Não podemos aumentar o desgaste, portanto tomei a decisão que só implementa alguma ação se houver comum acordo entre Estado e Município. Se não houver, a gente não implementa. Tenho buscado fazer acordo, tenho evitado e vou evitar qualquer tipo de polêmica com Município, desviando a atenção dos doentes da pandemia para ficar em debates outros quaisquer. Tendo acordo, a gente anuncia. Não tendo, vamos fazendo o que é possível fazer”, afirmou.

Prefeito de Conquista fala em criar uma frente de defesa de prefeitos da região em favor de Eduardo Vasconcelos

  • Redação
  • 06 Jul 2020
  • 16:50h

Herzem Gusmão em visita a Brumado, onde conheceu toda a estrutura educacional do município | Foto: Brumado Urgente

Mostrando ser cada vez mais um forte aliado do chefe do executivo brumadense, o prefeito de Vitória da Conquista, terceira maior cidade do estado da Bahia, Herzem Gusmão, confirmou mais uma vez a sua parceria ideológica, ao afirmar, se preciso for, que irá criar uma frente de prefeitos da região para sair em defesa de Eduardo Vasconcelos. Ele também voltou a mencionar os grandes esforços que vem sendo feito em prol da Educação de Brumado, citando que “é o único município que tem 100% das escolas funcionando em Tempo Integral, o que é um grande exemplo para todos e que deve ter o reconhecimento por esse planejamento tão arrojado”. Ele ainda destacou que “Eduardo é um gestor compromissado com o futuro e essa forma que encontraram para tirar ele do cargo por meio de um processo de impeachment chega a ser inaceitável, já que, ao que tudo indica, é movida pelo ódio e por interesses individuais, deixando o coletivo de lado”.  E finalizou dizendo que “então, se preciso for iremos convocar uma frente de prefeitos da região para que esse processo não vá adiante, pois conhecemos o trabalho e a dedicação do prefeito Eduardo, que, como já disse, é um dos melhores prefeitos do país”.  

Para aprovar adiamento de eleições, Maia negocia propaganda e recursos para prefeitos

  • FolhaPress
  • 29 Jun 2020
  • 10:29h

(Foto: Agência Câmara)

Após um impasse com o chamado centrão, a Câmara avançou em um acordo para votar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que adia as eleições municipais deste ano para novembro. Durante o fim de semana, líderes partidários e o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) conversaram para buscar uma saída depois que o centrão, pressionado por prefeitos, passou a se opor à proposta aprovada pelo Senado na semana passada que adia para 15 e 29 de novembro o primeiro e o segundo turnos da disputa municipal -as datas oficiais são 4 e 25 de outubro. Por ora, a solução encontrada é abastecer os cofres das prefeituras com a recomposição do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e ainda aprovar inserções de peças partidárias em rádio e TV neste ano. Com o acordo avançado, segundo as expectativas dos líderes, o adiamento das eleições pode ser votado nesta semana.

Líderes que conversaram com Maia sobre o tema neste fim de semana confirmaram à reportagem que a votação da PEC das eleições foi pacificada com a concordância de votar no Congresso a Medida Provisória (MP) 938, que transfere recursos da União para as prefeituras.


A MP ainda não foi votada em nenhuma das Casas Legislativas e prevê que a União vai recompor as perdas do que seria repassado aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios, ou seja, sem redução apesar da queda na arrecadação do governo federal -uma espécie de seguro para manter a receita dos municípios na crise na pandemia do novo coronavírus.

O plano de líderes da Câmara é aprovar a extensão dessa medida, com validade até junho. Uma das propostas é que essa compensação seja até dezembro.

A MP reservou até R$ 16 bilhões para manter os repasses do FPM e do FPE (Fundo de Participação dos Estados) de março a junho.

Segundo o Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) foram gastos R$ 6 bilhões nas três primeiras parcelas, tendo R$ 10 bilhões ainda não utilizados. Por isso, o comitê defende que a manutenção do valor das transferências seja prorrogada, destinando R$ 5 bilhões a estados e outros R$ 5 bilhões a municípios.

O adiamento das eleições municipais enfrentou resistência do centrão -grupo de partidos que, juntos, representam a maioria da Câmara e que tem se aproximado do governo de Jair Bolsonaro. Para a proposta passar, são necessários os votos de pelo menos 308 deputados em dois turnos.

As siglas passaram a ser contra o adiamento após Maia e o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luis Roberto Barroso, excluírem a possibilidade de prorrogação de mandatos.

Caciques dessas siglas têm o controle de boa parte das prefeituras e, junto com os atuais prefeitos, avaliavam que uma campanha eleitoral mais curta elevaria as chances de reeleição.

Com os caixas municipais menos vazios durante a crise do coronavírus, os prefeitos que têm o controle da máquina pública podem obter mais chances de conseguir um novo mandato.

Outro item em debate nas tratativas entre os parlamentares para o adiamento das eleições municipais é o projeto de autoria do senador Jorginho Mello (PL-SC). O texto do catarinense pretende trazer de volta a propaganda partidária gratuita.

As propagandas partidárias no rádio e na televisão, mesmo fora do período eleitoral, foram proibidas na minirreforma eleitoral de 2017.

O projeto de Jorginho recupera, exatamente como era, boa parte do artigo que foi revogado pela lei de 2017, mas deixa de fora o trecho, também revogado, que determinava que a propaganda partidária deveria "promover e difundir a participação política feminina" com no mínimo 10% do programa e das inserções.

O texto do senador também propõe que as inserções nacionais sejam veiculadas à terças, quintas-feiras e sábados e as inserções estaduais às segundas, quartas e sextas-feiras.

As transmissões serão, segundo a proposta, em blocos de 30 segundos nos intervalos das programações normais das emissoras de rádio e de televisão. O projeto ainda não tem relator definido e nem foi pautado para votação no plenário do Senado.

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Na briga contra a Covid, prefeitos também turbinam as campanhas

  • Levi Vasconcelos
  • 19 Jun 2020
  • 09:19h

Tem até cadeado de R$ 428 | Fotocomposição: Brumado Urgente

— Falido levanta! Falecido, não! Fique em casa!

A frase aí, batida e repicada nas ruas de Canavieiras, é disparada pelo prefeito Clóvis Roberto Almeida, o Dr. Almeida (PPS), protagonista de uma bem sucedida história de combate à Covid (com ressalvas).

Dr. Almeida, a quem chamam de ‘O Doido’, é bolsonarista, mas como médico, divergiu frontalmente com o líder. Afina-se com ele noutro ponto, o pouco caso com os amigos. Foi eleito com apoio do grupo do ex-prefeito Jaime Loureiro, o time de Paulo Souto. Chutou todos. Ficou só.

Na guerra à Covid renasceu com força, brilhou. Chegou a ter 26 casos, travou a única entrada da cidade e virou sensação quando barrou a entrada de um desembargador. E mais: zerou o número de casos. Entre palmas, um bombardeio de acusações de superfaturamento nas licitações. Dizem que o cadeado custou R$ 428.

Na ponga

Se Dr. Almeida vai se dar bem nas urnas, sabe-se lá. O fato é que ele adota a tática dos prefeitos candidatos à reeleição em ano de pandemia, a aposta no combate ao coronavírus. A Tarde, em caderno especial, lança hoje um olhar sobre os esforços dos nossos prefeitos para salvar vidas, o mais contundente dos discursos.

Dos 417 prefeitos (e prefeitas) baianos, nada menos que 345 – ou 82,73% – estão aptos à reeleição. Desde que foi instituída, em 1997, é um recorde. Também são únicas as circunstâncias da disputa.

Quem sobreviverá? A conferir.

Adiamento das eleições tem insuficiência de votos na Câmara dos Deputados

  • Redação
  • 19 Jun 2020
  • 07:53h

Presidente da Casa, Rodrigo Maia avalia que prefeitos pressionam deputados para votação continuar em outubro | Foto: Brumado Urgente Conteúdo

Tema muito praticamente consensual nos comandos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), da Câmara dos Deputados e do Senado, o adiamento das eleições enfrenta resistência entre os deputados. Quem relata a insuficiência de votos é o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ao jornal O Globo, Maia ressaltou que os prefeitos estariam pressionando deputados a manter a votação em outubro. “O Senado parece que tem um número maior para o adiamento”, declarou Como o isolamento social limita não só a campanha, mas o próprio dia da votação, há um debate no parlamento para a remarcação da votação em primeiro e segundo turnos. O senador Weverton Rocha (PDT-MA) é o relator e deve apresentar o texto na próxima semana. Para mudar o calendário da sucessão municipal é preciso aprovar uma emenda à Constituição. Para tanto, a proposta precisa de três quintos dos votos de deputados e senadores, em duas votações em cada um dos legislativos.

Em visita às Escolas em Tempo Integral, prefeitos de Vitória da Conquista e Tanhaçu fazem exaltação à Educação de Brumado

  • Ascom | PMB
  • 19 Nov 2019
  • 14:56h

A visita foi muito bem avaliada pelos prefeitos (Foto: Ascom | PMB)

Após tomarem conhecimento com maior amplitude dos grandes avanços obtidos no setor educacional de Brumado durante ato de adesão à Agenda 2030, a qual ocorreu no auditório do Campus do IFBA, os prefeitos de Vitória da Conquista e Tanhaçu, respectivamente, Herzem Gusmão e Jorge Teixeira, acompanhados de membros de suas equipes, voltaram ao município nesta segunda-feira (18), para realizar uma visita às ETIs – Escolas em Tempo Integral, as quais já são consideradas um modelo a ser seguido devido ao ótimos resultados obtidos na avaliação do IDEB 2017.  Acompanhados do prefeito Eduardo Vasconcelos, da secretária de Educação, professora Ednéia Ataíde, os dois gestores estiveram nas escolas Clarice Morais, Idalina Azevedo e Maria Iranildes, na Cidade, além da escola Manoel Fernandes que fica no Distrito de Ubiraçaba, podendo, assim, conhecer e avaliar a qualidade e os detalhes das instalações das escolas e do cardápio balanceado que é oferecido aos alunos. Eles não pouparam elogios ao que observaram e expressaram que irão “importar” o padrão de excelência para ser implantado em seus municípios. O prefeito Eduardo Vasconcelos agradeceu a visita e fez várias observações sobre toda a trajetória que levou o município a ter todas as suas escolas em tempo integral.


UVPB realiza reunião em Brumado na busca de avanços para os vice-prefeitos da região do Sertão Produtivo

  • Brumado Urgente
  • 09 Ago 2019
  • 11:54h

A reunião aconteceu nas dependências do Poder Legislativo de Brumado (Foto: Daniel Simurro)

Aconteceu na sala de reuniões da Câmara de Vereadores de Brumado na manhã desta sexta-feira (09) uma reunião realizada pela UVPB – União dos Vice-Prefeitos da Bahia, a qual objetiva fortalecer o relacionamento entre os vice-prefeitos da região do Sertão Produtivo. Comandada pelo vice-prefeito de Caldeirão Grande, Carlos Augusto Baltar, a reunião foi a primeira do gênero na região realizada pela entidade que foi criada no final de 2017 e atualmente conta com cerca de 200 filiados. Segundo Baltar um dos objetivos maiores da entidade é buscar a desestigmatização da figura do vice e, concomitantemente, buscar avanços como a permissão para atuar em outras funções com melhor remuneração. “A figura do vice é vista por muitos ainda como meramente decorativa, que fica no banco de reservas esperando uma oportunidade para substituir o prefeito numa eventual vacância, nossa função é muito diferente disso, então essa é a missão da UVPB, buscar a valorização de nossa função, pois não é justo que na hora da eleição seja uma coisa e durante a gestão seja outra”. Ele também informou que na próxima semana uma caravana da entidade estará em Brasília buscando a validação da PEC 098/99 que dará uma amplitude muito maior às atribuições. A participação dos vice-prefeitos acabou sendo baixa, já que alguns, como Édio Pereira de Brumado que está se recuperando de uma cirurgia em Salvador, estavam atravessando problemas de saúde, sendo que outros tiveram entraves familiares e um em específico, o de Andaraí, Venceslau dos Reis Souza Silva, acabou sendo assaltado na estrada e não pode comparecer. No final o presidente da entidade agradeceu o apoio do presidente do Poder Legislativo de Brumado, vereador Léo Vasconcelos, que deu todo apoio logístico para a realização da reunião.

Prefeitos dos principais colégios eleitorais da Bahia devem disputar a reeleição

  • Redação
  • 30 Jul 2019
  • 08:03h

Mesmo com o controle da máquina pública, os prefeitos têm encontrado nos últimos anos dificuldade para se reeleger. Com a crise econômica, houve uma queda das receitas públicas e os gestores municipais não têm conseguido cumprir as promessas de campanha. Na Bahia, 18 prefeitos dos 20 maiores colégios eleitorais terão a difícil missão de conquistar a recondução no próximo ano, conforme levantamento feito pelo Bahia Notícias. Em Salvador e Porto Seguro, os administradores, que já estão em segundo mandato, terão um outra tarefa árdua: a de tentar eleger o seu sucessor. Na capital, ACM Neto (DEM) tem preparado o seu vice-prefeito Bruno Reis (DEM) para ser o seu candidato, mas outros nomes correm por fora, como o secretário municipal de Saúde, Leo Prates (DEM), o presidente da Câmara, Geraldo Júnior (SD), e até mesmo o dirigente do Esporte Clube Bahia, Guilherme Bellintani (sem partido). 

Em Porto Seguro, após dois mandatos, Claudia Oliveira (PSD) também tentará fazer o seu sucessor. Lá o cenário é ainda mais indefinido. Filha da prefeita, Larissa Oliveira tem sido especulada para ser o nome da sucessão, mas não poderia ser candidata na terra do Descobrimento - já que a lei define que parente em até segundo grau de chefe do Poder Executivo, que já não esteja exercendo mandato, não pode se candidatar a qualquer cargo eletivo. Outros nomes especulados são o do secretário Maurício Pedrosa e o do vereador Evaír Fonseca, mas sem qualquer indicação oficial de apoio da atual prefeita. Dos 18 prefeitos que devem tentar a reeleição, cinco são do grupo liderado por ACM Neto. São eles: Colbert Martins (Feira de Santana), Herzem Gusmão (Vitória da Conquista), Dinha (Simões Filho), todos do MDB, e Zito Barbosa (Barreiras) e Antonio Elinaldo (Camaçari), do DEM. Três nomes que devem tentar a recondução no próximo ano foram eleitos pela base do prefeito soteropolitano em 2016: Joaquim Neto, Ricardo Moura e Fernando Gomes. Eles, porém, mudaram do lado e integram hoje o grupo do governador Rui Costa (PT). Moura e Neto hoje são filiados ao PSD, já Gomes está sem partido. Além deles, mais 10 governistas devem entrar na briga por mais um mandato em 2020. São eles: Dr. Mario Alexandre (Ilhéus), Luiz de Deus (Paulo Afonso), Robério Oliveira (Eunápolis), Rogério Andrade (Santo Antonio de Jesus) e Temoteo Brito (Teixeira de Freitas), todos do PSD; além de Jairo Magalhães (Guanambi), Sergio da Gameleira (Jequié), ambos do PSB; Paulo Bonfim (Juazeiro), do PCdoB; Moema Gramacho, do PT; e Dr. Pitágoras (Candeias), do PP. Para o professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e cientista político Joviniano Neto, os prefeitos, por terem a máquina, têm "vantagem" para vencer os pleitos, mas o fim das coligações nas eleições proporcionais pode impactar no resultado. Isto porque, para não caírem na cláusula de barreiras, partidos querem lançar candidatos a prefeito e podem romper com os grupos atuais. Além disso, a crise econômica tem afetado as gestões municipais e derrubado popularidade dos gestores. "Tudo vai depender do desgaste do grupo que está no poder. E da capacidade da oposição de se articular. Agora, onde há polarização entre situação e oposição, a vantagem tende a ser da situação porque tem cargo, tem visibilidade. Tem a máquina", ressaltou Joviano. Na eleição de 2016,  2.945 prefeitos se candidataram à reeleição e 1.385 conseguiram, um índice de 47%. Em eleições anteriores, segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), o número era bem maior. Desde que passou a ser permitida, em 2000, a reeleição ficava acima de 55%, segundo a instituição. O pico foi em 2008, com 66%.

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Otto ressalta apoio a unificação das eleições na Marcha dos Prefeitos

  • Francis Juliano / Ailma Teixeira
  • 03 Jun 2019
  • 14:31h

(Foto: Mapele News)

Presente na Marcha dos Prefeitos, que acontece na manhã desta segunda-feira (3), na sede da União dos Municípios da Bahia (UPB), o senador Otto Alencar (PSD) endossa a pauta do evento. Neste ano, os chefes dos Executivos municipais defendem a unificação das eleições no país. "Olha, eu defendo isso há muito tempo. Eu acho que eleição de dois em dois anos dificulta muito para classe política como um todo. Você termina uma eleição, como terminamos ano passado a de governador, senador, deputados, presidente da República, e já se começa, no dia seguinte, a discutir eleição municipal", critica o senador baiano. Para ele, o Brasil "não vai suportar eleição de dois em dois anos" diante dos altos custos que isso demanda. As eleições municipais ocorrem nesse formato desde 1988. Mas apesar de apoiar a proposta, o senador não é otimista quanto à sua tramitação no Congresso Nacional. Otto diz que não tem ideia do que vai acontecer, já que, segundo ele, "a Câmara tem dificultado muito a tramitação das matérias" (saiba mais aqui). Como exemplo, o senador cita a Medida Provisória 871, que visa coibir fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Após um longo trâmite na Câmara dos Deputados, o texto deve ser votado no Senado nesta segunda, prazo final para que não perca a validade. Coordenador da bancada baiana na Câmara dos Deputados, Daniel Almeida (PCdoB) ressalta que sempre foi a favor de unificar as eleições no Brasil. O tema é o foco da 2ª Marcha dos Prefeitos da Bahia, que acontece na sede da União dos Municípios (UPB), na manhã desta segunda-feira (3). "Acho que isso é o melhor para o país, mesmo que a eleição aconteça em datas diferentes no mesmo ano", afirma o deputado. O ponto de discussão, segundo Almeida, é a forma como essa unificação deverá ser feita, se com uma extensão do mandato dos prefeitos para seis anos até que se iguale ao período das eleições estaduais e federal ou se com um mandato de dois anos. "O Congresso precisa ver qual é o melhor caminho para chegar a essa unificação. A proposta tem muita força, muita aceitação, eu tenho percebido. Mas fico entendendo que esse processo de reeleição, mandatos muito curtos, o país para para debater eleição, não tem permitido tempo maior para que prefeitos e governadores cuidem da gestão, então é um debate que no Congresso vai ganhando cada vez mais adesão", pontua Almeida. Além dele, outro apoiador declarado da mudança é o senador Otto Alencar (PSD), também presente no evento.

Prefeitos baianos irão realizar II Marcha em prol da prorrogação dos mandatos até 2022

  • Redação
  • 29 Mai 2019
  • 15:12h

O movimento vem ganhando cada vez mais musculatura (Foto: Divulgação)

Os prefeitos baianos estão se mostrando cada vez mais eufóricos e, agora, atiçados pela UPB, vão realizar na próxima segunda-feira (3) o segundo ‘Movimento Pró-Município: Marcha em direção a Alba’. A pauta principal é a prorrogação dos atuais mandatos de prefeitos e vereadores para chegar em 2022 com o povo elegendo do presidente ao vereador num só pleito. Segundo a argumentação dos que defendem essa possibilidade, os municípios não suportam mais eleições de dois em dois anos, tanto que o desgaste nesse sentido é patente. Apesar do tema ser visto como anticonstitucional, já que os eleitores elegem seus representantes por determinado período, o que dificultaria a aprovação, os estão cada vez mais esperançosos e um dos motivos nesse sentido é a PEC do deputado Rogério Peninha (MDB-SC), que nem tramitava e agora resolveu andar. Além disso a CCJ da Câmara está averiguando outras sete propostas similares que estavam engavetadas nos últimos dez anos, e recebeu parecer favorável do relator, deputado Valtenir Pereira (MDB-MT). O tal projeto acaba a reeleição para cargos majoritários e estabelece mandato de cinco anos. É uma luz no fim do túnel, dizem os prefeitos que garantem que irão engrossar o movimento.