BUSCA PELA TAG "mulher"

Lei para proteger mulheres em bares e shows é sancionada

  • Por Folhapress
  • 29 Dez 2023
  • 15:18h

Foto: Cleverson Nunes / CMSJC

O presidente Lula sancionou a lei que cria o protocolo "Não é Não" para proteger mulheres de assédio em shows, bares e boates.

O objetivo é garantir atendimento de vítimas de assédio e outros tipos de violência em locais onde sejam vendidas bebidas alcóolicas. O protocolo cria uma dinâmica a ser adotada para evitar o agravamento das situações, preservando a integridade da vítima.

A lei não se aplica a cultos nem a outros eventos realizados em locais de natureza religiosa. A publicação saiu na edição desta sexta-feira (29) do DOU (Diário Oficial da União).

Os estabelecimentos deverão manter trabalhadores treinados para agir em caso de denúncia de violência ou assédio a mulher. Isso inclui preparo para preservação de provas, e disponibilizar recursos para que a denunciante possa acionar a polícia ou regressar ao lar de forma segura.

O Protocolo 'Não é Não' é similar ao implantando na cidade de Barcelona, conhecido como "No Callem". Na Espanha, ele foi aplicado recentemente no episódio que envolveu o jogador brasileiro de futebol Daniel Alves, acusado de estuprar uma mulher em uma boate.

O QUE DIZ A LEI
 

Protocolo deve ser adotado em ambientes nos quais sejam vendidas bebidas alcoólicas, como casas noturnas e boates. Locais onde são realizados espetáculos musicais, shows e competições esportivas também se enquadram.

 

A LEI CONSIDERA DOIS TIPOS DE AGRESSÃO:
 

constrangimento: qualquer insistência, física ou verbal, sofrida pela mulher depois de manifestada a sua discordância com a interação;violência: uso da força que tenha como resultado lesão, morte ou dano, entre outros, conforme legislação penal em vigor.São deveres dos estabelecimentos:

assegurar que a equipe tenha pelo menos uma pessoa qualificada para atender ao protocolo "Não é Não";manter, em locais visíveis, informação sobre a forma de acionar o protocolo "Não é Não" e os números de telefone de contato da Polícia Militar e da Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180);certificar-se com a vítima a necessidade de apoio e informá-la sobre seu direito a assistência.Em casos com indícios de violência, o estabelecimento deve:

proteger a mulher e adotar as medidas de apoio previstas na Lei;afastar a vítima do agressor, inclusive do seu alcance visual, facultado a ela ter o acompanhamento de pessoa de sua escolha;colaborar para a identificação das possíveis testemunhas do fato;solicitar o comparecimento da Polícia Militar ou do agente público competente;isolar o local específico onde existam vestígios da violência, até a chegada da Polícia Militar ou do agente público competente;garantir o acesso às imagens à Polícia Civil, à perícia oficial e aos diretamente envolvidos; e preservar, por pelo menos 30 dias, as imagens relacionadas com o ocorrido;Os estabelecimentos também podem criar um protocolo próprio de alerta para violências. O objetivo é sempre evitar constrangimentos, preservar a dignidade e a integridade da vítima e apoiar ações de órgãos de saúde e segurança.

Isso inclui retirar o ofensor do estabelecimento e impedir o seu reingresso, nos casos de constrangimento; e divulgar nos sanitários femininos maneiras para que as mulheres possam alertar os funcionários sobre a necessidade de ajuda.
 

EM CASO DE VIOLÊNCIA, DENUNCIE

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.

Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 - Central de Atendimento à Mulher - e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

CONTINUE LENDO

Janja defende mulheres ocupando a política, após Lula demitir ministras e indicar homens ao STF

  • Por Mateus Vargas | Folhapress
  • 10 Dez 2023
  • 08:28h

Foto: Claudio Kbene/PR

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, defendeu neste sábado (9) a revisão dos incentivos à participação das mulheres na política. Ela afirmou que a cota de gênero nas eleições não é suficiente.

"Precisa lutar por cadeiras, equidade. As cotas já não bastam mais", disse Janja durante a conferência eleitoral do PT.

O primeiro ano do governo Lula (PT), porém, ficou marcado pela demissão de duas ministras do governo --Daniela Carneiro, do Turismo, e Ana Moser, de Esportes-- e de Rita Serrano, do comando da Caixa. Todas foram substituídas por homens indicados pelo centrão.

Lula ainda foi pressionado a indicar uma mulher para o STF (Supremo Tribunal Federal), mas escolheu Cristiano Zanin e Flávio Dino para as vagas abertas neste ano.

No mesmo debate, a ministra Cida Gonçalves criticou a cota partidária. "Não se cumpre e depois perdoa a dívida [dos partidos]", afirmou.

As regras eleitorais determinam que partidos devem repassar às candidatas em um percentual proporcional ao número que lançar, nunca sendo inferior a 30%. O Congresso discute uma anistia, com apoio do PT, aos partidos que descumpriram esta cota, entre outras regras eleitorais.

 

Em novembro, Lula culpou os partidos pela redução de mulheres em ministérios. "Eu lamento, porque o que eu quero fortalecer no governo é passar a ideia de que a mulher veio para a política para ficar. Quando um partido político tem que indicar uma pessoa e não tem mulher, eu não posso fazer nada", disse o presidente na ocasião.

Janja também defendeu, neste sábado, que candidatas e mulheres eleitas recebam maior proteção contra a violência política de gênero.

A primeira-dama rebateu críticas por participar de eventos ao lado de Lula.

"Numa reunião que eu estava, no G20, todo mundo ficou falando 'o que ela está fazendo lá, não foi eleita'. Dane-se, eu vou estar sempre. Ninguém me deu aquele lugar, eu conquistei", disse ela.

"Quando o primeiro-ministro da Índia, o [Narendra] Modi, falou na reunião 'nós, homens, precisamos dar espaço às mulheres', e o Biden, 'é isso mesmo, nós precisamos dar'. Vocês não precisam dar nada, a gente sabe muito bem fazer a nossa luta e conquistar nossos espaços", afirmou Janja.

A primeira-dama defendeu não usar mais o termo bolsonarismo. "O inominável está inelegível, e se tudo der certo, logo ele vai estar...", disse ela, sem completar a frase.

"Começar a chamar as pessoas de fascistas, é isso que elas são. Virar essa chave, começar a usar o termo fascista, deixar esse cara no lugar que lhe é de direito, que é nada, a lata do lixo", afirmou Janja sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A chamada PEC da Anistia tem o apoio da ampla maioria da Câmara, da esquerda à direita, e concede o maior perdão da história a partidos políticos, em especial pelo descumprimento das cotas afirmativas de gênero e de raça na disputa de 2022.

O texto proíbe qualquer punição a ilegalidades eleitorais cometidas até a promulgação da PEC. Se aprovada, a proposta consolida a total impunidade ao descumprimento generalizado das cotas, que entraram em vigor vagarosamente ao longo do tempo com o objetivo de estimular a participação de mulheres e negros na política.

Ainda tramita na Câmara a PEC das Mulheres, que enfrenta maior resistência na Casa e pretende estabelecer uma cota de 15% das cadeiras dos colegiados de todo o Brasil a ser destinado a candidatas.

CONTINUE LENDO

Lu Alckmin elogia Janja e diz querer ver mais mulheres na política

  • Por Folhapress
  • 17 Nov 2023
  • 18:10h

Foto: Reprodução / Instagram/Bahia Notícias

A segunda-dama Lu Alckmin elogiou o trabalho de Janja e diz que elas compartilham algumas pautas. Lu Alckmin diz que cada primeira-dama "tem seu perfil, um jeito e uma maneira de fazer o seu trabalho". Ela foi entrevistada pela revista Veja.
 

Ela elogiou o trabalho de Janja. "Ela é maravilhosa. Uma pessoa alegre, dinâmica, que defende a causa da mulher. Uma defensora da atuação das mulheres na política. Ela também recebe entidades sociais".
 

Janja tem um trabalho lindo, pelo qual tenho o maior respeito. Assim como Janja, eu também quero ver mais mulheres na política.
 

Ajudar as pessoas é um exemplo de família que vem desde a minha infância. Sempre quis dar continuidade a isso. O sonho da minha vida se realizou quando casei com o Geraldo.Segunda-dama Lu Alckmin à Veja
 

Lu também contou que conseguiu convencer Geraldo Alckmin a mudar a rotina desde que mudaram para Brasília. "Ele trabalha muito, nunca ia almoçar. Comia só sanduíche e não almoçava. Eu disse que ele ocupa uma posição que necessita de saúde. Não podia continuar daquele jeito. São quatro minutos de carro da Vice-­Presidência até o Jaburu. Ele agora vai almoçar em casa".

Campanha por mulher negra no STF se intensifica, e professores da UnB defendem indicação de baiana

  • Por Edu Mota, de Brasília/Bahia Notícias
  • 30 Set 2023
  • 10:35h

Foto: Divulgação/Coalizão Negra por Direitos

Durante o discurso de posse do novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, nesta quinta-feira (28), uma das passagens mais aplaudidas foi o momento em que o ministro se comprometeu a aumentar a participação de mulheres nos tribunais. Barroso havia elogiado o Judiciário brasileiro, segundo ele, um dos mais independentes e produtivos do mundo, mas disse que é preciso melhorar, principalmente estabelecendo critérios de promoção na magistratura que levem em conta a paridade de gênero. 

 

O novo presidente do STF tem se mostrado, nas últimas semanas, um dos maiores entusiastas da indicação de uma mulher negra para a vaga que será deixada pela ministra Rosa Weber, que se aposentará na próxima segunda (2). Segundo o site Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, em um jantar na semana retrasada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Barroso teria defendido a indicação de uma jurista negra como nova ministra do Supremo. Barroso inclusive tem duas juízes auxiliares em sua equipe que são negras: Adriana Cruz, escolhida para ser a secretária-geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e Flávia Martins, indicada pelo ministro para ser a ouvidora do STF durante sua gestão como presidente.

 

Além das manifestações já feitas pelos ministros Barroso, Rosa Weber e Cármen Lúcia, a reivindicação pela indicação de uma mulher negra no STF vem se intensificando nas últimas semanas no Brasil e no exterior. A campanha "Ministra Negra no STF" espalhou cartazes pela Índia, no início de setembro, onde o presidente Lula participava da reunião do G20. Um vídeo com a defesa da indicação também foi transmitido na Times Square, em Nova Iorque, produzido pela Instituto Defesa da População Negra (IDPN), em conjunto com a Coalizão Negra por direitos, que abrange mais de 250 organizações.

 

 

 

A campanha se intensificou principalmente após o presidente Lula ter afirmado que não levará em conta “questão de gênero ou de cor” na hora de fazer sua escolha para o STF. Na última quarta-feira (27), foi realizado um ato em frente ao Ministério da Saúde, pela Coalizão Negra por Direitos, para que uma mulher negra seja a indicada para substituir a ministra Rosa Weber.

 

Os movimentos de organizações e entidades de defesa da população negra apontam alguns nomes de juristas e advogadas que poderiam ser indicadas por Lula ao STF, por contarem com um currículo extenso de atuação, especialização e formação acadêmica na área do direito e na defesa dos direitos humanos. Nomes como Aline Ramos Moreira, Edilene Lobo, Vera Lúcia Santana Araújo, Lívia Vaz, Simone Henriquez e Manuellita Hermes Rosa Oliveira são citados como de mulheres negras que alcançaram êxito em suas atividades profissionais e acadêmicas, e que estariam plenamente aptas a assumir uma cadeira na Suprema Corte. 

 

A baiana Manuellita Hermes, formada em Direito pela UFBA, atualmente é coordenadora-geral de Assuntos Judiciais e Administrativos da Consultoria Jurídica do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, e atua também como coordenadora do Grupo de Trabalho de Igualdade Racial do Comitê de Diversidade da Advocacia-Geral da União. Manuellita já havia sido defendida como indicada em uma moção de apoio dos professores da UFBA, e nesta semana, foi a vez dos docentes de Direito da Universidade de Brasília (UnB) divulgarem uma carta pública em apoio à indicação da procuradora e professora baiana ao STF. 

 

“Conscientes e certos da importância da nomeação de uma jurista negra para a vaga da Ministra Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal, os docentes e discentes da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília manifestam seu apoio à indicação de Manuellita Hermes ao STF. Atualmente, o STF é composto por nove homens e apenas duas mulheres, nítido reflexo da desigualdade histórica de acesso igualitário aos cargos mais elevados dos Poderes da República. Sendo assim, a indicação de um novo ministro à Corte, neste momento, não traduz a necessária ampliação da igualdade de gênero nos espaços decisórios para concretização das premissas constitucionais de igualdade material”, afirma a nota que é assinada por professores como Ana Cristina Botelho, Claudia Roesler, Ela Wiecko Volkmer de Castilho, Érica Fernandes Teixeira, Evandro Piza, Juliano Zaiden Benvindo, Lívia Gimenes Dias da Fonseca, Miguel Godoy, Welliton Caixeta Maciel, entre outros. 

 

Os professores de Direito da UnB afirmam, na moção, que os acessos aos espaços de poder no Judiciário são majoritariamente desiguais. Os docentes citam levantamento realizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2021, que demonstrou que apenas 12,8% dos magistrados no Brasil são negros. Também apresentam pesquisa realizada pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) de 2023, que apontou que mulheres negras são apenas 6,5% do total de membros que ingressaram nos últimos cinco anos. 

 

“Contudo, não são apenas as pesquisas e dados que revelam a desigualdade de acesso resultante da estrutura social discriminatória existente na sociedade brasileira e no Judiciário. Os 132 anos do STF e a ausência de uma mulher negra que ocupasse uma cadeira aponta para a necessária e essencial mudança no cenário das instâncias superiores de Justiça no Brasil. Por tal razão, a escolha da Ministra sucessora deve estar em plena consonância com as conquistas promulgadas pela Constituição Federal, principalmente ao se considerar a igualdade como objetivo fundamental e valor supremo de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceito. Este é o verdadeiro retrato da sociedade brasileira almejado na Constituição, que deve transformar a realidade a partir da consolidação da igualdade como princípio vivo, progressivo e cada vez mais presente em todos os níveis institucionais e sociais”, afirmam os professores na moção pública.

 

Diante do quadro de desigualdade histórica no acesso a postos-chave do Judiciário brasileiro, os professores da Universidade de Brasília afirmam que a indicação de uma mulher negra para a vaga que será deixada pela ministra Rosa Weber representará um caminho democrático e progressista rumo a paridade de gênero e a equidade racial. Para os docentes, a figura da nova ministra do Supremo Tribunal deve trazer consigo o legado das garantias conquistadas e a verdadeira identidade do Brasil. 

 

Em prol de garantir esta representação da mulher negra nos espaços institucionais, os docentes da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília esboçam seu apoio integral à nomeação da baiana e soteropolitana Manuellita Hermes ao STF. Na moção de apoio, os professores detalham o extenso currículo acadêmico e profissional da procuradora federal, e afirmam que ela é uma profissional de excelência com distinto e aprofundado saber jurídico, construído em instituições renomadas no Brasil e no exterior.

 

“O percurso de Manuellita Hermes como professora, pesquisadora e Procuradora Federal evidencia sua total capacidade para suceder a ministra Rosa Weber na Corte. Como mulher negra e nordestina, a experiência da jurista é um exponencial fator para a progressiva concretização de direitos no exercício da jurisdição constitucional, seja pelo seu notável saber jurídico, seja pela representatividade que será fomentada no STF, a ensejar indiscutível qualidade e destreza nas decisões e votos a serem proferidos. É urgente, assim, que esta janela histórica favorável permita, pela primeira vez na história do Brasil, a indicação de uma mulher negra ao STF para esperançar novos rumos democráticos no Judiciário brasileiro”, conclui a moção dos professores da UnB, divulgada nas redes sociais.

CONTINUE LENDO

Conhecimento sobre câncer de mama é menor entre mulheres pretas e pardas, diz Datafolha

  • Por Folhapress /Bahia Notícias
  • 28 Set 2023
  • 09:37h

Foto: Vinícius de Melo/Agência Brasília

A disseminação do conhecimento sobre câncer de mama já atinge 9 em cada 10 (97%) mulheres no país, das quais 69% se consideram bem informadas e 28% mais ou menos informadas.
 

Porém, essas taxas caem entre as mulheres negras, com até o ensino fundamental completo, e das classes D e E, nas quais os índices daquelas que se consideram menos informadas sobre o câncer de mama são maiores.
 

As mulheres pretas (28%) e pardas (33%) relatam mais dificuldade para obter informação sobre câncer de mama em comparação às brancas (20%).
 

 

Entre aquelas que têm nível superior, por outro lado, 78% se classificam como bem informadas, contra 64% entre quem só tem o fundamental completo.
 

Na separação por classes econômicas, as mulheres de classes A e B são classificadas como bem informadas (82%), enquanto 58% das respondentes de classes D/E afirmam ter conhecimento sobre a condição.
 

Essa disparidade também aparece nas regiões do país: enquanto em cidades das regiões Sul e Sudeste 78% e 75%, respectivamente, se consideram bem informadas sobre o câncer, essa taxa cai para 64% na região Nordeste e 51% no Norte/Centro-Oeste.
 

Os dados do estudo revelam como as barreiras ao acesso no conhecimento sobre câncer afetam de maneira desproporcional mulheres dos estados fora do eixo Sul-Sudeste, pobres, com baixa escolaridade e negras.
 

A pesquisa, feita pelo Datafolha a pedido da farmacêutica Gilead Sciences, mapeou o nível de conhecimento das mulheres brasileiras sobre o câncer de mama e as suas percepções sobre a doença. Os resultados foram apresentados nesta quarta-feira (27) durante a 10ª edição do congresso Todos Juntos Contra o Câncer, que reúne mais de 300 organizações da sociedade civil, em São Paulo.
 

Foram ouvidas 1.007 mulheres de 25 a 65 anos, via telefone celular, de todas as regiões do país, incluindo capitais, regiões metropolitanas e interior, entre os dias 24 de novembro e 14 de dezembro de 2022. O IC (índice de confiança) é de 95%, e a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
 

Entre as entrevistadas, 54% tinham idade entre 30 e 49 anos, 56% eram negras (pretas e pardas) e 48% das entrevistadas eram da classe C (17% A/B e 36% D/E). Em relação ao nível de escolaridade, 33% tinham apenas o ensino fundamental, 44% o ensino médio e 23% diploma de nível superior.
 

Em relação a onde as entrevistadas disseram buscar informação sobre câncer de mama, quem tem ensino superior completo disse buscar mais informação na internet (47%) e no médico (39%), assim como aquelas de classe A/B (48% e 41%, respectivamente). Essas taxas caem para 9% e 20%, entre as respondentes com ensino fundamental, e 14% e 18%, das classes D/E, respectivamente.
 

Por outro lado, os postos de saúde e UBSs são procurados por 11% das mulheres com ensino fundamental, número que vai a 5% entre aquelas com diploma universitário.
 

"Essa pesquisa foi muito clara em mostrar como essa população que tem menor escolaridade, menor renda, e que tem essa coincidência que obviamente não é uma coincidência, ser a população negra, tem menor acesso à informação", avalia a médica oncologista Ana Amélia Viana, professora do Ambulatório de Oncologia da UFBA (Universidade Federal da Bahia).
 

Segundo ela, essa é a população em que a incidência de fatores de risco para câncer, como obesidade, diabetes e hipertensão, também é maior. "Elas estão expostas a menos oportunidades para acessar conhecimento e especialmente qualidade na informação", diz ela, que também faz parte do Comitê de Diversidade da Sboc (Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica).
 

Quando perguntadas sobre os fatores que levam ao aparecimento do câncer de mama, a maioria das respondentes (69%) diz que mulheres com uma vida saudável, com boa alimentação e a prática de exercícios regularmente, têm menos chances de desenvolver câncer, mas esse índice cai para 41% entre mulheres pretas.
 

"Existem poucos estudos de caráter nacional no país, mas algumas pesquisas americanas mostram que as mulheres negras em relação às brancas não têm maior incidência de câncer de mama, as brancas chegam a ter mais casos diagnosticados. A diferença é que entre as negras a mortalidade é 40% maior", explica.
 

E, como muitos desses fatores de risco para câncer são previníveis, faltam informações sobre prevenção de saúde, segundo Luciana Holtz, presidente-fundadora do Instituto Oncoguia. "Nosso papel, como associação, está mais focado em atuar no conhecimento para as pacientes, mas também notamos barreiras relacionadas ao medo e desinteresse. Por exemplo, existem mitos ainda de que o assunto de câncer de mama é de mulheres mais velhas, que mulheres jovens não devem fazer mamografia, que vemos ainda como esse é um desafio e uma ação contínua [o acesso à informação]", diz.
 

Esse dado é compartilhado por 51% das mulheres com escolaridade até o fundamental, mas cai para 21% entre as que possuem ensino superior. "Esse momento de conscientização, da campanha Outubro Rosa, tem que ser usado para falar de prevenção e da importância da mamografia para diagnóstico precoce, porque a gente vê cada vez mais os diagnósticos ocorrendo antes dos 50 anos", avalia Viana.
 

Dentre as respondentes, 75% disseram ser usuárias do SUS (Sistema Único de Saúde). Nesta faixa, são 40% das mulheres que usam exclusivamente o serviço de saúde público que acreditam que a mamografia em mulheres jovens pode ser prejudicial à saúde.
 

"Ainda temos um trabalho de sensibilizar o estado, ir atrás dos serviços de saúde que estão voltados ao tratamento oncológico, mas também atingir o maior número de pessoas possível, na atenção primária mesmo. E isso passa também pelo treinamento dos médicos de atenção básica a como identificar e abordar a questão do câncer", completa a médica.

CONTINUE LENDO

Inaugurando uma nova era, Major Leila Silva assume o comando da 34ª CIPM; ela será a primeira mulher a comandar a Companhia em Brumado

  • Brumado Urgente
  • 10 Set 2021
  • 08:09h

A major Leila Silva será a primeira mulher a comandar a 34ª CIPM de Brumado | Foto: Brumado Urgente Conteúdo

Há mudança de comando da 34ª CIPM já era esperada e, nessa sexta-feira (10) houve a confirmação por meio do Diário Oficial do Estado de que a major Leila Souza Gonçalves Silva será a comandante da 34ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) em Brumado. A major que tem um histórico muito positivo de ações em Brumado, passando a maior parte de sua carreira militar na cidade, inaugura uma nova era para a PM local, já que ele, de forma muito honrosa, será a primeira mulher a comandar a Companhia. A major Leita estava na Companhia Independente de Polícia Rodoviária (CIPRv), onde ele passou o bastaõ para o major David Robson Rocha da Conceição. A projeção é que a sua gestão seja muito dinâmica, participativa, enérgica contra o crime e com uma forte atuação cidadã. 

Assistente social usa tribuna livre da Câmara de Vereadores para relatar as ações da SESOC em prol da luta pelos direitos da mulher brumadense

  • Ascom | CMB
  • 09 Mar 2021
  • 11:55h

(Foto: Ascom | CMB)

Representando a SESOC – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Cidadania e do CREAS Chico Xavier, a Assistente Social Maria do Alívio, usou, na sessão desta segunda-feira (08) a tribuna livre da Câmara de Vereadores de Brumado para falar do histórico das referidas instituições sobre a luta das mulheres. Ela também citou detalhes do Plano de Ação sobre a Campanha “Nossa Bandeira é Sempre o Respeito”, pelo qual foi feito um levantamento dos dados da violência contra a mulher e dos atendimentos prestados no âmbito do município. Em sua fala ela ressaltou que “o número de denúncias recebidas ainda está muito distante da realidade vivida nos lares, onde as agressões, tanto físicas, quanto psicológicas vêm sendo praticadas contra as mulheres”. Ela ressaltou também a importância da denúncia por parte das vítimas ao declarar que “para minimizar esse histórico negativo, as mulheres têm que criar a coragem para denunciar, pois os mecanismos para isso hoje estão muito efetivos”. Por fim ela, em nome da SESOC e do CRAS parabenizou as mulheres brumadenses pela passagem do 8 de março.  

Homenagem da Câmara de Vereadores de Brumado ao Dia Internacional da Mulher

  • Ascom | CMB
  • 08 Mar 2021
  • 08:39h

(Arte: Ascom | PMB)

Hoje o mundo comemora uma data muito especial, o Dia Internacional da Mulher, uma justa homenagem àquelas que vem construindo histórias de lutas e vitórias, nos inspirando a seguir em frente com fé, esperança e certeza de dias melhores.

Exemplos de garra, foco e superação, as mulheres vêm obtendo grandes conquistas e, hoje, comprovam a sua força, pujança e determinação, exercendo as mais diversas missões em prol de uma sociedade mais justa, igualitária e fraterna.

Mesmo em um momento desafiador em que vive a humanidade atualmente, a Câmara de Vereadores de Brumado, vem manifestar os mais sinceros parabéns às mulheres brumadenses, especialmente às suas funcionárias, assessoras, diretoras e às duas vereadoras, Lia Teixeira e Verimar do Sindicato.

Ficam aqui também as nossas homenagens póstumas às mulheres que partiram prematuramente, vítimas dessa pandemia que assola o planeta.

Obrigado mulheres e, juntos, continuaremos a lutar por novas conquistas, para que Brumado alcance o seu destino de grandeza e se firme como um grande polo regional.

 

Jaguaquara: mulher é presa depois de deixar o marido cego

  • BRF
  • 14 Ago 2020
  • 07:58h

(Foto: Reprodução)

A Polícia Civil de Jaguaquara prendeu a mulher acusada de ter cegado o marido usando solda caustica, a prisão foi coordenada pelo delegado Chardison Castro de Oliveira, que cumpriu o mandado de prisão expedido pela vara criminal da justiça. O crime aconteceu no Entroncamento de Jaguaquara em 15/04/2017 de lá para ela estava foragida da justiça. Segundo a polícia, a mulher cometeu o crime por que estava insatisfeita com o fim de um relacionamento amoroso com a vítima de 67 anos de idade, ela jogou nos olhos dele solda caustica, o que o levou a cegueira. Após ser presa, a acusada ficou recolhida em cela individual a disposição da autoridade competente.

Bahia: Mulher de 51 anos morre após se engasgar com pedaço de carne

  • Redação
  • 08 Jul 2020
  • 10:21h

(Foto: Reprodução TV Bahia)

Uma mulher de 51 anos morreu engasgada com um pedaço de carne, na tarde de terça-feira (7), na cidade de Feira de Santana, a 100 quilômetros de Salvador. A informação foi confirmada pela Polícia Militar. De acordo com a PM, Vera Lúcia Ferreira morava no conjunto Jomafa, bairro Brasília. Uma equipe do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) foi acionada, mas quando chegou ao local, a mulher já estava morta. Uma equipe do Departamento de Polícia Técnica (DPT) foi encaminhada ao local, para fazer a remoção do corpo, que passará por perícia.

Mulher de Itapetinga morre vítima de coronavírus, prefeitura confirmou

  • Redação
  • 05 Jun 2020
  • 08:01h

(Foto: Brumado Urgente Conteúdo)

Uma mulher, 67 anos, faleceu na madrugada do dia 04. No dia 12 de maio ela começou a apresentar sintomas fortes como cefaléia, náusea, mialgia, febre, inapetência, boca amarga, prurido e manchas no corpo. Logo em seguida ela desenvolveu dificuldade respiratória, foi internada no dia 28 na Upa de Itapetinga e transferida para Vitória da Conquista no dia 29, onde faleceu. Na tarde desta quinta-feira, o Lacen enviou a confirmação do resultado. Nesta quinta, também foram registrados mais 4 casos positivos para o município. Três homens, de 43, 37 e 31 anos, tiveram resultados positivos através de testes rápidos. Eles apresentaram sintomas como febre, dor, falta de paladar, mialgia e fraqueza muscular. Um deles chegou a desenvolver dificuldade respiratória. Outro começou a apresentar hemoptise (escarro com rajadas de sangue), há 3 dias. Dois se recuperam em casa e um está internado em Vitória da Conquista. Uma mulher, de 24 anos, apresentou sintomas no dia 18, após voltar de uma viagem a Itati. Ela teve febre, tosse, dor de garganta, dificuldade respiratória, mialgia, diarreia, cefaléia, coriza, fraqueza muscular e ardência nos olhos. Itapetinga registra, agora, 25 casos positivos, com 3 óbitos.

Livramento: Mulher é estuprada e tem que ser internada na UPA 24h

  • Redação
  • 10 Mai 2020
  • 08:09h

(Foto: Reprodução)

A polícia recebeu uma denúncia de que havia ocorrido um estupro de uma mulher em Livramento de Nossa Senhora. De imediato foi feito o deslocamento e ao chegar no local encontrou a vítima que relatou ter sido abusada sexualmente e foi obrigada a ter relações sexuais sem o seu consentimento. De posse dessa informações a polícia deslocou até a residência do acusado e que ao ser visualizado, desobedeceu a ordem de abordagem e tentou evadir da guarnição que em flagrante continuado conseguiu alcançá-lo no interior da residência, o acusado resistiu à abordagem e foi preciso o uso moderado da força para contê-lo. A vítima e acusado foram até a delegacia local onde após realizar exames na UPA 24 HORAS, ficaram a disposição do Delegado para efetuar o flagrante delito.

 

Mulher tira calcinha e usa como máscara ao ser impedida de entrar em mercado; veja vídeo

  • Informações do Correio24h
  • 30 Abr 2020
  • 08:33h

(Foto: Reprodução Youtube)

Impedida de entrar em um supermercado por estar sem máscara, uma mulher tomou uma atitude inusitada: tirou a calcinha e pôs no rosto, simulando a máscara de proteção. O caso aconteceu no Rio de Janeiro nessa terça-feira (28). O uso de máscaras é obrigatório nos estabalecimentos comerciais da cidade como uma medida preventiva contra a proliferação do novo coronavírus. O caso foi filmado por clientes do mercado. Nas imagens, é possível perceber o momento que a mulher é parada pelos seguranças, que lhe impedem de entrar no local. Pouco depois, dá para ver a movimentação dela, retirando a roupa de baixo e colocando em seu rosto. Ela usa um vestido. Contudo, pelas imagens não é possível confirmar se a mulher conseguiu ou não entrar no mercado com sua máscara improvisada. O mercado, no entanto, informou que sua entrada não foi liberada. Através da assessoria de imprensa, o Supermercado Guanabara confirmou o fato, mas não informou em qual unidade da rede a situação aconteceu. A nota ainda salienta que "como medida de proteção para todos os nossos funcionários e clientes, a rede não está permitindo a entrada sem uso de máscara nas suas 26 lojas, seguindo as recomendações dos órgãos de saúde e públicos". Também nessa terça, em Curitiba, a funcionária de um supermercado acabou morrendo após ser atingida por uma bala disparada por um segurança do estabelecimento durante confusão com um cliente que se negava a usar máscara.

 

Como a pandemia de coronavírus impacta de maneira mais severa a vida das mulheres

  • Por Laís Modelli e Thais Matos
  • 19 Abr 2020
  • 11:52h

Mulher pendura máscaras no varal depois de limpá-las em Madri, na Espanha — Foto: Bernat Armangue/AP Photo

Embora os homens representem entre 60% e 80% dos mortos pela Covid-19, as mulheres são afetadas de maneira mais severa pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2). Elas estão mais expostas ao risco de contaminação e às vulnerabilidades sociais decorrentes da pandemia, como desemprego, violência, falta de acesso aos serviços de saúde e aumento da pobreza. Essa é a conclusão do relatório "Mulheres no centro da luta contra a crise Covid-19", divulgado no final de março pela ONU Mulheres, entidade da Organização das Nações Unidas para igualdade de gênero e empoderamento.

Em resumo, segundo o estudo, a pandemia afeta mais as mulheres porque:

  • 70% dos trabalhadores de saúde em todo o mundo são mulheres, fato que as expõe a um maior risco de infecção pelo novo coronavírus;
  • com o isolamento, os índices de violência doméstica e feminicídio têm aumentado no mundo – como as mulheres estão confinadas com seus agressores e distantes do ciclo social, riscos para elas são cada vez mais elevados;
  • entre os idosos, há mais mulheres vivendo sozinhas e com baixos rendimentos;
  • mulheres são maioria entre os empregados de setores indústrias da economia formal diretamente afetados pela quarentena, como os de turismo e restaurantes;
  • mulheres também são maioria em vários setores de empregos informais, como trabalhadores domésticos e cuidadores de idosos;
  • com a pandemia, mulheres têm de se dividir entre diversas atividades, como as seguintes: emprego fora de casa, trabalhos domésticos, assistência à infância (cuidado com filhos), educação escolar em casa (já que as escolas estão fechadas) e assistência a idosos da família
  • antes da Covid-19, mulheres desempenhavam três vezes mais trabalhos não remunerados do que os homens; com o isolamento, a estimativa é que este número triplique;
  • mulheres não estão na esfera de poder de decisão na pandemia: elas são apenas 25% dos parlamentares em todo o mundo e menos de 10% dos chefes de Estado ou de Governo;
  • e, no setor têxtil, um dos mais afetados da indústria em todo mundo e paralisado por causa do temporário temporário de lojas, as mulheres são três quartos dos trabalhadores a nível global.

Conquista: Vítima de acidente ‘cinematográfico’ no Bairro Candeias é uma mulher de 52 anos

  • BRF
  • 17 Abr 2020
  • 17:27h

(Foto: BRF)

Um acidente chamou a atenção de quem passou às margens do condomínio Ouro Branco, no Bairro Candeias, em Vitória da Conquista. Segundo informações obtidas pela nossa reportagem, com o impacto um dos veículos capotou e foi parar na calçada. Por sorte, ninguém passava no momento. A vítima do acidente é uma mulher de 52 anos, que foi levada para uma unidade hospitalar por uma equipe do Samu 192. O estado de saúde não foi divulgado.