BUSCA PELA TAG "dilma"

Wagner diz que 'causa estranheza' ser alvo da PF e explica aluguel de imóvel para Dilma

  • Redação
  • 26 Ago 2019
  • 11:59h

(Foto: Daniel Simurro | Brumado Urgente)

O senador Jaques Wagner (PT-BA) disse que "causa estranheza" o mandado de busca expedido contra o ex-executivo da Odebrecht, Maurício Ferro, que determinou que os agentes da Polícia Federal buscassem elementos comprometedores contra ele também (reveja aqui). O petista ainda justificou o aluguel de imóvel para a ex-presidente Dilma Rousseff (PT).  "Os advogados do senador não tiveram acesso ao inquérito a que as buscas e apreensão se referem, tampouco aos documentos que foram apreendidos, até mesmo porque nenhuma medida desta natureza foi dirigida a Jaques Wagner. Causa estranheza, no entanto, que mandado de busca e apreensão contra um ex-executivo de uma empresa tenha escolhido alvos previamente, de pessoas que supostamente poderiam ser comprometidas. Isso explicita que, mais uma vez, parece que não há uma investigação de fatos, mas a tentativa de incriminar determinadas pessoas, o que é inaceitável", diz nota enviada pela assessoria de Wagner à imprensa.

Em delação premiada, o ex-ministro Antonio Palocci afirmou à Polícia Federal que usou R$ 250 mil da "conta" Lula de R$ 15 milhões acertada com o dono do BTG Pactual André Esteves para pagar despesas da viagem de descanso da ex-presidente Dilma Rousseff, para a Bahia, após sua vitória nas eleições em 2010.

Eleita no segundo turno sucessora de Lula, Dilma viajou no dia 3 de novembro para uma praia paradisíaca em Itacaré, na Bahia, onde ficou na mansão alugada do empresário paulista João Paiva Neto. Palocci diz que pagou o jato e outros custos como a locação do imóvel com o dinheiro acertado com Esteves.

O contrato de locação do imóvel feito com o empresário paulista foi assinado pelo então governador da Bahia, Jaques Wagner – ex-ministro da Casa Civil de Dilma. O dono enviou à PF um documento e informou que a casa tinha sido alugada para Wagner. No material há um recibo com data de 8 de novembro de 2010 que registra pagamento de R$ 12 mil pelo ex-govenador por meio de um cheque, pela locação da casa entre os dias 3 e 7 de novembro.

Em nota, Wagner afirmou que o contrado foi legal. "Sobre a locação de um imóvel na Bahia, em 2010, para que a presidenta eleita Dilma Rousseff descansasse após as eleições, o senador, então governador da Bahia, alugou e pagou pelo imóvel com cheques, por meio de contrato de locação lícito de imóvel, com valor compatível e adequado ao mercado e com recursos igualmente legais. Importante registrar que nem mesmo o delator faz relação deste pagamento com dinheiro de origem ilícita", diz.

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Hackers invadem site do PSDB e mostram foto de Lula e Dilma

  • Redação
  • 19 Ago 2019
  • 14:41h

(Foto: Reprodução)

O site do PSDB nacional foi hackeado no domingo (18). Quem acessou a página foi direcionado para uma foto dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. A ação aconteceu durante quase uma hora. Lula e Dilma aparecem acenando e abraçados na imagem postada no site. A foto traz a seguinte legenda: “u tempo passa, os dias ficam mais chatos e algumas pessoa + ignorante”. A invasão foi confirmada pela assessoria do partido. O PSDB disse que sua equipe de tecnologia de informação estava trabalhando para resolver o problema. No Twitter, o PSDB afirmou que o ataque partiu de um “militante de extrema esquerda desocupado”, mas não citou nomes. Segundo o partido, o responsável pela adulteração está “atrapalhando a vida das pessoas que trabalham”.

Comissão analisa indenização para Dilma, e decisão será de Damares

  • FolhaPress
  • 22 Jun 2019
  • 07:10h

(Foto: Reprodução)

A Comissão de Anistia do governo federal deve analisar na próxima quarta-feira (26) o processo em que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) pede indenização por ter sido perseguida política pela ditadura militar (1964-1985). O pleito de Dilma é um dos 98 processos que estão na pauta para serem analisados nas primeiras sessões do colegiado deste ano, que serão realizadas na quarta e na quinta-feira (27).

O requerimento da ex-presidente --que foi presa e torturada durante o regime militar-- foi protocolado em outubro de 2002. Mas, segundo contou Dilma no início deste ano, ela pediu que o processo fosse suspenso enquanto ocupou os cargos de ministra de Estado e de presidente da República.

Depois do impeachment, em 2016, ela recorreu para que o pedido de indenização voltasse a tramitar.

A Comissão da Anistia é composta por 27 membros. O órgão tem caráter consultivo, e a decisão final sobre a concessão ou não do benefício cabe à ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos).

Desde que assumiu o ministério, Damares tem prometido rever reparações dadas nos últimos anos e abrir o que chamou de "caixinhas" da comissão.

No pedido que será analisado pelos conselheiros, Dilma pede indenização e contagem de tempo para efeitos de aposentadoria do período em que foi presa, em 1970, até a promulgação da lei da anistia, nove anos depois.

O valor solicitado pela petista é de cerca de R$ 10,7 mil mensais, "com efeitos financeiros retroativos".

Em seu requerimento, Dilma relata que, após ser colocada em liberdade, em 1972, foi impedida de retomar o curso de economia na Universidade Federal de Minas Gerais.

Isso obrigou a ex-presidente a prestar novo vestibular em 1974, desta vez para ingressar na Faculdade de Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Ainda antes de se formar, continua Dilma, ela começou a trabalhar na Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul, onde permaneceu até 1977.

Dilma conta no requerimento que passou a ser pressionada pela direção da instituição a se demitir do cargo. A ex-presidente afirma que o seu desligamento era exigido pelo SNI (Serviço Nacional de Informações), órgão de inteligência da ditadura, em razão de ela ser considerada uma pessoa subversiva ao regime.

No processo, Dilma ainda cita o fato de ter sido incluída na lista, elaborada pelo general Sílvio Frota, dos supostos "97 comunistas infiltrados" em órgãos públicos.

No final de janeiro, a ministra Damares sinalizou, em entrevista à revista Época, que poderia negar o pedido de indenização feito por Dilma.

Isso porque a ex-presidente já recebeu reparações, no valor total de R$ 72 mil, por comissões estaduais de análise de pleitos de perseguidos pela ditadura, em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.

A lei que regulamentou a anistia política no Brasil veda "a acumulação de quaisquer pagamentos ou benefícios ou indenização com o mesmo fundamento, facultando-se a opção mais favorável".

Na entrevista, Damares disse que a petista "já está indenizada três vezes pela dor e pelo sofrimento que ela passou".

No início deste ano, Dilma classificou a possibilidade de a Comissão da Anistia barrar seu pedido de indenização como "perseguição política" e disse que doou as reparações que recebeu dos governos do Rio de Janeiro e de São Paulo ao grupo Tortura Nunca Mais.

Após a publicação desta reportagem no site da Folha nesta sexta (21), a ministra Damares afirmou, em rede social, que "tudo será conduzido de forma absolutamente técnica, obedecido o devido processo legal". "Vou analisar, no que tange às legalidades, o que for decidido pelo Conselho e refletir sobre o caso", disse.

A composição do colegiado foi alvo de questionamento neste ano. A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, vinculada à PGR (Procuradoria-Geral da República), defendeu que o ministério revogasse a nomeação, feita por Damares, de novos conselheiros da Comissão de Anistia a fim de "assegurar a necessária imparcialidade e independência" do órgão.

Segundo a Procuradoria, o novo conselho conta com "pessoas com atuação judicial contrária à concessão de reparação a atos da Comissão da Anistia e do ministro da Justiça e à instauração da Comissão Nacional da Verdade".

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