Saúde registra 520 casos suspeitos de microcefalia e investiga uma morte

  • 24 Nov 2015
  • 11:02h

O ministro Marcelo Castro (ao microfone) durante entrevista nesta terça-feira em Brasília (Foto: Raquel Morais/G1)

Ministério da Saúde informou nesta terça-feira (24) que já foram notificados 520 casos suspeitos de microcefalia, identificados em 160 cidades de nove estados. A principal hipótese para o surto continua sendo o contágio por zika vírus – identificado no Brasil pela primeira vez em abril. A microcefalia faz com que o bebê nasça com o crânio menor do que o normal. O maior número de ocorrências ocorreu em Pernambuco – 268. Em seguida vêm Paraíba (96), Sergipe (54), Rio Grande do Norte (47), Piauí (27), Alagoas (10), Ceará (9), Bahia (8) e Goiás (1). Há uma morte sendo investigada. Até o dia 16 de novembro, quando foi divulgado o último boletim, havia 399 casos, em sete estados.

 

O aumento dos casos de microcefalia e a hipótese de uma relação com o vírus foram comunicados "verbalmente" à diretora da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/ONU), Carissa Etienne, na semana passada. O zika é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, assim como a dengue e o chikungunya. "Todos os cientistas que tivemos contato até agora atribuem o surto de microcefalia, por enquanto circunscrito ao Nordeste, principalmente no estado de Pernambuco, ao zika vírus", declarou. "Estamos com o problema potencializado. Além da dengue, que mata, além da chikungunya, que aleija temporariamente, temos o zika vírus, que aparentemente causa a microcefalia. [É] um problema de dimensões muito grandes que temos que enfrentar", disse o ministro Marcelo Castro.