Modelo SESI de educação é referência nacional

  • 08 Out 2015
  • 14:41h

Turma do ensino médio articulado em sala de aula (Foto: Marcelo Gandra/Coperphoto/Sistema FIEB)

Há 15 anos, o Serviço Social da Indústria (SESI) adota um modelo educacional diferenciado no Ensino Médio, que consiste na articulação da educação básica com educação profissional. Trata-se do EBEP, metodologia implantada no ano 2000 pelo SESI Bahia e que hoje é replicada em toda Rede SESI de Educação no país, com resultados efetivos. Igor Esquivel, 17, aluno do 3º ano do Ensino Médio da Escola Djalma Pessoa (SESI Piatã), já estava na Rede SESI quando o EBEP foi implantado. Com o testemunho de quem cumpriu toda a sua formação nas escolas do Sistema SESI na Bahia, Igor faz um balanço positivo. “A Rede SESI é muito preparada para orientar os alunos. Como tive a oportunidade de estudar aqui desde o Ensino Fundamental, pude acompanhar toda a evolução. No Ensino Médio, a escola oferece programas que complementam a formação, como o Conexão Mundo, além de incentivar a participação dos alunos nas olimpíadas de química, matemática e física”, conta Igor, que foi medalhista de bronze na etapa nacional da Olimpíada Brasileira de Química de 2014. O Conexão Mundo é um programa de intercâmbio de inglês que a Rede SESI adota e que prevê etapas presenciais com monitores americanos e viagem aos Estados Unidos.

 

O estudante do ensino articulado é estimulado a encontrar soluções e a desenvolver sua capacidade de investigação e percepção do mundo que o cerca. “Buscamos formar estudantes capazes de encontrar soluções para a melhoria da sociedade e para trabalhar com a perspectiva de inovação”, destaca Cristina Andrade, diretora da Escola Djalma Pessoa e gerente do SESI Piatã, que participou da implantação do ensino articulado na Rede SESI e hoje presta, com sua equipe, consultoria sobre o modelo para todo o país. “Sem descaracterizar o Ensino Médio, na Escola Djalma Pessoa adotamos métodos científicos que incluem a prática da investigação, da pesquisa e da ética. Com isso temos alunos que sabem se posicionar e estão aptos a contribuir quando são solicitados”, arremata Cristina.

Infraestrutura
A Escola Djalma Pessoa tem 1600 alunos cursando o Ensino Médio, distribuídos em 44 turmas. A cada ano são oferecidas 500 vagas para o primeiro ano, sendo 380 reservadas aos alunos da própria Rede SESI e as remanescentes abertas à comunidade. O ingresso se dá por meio de processo seletivo, cujas inscrições iniciam-se em 1º de outubro. A escola onde surgiu o modelo de ensino Ebep é dotada de 14 laboratórios, incluindo o de robótica, onde os estudantes têm a oportunidade de se familiarizar com a tecnologia e desenvolver projetos de pesquisa nos desafios anuais do Torneio de Robótica FLL, que é organizado em todo o Brasil pelo SESI. A Bahia realiza também a seletiva regional da competição, com a participação das equipes dos estudados do Norte e Nordeste.