Advogada baiana quer impedir 'mensagem subliminar' da Jequiti na novela Carrossel

  • 30 Jul 2015
  • 08:22h

(Foto: Reprodução)

Uma advogada baiana resolveu ingressar com representação no Ministério Público da Bahia (MP-BA) contra o SBT em oposição a uma prática comum da emissora de Sílvio Santos: as curtas (de cerca de um segundo) inserções publicitárias de produtos da marca Jequiti durante programas do canal, consideradas como mensagens subliminares. A causídica se sentiu incomodada com o fato de sua filha, telespectadora da novela Carrossel, ser obrigada a assistir às peças sobre a empresa de cosméticos do apresentador, exibidas durante a atração.

 Na representação, que já virou alvo de inquérito do MP-BA, Roxana Cardoso Borges alegou que as ações publicitárias veiculadas durante a novela infanto-juvenil “desrespeitam as normas jurídicas vigentes e a condição de hipervulnerabilidade dos jovens”. Em entrevista ao Bahia Notícias, a advogada considerou as ações como abusivas e de má-fé. “Eu ingressei com a representação como mãe, não como advogada. Eu assistia à novela com minha filha, quando comecei a perceber que eles lançavam as peças publicitárias durante as cenas, sem nenhum tipo de anúncio de que aquilo é uma publicidade”, explicou. Para ela, o público infantil não tem discernimento para diferenciar a novela dos anúncios publicitários. “Não é só a exposição à publicidade. É a questão da publicidade de má-fé. No caso de Carrossel, era acintosa a má-fé”, criticou a causídica. Ela afirmou que, além da representação no MP estadual, recorreu também ao Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar). Entretanto, a entidade afirmou não considerar a publicidade abusiva. Roxane ainda defende regras mais duras para a publicidade infantil no Brasil. “Publicidade existe, mas temos que demarcar bem cada um. Na TV fechada, ela existe, mas é durante o intervalo comercial, sabemos que se trata de publicidade”, opinou.  (*Bahia Notícias).