Alunos nota mil: estudantes baianos têm bom desempenho no Enem e tiram notas altas na redação

  • Diogo Costa e Alexandro Mota
  • 17 Jan 2015
  • 17:08h

Foto: Arquivo Pessoal

A rotina apertada de estudos de Gabriela Almeida Costa, 19 anos, teve uma recompensa digna dos seus esforços. “Não esperava tanto”, contou a estudante do quarto ano do curso técnico em geologia do Instituto Federal da Bahia (IFBA), que tirou nota 1000 na prova de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2014).  Em meio às dez disciplinas do curso técnico e aulas em período integral, o gosto pela leitura e as três horas diárias de estudos dedicadas apenas ao Exame fizeram com que Gabriela – que pretende cursar licenciatura em geografia na Ufba - fosse uma das 250 pessoas em todo o país a alcançar a pontuação máxima na prova de redação nesta edição do Enem, segundo ranking divulgado pelo Ministério da Educação (MEC). “Estou muito feliz”, comemorou a estudante. 

A alegria da menina não é para menos. Isso porque, no processo avaliativo, a redação tem peso importante. Para concorrer a uma das vagas, o candidato não pode ter zerado a prova. Também é a redação que, em caso de notas iguais, decide a jogada. Garante a vaga o estudante que obteve a maior nota na prova dissertativa, que na última edição do Exame abordou o tema Publicidade infantil no Brasil. “Gostei bastante do tema. Tinha lido muitas coisas durante o ano que estavam relacionadas com a proposta. O meu gosto por leitura também ajudou obedecer aos critérios exigidos na correção da prova”, revelou Gabriela, que tem em sua casa três estantes de livros repletos de séries e romances históricos. O atual livro de cabeceira da estudante é a biografia da adolescente paquistanesa Malala Yousafzai, vencedora do Nobel da Paz 2014. Para Gabriela, o segredo do bom desempenho é a determinação. Sem tempo para cursinho, estudava nas horas vagas, entre um intervalo e outro das aulas do IFBA. Começou estudando em grupo, com colegas, mas percebeu que sozinha conseguiria obter melhores resultados. “Comecei estudando com meus amigos, mas depois resolvi estudar por vídeo-aulas e apostilas que comprava nas bancas de revistas”, revelou a estudante, que ainda arruma tempo para desenvolver um projeto de pesquisa na área de geografia em parceria com uma professora.