Com quase 500 casos ativos e 63 óbitos, Brumado vira ‘pauta sombria ‘ por parte de veículos da imprensa regional

  • Brumado Urgente
  • 04 Mar 2021
  • 08:06h

(Fotocomposição: Brumado Urgente)

Conhecida como a “capital do minério”, Brumado é uma das cidades mais prósperas da região sudoeste, que caminha a passos largos para ser um grande polo regional de oportunidades, mas, infelizmente, nesse momento em que a pandemia vem tornando o cenário muito nebuloso, com dezenas de óbitos registrados, além de um número de casos positivos bem acima da média, o município começa a ganhar um status negativo por parte de veículos de imprensa regionais. O boletim epidemiológico emitido pela SASAU nesta quarta-feira (03) confirma a gravidade da situação, com 492 casos ativos e 63 óbitos. Com a Central de Atendimento à Covid-19 sufocada, a administração municipal está abrindo novos leitos clínicos para os pacientes infectados com o novo coronavírus que precisarão de atendimento médico, mas, a falta de vagas nas UTIs da região torna o quadro ainda mais carregado com as tintas do medo e da incerteza. Agora, a asseveração de que Brumado se tornou a “Capital da Covid” não ficou palatável e sim de difícil digestão, pois, mesmo que eufemisticamente, o termo causa uma certa aversão, podendo provocar uma espécie de preconceito viral contra a população brumadense que vem sofrendo e chorando os entes queridos perdidos. Ainda existe a questão comercial, pois Brumado é um polo de serviços e, colocações como essas, repelem os que vêm rotineiramente à cidade para resolver inúmeras pendências. Então, esse título sombrio não se encaixa, pois, a situação é grave no âmbito geral, onde o Brasil está perdendo vidas e mais vidas sem que se apresentem soluções imediatas. Brumado seguirá firma a sua vocação de grandeza, mesmo sabendo que o caminho se tornou muito espinhoso, com perdas irreparáveis, mas a esperança e a fé irão vencer o medo deste momento tão implacável e desafiador.

O boletim epidemiológico desta quarta-feira (03) trouxe dados ainda mais preocupantes | Reprodução: SESAU