Bolsonaro invade os caminhos de Rui e ACM Neto. É 2021 com ares de 2022

  • Levi Vasconcelos
  • 07 Fev 2021
  • 08:14h

Rui já não tinha um link federal; vai tentar forjar um como hoje, lá é lá, cá é cá. E Neto vai a reboque dos amigos ou vai buscar outra via? Levi Vasconcelos | Foto: Reprodução

Dos últimos movimentos políticos em Brasília resultam uma certeza e duas incertezas. A certeza: Bolsonaro passou a controlar o Congresso (ou Câmara e Senado). De lambuja, ensaia o jogo político para 2022 no mais clássico estilo do toma-lá-da-cá federal.

As incertezas emergem daí: como ficam Rui Costa e ACM Neto neste novo cenário, já que aliados dos dois entraram de sola no esquemão?

Em miúdos: Rui Costa tem João Leão, seu vice, que é do PP, partido ao qual Bolsonaro cogita se filiar, cujo filho, o deputado federal Cacá Leão, é o líder do partido, o mesmo de Arthur Lira, o presidente da Câmara abençoado pelo Planalto. De quebra, com apoio do PSD de Otto Alencar.

Lá e cá

E ACM Neto, após sair chamuscado pela implosão do DEM, ficou com seus aliados baianos, capitaneados pelos deputados Elmar Nascimento e Paulo Azi, a reboque de Bolsonaro.

Neto diz que não vai nomear nem um porteiro, mas lá em Brasília os humores dos aliados dele são outros, como os deputados João Roma e Bispo Marinho, ambos do Republicanos, citados como possíveis ministros.

Claro que tudo isso aí é na linha do ‘se não for, tudo bem. Se for melhor’, mas seja como for, fica evidente que os dois estão mais harmonizados com os novos tempos lá do que preocupados cá.

Rui já não tinha um link federal. Vai tentar forjar um como hoje, lá é lá, cá é cá. E Neto vai a reboque dos amigos ou vai buscar outra via?