Titular da Educação defende que retomada das aulas não deve estar associada à vacinação

  • Jade Coelho
  • 12 Jan 2021
  • 17:49h

(Foto: Reprodução)

Apesar da intenção do prefeito Bruno Reis (DEM) de adiantar a vacinação de professores contra a Covid-19 (leia aqui) sob o argumento de retomada das aulas, o secretário da Educação (Smed) de Salvador, Marcelo Oliveira, defende que o retorno não seja vinculado à imunização. O titular da Smed foi o entrevistado do programa Bahia Notícias no Ar, na rádio Salvador FM 92,3.

Para ele, “sem dúvidas as aulas são a coisa mais importante nesse momento, mas não há de se vincular a retomada à vacinação da população”. “Para isso seria preciso vacinar toda a população”, destacou o secretário da Educação ao acrescentar que isso não deve ocorrer neste ano ainda. Por questões logísticas como disponibilidade de seringas e das próprias vacinas.

“Temos que retomar independente da imunização, mas com cuidados, protocolos de afastamento social. Porque várias outras atividades retomaram”, opinou ao citar restaurantes, instituições religiosas e escritórios.

 De acordo com Marcelo Oliveira, a Smed tem acompanhado os números da pandemia e acurva de contágio da Covid-19 da cidade. Ele reconhece e importância do retorno das aulas, mas foi categórico ao dizer que “não dá para pensar em retomada e flexibilização com a curva em ascensão”.

Salvador está com as atividades escolares presenciais suspensas desde março de 2020. A Smed trabalha na elaboração de um protocolo. Antes de ser colocado em prática esse protoclo sera submetido a avaliação de professores e diretores.

Os prejuízos da pandemia e suspensão de aulas aos alunos também foram comentados por Marcelo Oliveira durante a entrevista. O titular da Smed sinalizou que após um anos como 2020 os estudantes acabam com lacunas de conteúdo, conhecimento e competências que não foram devidamente consolidados.

“Então quando retomarmos as aulas vamos primeiro concluir 2020, para garantir que os alunos assimilem conhecimentos e conteúdo dos seus respectivos anos para que possam enfrentar ano seguinte”, disse. Para ele “não tem cabimente promover um alunos que não tem conteúdo da sua série original”.