Volta às Aulas em Brumado: O confronto entre o stress dos alunos do EB, do vácuo no ensino e do medo da nova variante da Covid-19

  • Brumado Urgente
  • 05 Jan 2021
  • 11:23h

(Fotocomposição: Brumado Urgente)

Quando se iniciou o período de quarentena de forma mais aguda, por volta de abril/maio de 2020, todos concordavam que as aulas teriam que ser suspensas, já que evitar as aglomerações dos alunos seria uma missão praticamente impossível. Mas, as primeiras previsões apontavam que o pico da doença não passaria de junho e que as aulas iriam retornar de forma gradual em julho, mas, não foi isso que aconteceu, pois, a Covid-19 resolveu desafiar todos os prognósticos e a disseminação do vírus, potencializada pelas campanhas eleitorais, se tornou ainda maior até os últimos dias de 2020, com centenas de casos ativos em Brumado e mais de 40 óbitos, o que, no princípio da pandemia seria algo inimaginável. Agora com a esperança das vacinas, seria o momento de “baixar a guarda”, mas, quando, novamente, tudo parecia caminhar positivamente, surge uma nova cepa do vírus, uma mutação que faz com que a taxa de transmissão seja muito maior. Diante disso as autoridades sanitárias da Europa resolveram adotar novos “lockdowns” e medidas mais impactantes para combater a tão temida segunda onda. Ou seja, a pandemia, infelizmente, continua firme e forte, mesmo com a vacina às portas das terras tupiniquins, os casos se multiplicam e cidades como Manaus voltam a ter superlotação das UTIs. Na Bahia, o governador Rui Costa prorrogou o decreto que proíbe a volta às aulas e a realização de shows até o próximo dia 15. Em Brumado, segundo declarações do prefeito Eduardo Vasconcelos a previsão é que as aulas na rede municipal de ensino retornem no dia 11, só que isso ainda não foi confirmado oficialmente, e, agora, com esse novo decreto estadual isso poderá ter que ser postergado. Relatos de pais dizem que os filhos que cursam a Educação Básica estão muito estressados, já que vai para quase um ano confinados recebendo somente ensino remoto, o que poderia aumentar ainda mais essa situação inquietante. Outro fator é o vácuo no ensino que poderá prejudicar os alunos, ainda mais se os mesmos forem aprovados sem os devidos testes, o que, futuramente, poderá resultar em grandes dificuldades, já que existe um planejamento e uma grade curricular específica para cada ano, as quais são totalmente conectadas, então, pular etapas pode promover uma geração sem o devido conhecimento didático. Realmente é um labirinto existencial imprevisível, então a pergunta dos educadores, parafraseando Shakespeare, neste momento é “voltar ou não voltar, eis a questão”.