PF cumpre mandados no interior da BA em operação contra fraudes previdenciárias; prejuízo estimado supera R$ 10 milhões

  • Informações do G1/BA
  • 02 Dez 2020
  • 12:47h

Documentos e dinheiro encontrados pela PF no interior da Bahia em operação de combate a fraudes previdenciárias — Foto: Divulgação/Polícia Federal

Uma operação da Polícia Federal deflagrada nesta quarta-feira (2) cumpre dois mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão, na cidade de Jeremoabo, norte da Bahia. Batizada de Cucurbitum, a operação combate fraudes previdenciárias realizadas na Bahia e outros estados. A PF entretanto não divulgou quais os outros estados onde o grupo atuava. De acordo com a Polícia Federal, as investigações apontam que o grupo criminoso, que atuava pelo menos desde 2017, criava pessoas fictícias, com a utilização de documentos falsos. O objetivo era ter benefícios previdenciários ou assistenciais fraudulentos, em sua maioria de prestação continuada, como o BPC, benefício no valor de um salário mínimo pago pelo INSS a pessoas com mais de 65 anos e/ou portadores de deficiência.

Viaturas da Polícia Federal que foram em Jeremoabo para cumprir mandados de operação nesta quarta-feira (2) — Foto: Divulgação/Polícia Federal

Segundo a polícia, o valor do prejuízo estimado com as fraudes supera os R$ 10 milhões, relativos a cerca de 150 benefícios previdenciários/assistenciais suspeitos. A PF acredita que os números devem aumentar com o avançar das investigações e a identificação de outras fraudes. Para a realização da fraude, eram reunidas pessoas que se enquadrassem no referido perfil - mais de 65 anos e/ou portadores de deficiência - , as quais, munidas da documentação falsa providenciada pela quadrilha, se apresentavam nas agências bancárias ou do INSS para sacar os valores de forma ilícita. A ação é um trabalho da Polícia Federal, em conjunto com a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. Os envolvidos, segundo a polícia, responderão por diversos crimes, dentre eles integrar organização criminosa, estelionato previdenciário, falsificação de documento público, uso de documento falso, dentre outros. As penas, se somadas, podem chegar a mais de 25 anos de prisão.