Baianos aumentam em 32% os gastos com educação na comparação com janeiro

  • Redação
  • 30 Nov 2020
  • 11:04h

Depois de queda em abril, quando começou a quarentena no Brasil, gastos voltaram a subir a partir de maio, dando um salto maior em outubro | Foto: Agencia Brasil

Startup de gestão de finanças pessoais, a Mobills analisou dados de mais de 99 mil usuários do aplicativo entre os meses de janeiro e outubro de 2020, e constatou que os gastos com educação cresceram 36% do que a média registrada em janeiro deste ano. Analisando o recorte desta análise sobre 1,2 mil usuários da Bahia, foi possível concluir que neste estado os gastos com educação foram em outubro 32% maiores do que em janeiro.

Janeiro costuma ser o mês de férias escolares e fevereiro o mês de volta às aulas, período em que os gastos com educação tendem a ser maiores, por isso, na Bahia o aumento entre esses meses foi de 24%. Em março, início da quarentena no Brasil, os gastos registrados com educação tiveram uma queda de 7% em comparação com fevereiro, mas os valores ainda foram 15% maiores do que em comparação com janeiro. No mês seguinte, abril, o valor registrado com educação atingiu a maior baixa do período, no total 11% menor do que em janeiro.

Para o CEO da Mobills, Carlos Terceiro, essa queda entre março e abril demonstra que os baianos, com o reforço das medidas de isolamento social no Brasil, reduziram os gastos com educação, muito provavelmente de cursos e escolas que tinham aulas presenciais e que não adaptaram nos primeiros meses para o sistema de educação à distância.

A partir de maio, os gastos com educação voltaram a apresentar um crescimento gradual, mas foi em outubro que os gastos tiveram um salto. Em comparação com janeiro, os gastos foram 32% maiores nesta categoria. “Podemos supor que essa alta se dá principalmente devido à volta das aulas presenciais em escolas particulares e universidades, que vem ocorrendo gradualmente no último mês”, explica Terceiro.

Ticket médio

Apesar do aumento de gastos, durante os dez meses analisados pela startup, o ticket médio registrado em outubro foi 8% menor do que o registrado em janeiro, com uma média de R$ 414,83 .

Carlos Terceiro comenta que esse comportamento representa que entre março e junho muitos usuários do Mobills cortaram essa despesa do orçamento, então de julho a outubro eles voltaram a ter gastos com educação e por esse motivo o valor total aumentou, enquanto o ticket médio reduziu.