PSB transita à direita pela 1ª vez desde sua fundação

  • Da Redação
  • 13 Out 2014
  • 06:59h

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Sem Eduardo Campos, o PSB ensaia pela primeira vez uma trajetória à direita do espectro político desde sua fundação em 1947. A legenda, que desde a redemocratização viveu sob a órbita do PT, a quem apoiou em cinco das seis últimas eleições presidenciais e integrou sua base aliada em 11 dos 12 últimos anos, se apresenta pela primeira vez como aliado nacional do PSDB. O partido decidiu apoiar, no 2º turno, Aécio Neves (PSDB) contra a reeleição Dilma Rousseff (PT). Foram 21 votos pró-tucano, 7 pela neutralidade e um pró-Dilma. Depois, articulou sua sucessão interna de modo que os que se posicionaram contra o apoio ao tucano ficassem excluídos da Executiva nacional. De quebra, iniciou conversas com tucanos para ser seu braço de apoio em uma eventual base aliada de Aécio; ou uma oposição a Dilma, se ela for reeleita. Um dos que lideraram esse movimento, o presidente do PSB em Minas, deputado Júlio Delgado, diz que a mudança é um momento histórico. “Nunca antes havíamos ficado com o PSDB contra o PT”, disse, ressaltando não se tratar de submissão aos tucanos. “O Aécio disse muito claramente que a aliança não é para tornar o PSB submisso, porque isso não aceitaremos. Nós o apoiamos no 2.º turno porque ele representa a possibilidade de mudança, o que era defendido por Eduardo Campos”, disse.