Rui pede aos prefeitos mais gás contra a Covid. Será que vai dar?

  • Levi Vasconcelos
  • 10 Jul 2020
  • 14:09h

(Foto: Secom / Bahia)

Rui Costa começou ontem a fazer videoconferências com prefeitos. Reuniu 31, para alertá-los sobre o avanço da Covid para o interior e a necessidade de apertar o cinto. Na mesma linha, ACM Neto pede: ‘A gente precisa contar com os nossos colegas do interior’.

Se fosse num ano comum, menos mal. Mas como este ano tem eleição, a situação ganha esse complicador, com o detalhe de que as formas de reação dos gestores diante do mesmo problema variam muito, alguns eficientes, outros nem tanto. Uns por má gestão, outros por má conduta.

Pressões

Veja: Itabuna, com 3.241 casos, 821 ativos e 69 mortos, tem lá o prefeito Fernando Gomes, que ganhou notoriedade nacional dizendo que ia abrir o comércio ‘morra quem morrer’. Pediu desculpas, mas vai abrir segunda, o que dá no mesmo, vale o morra quem morrer. O secretário da Saúde, Juvenal Maynart, que assumiu há menos de 30 dias, pediu demissão. Ele nem tchum.

Ora, Fernando nem é candidato à reeleição. E por que age assim? No pedido de desculpas, ele disse que, se as pessoas soubessem ‘a pressão’ que sofre, o entenderiam.

No papo com os prefeitos ontem, Rui Costa prometeu estreitar mais as conversas com eles, o que, aliás, é motivo de grande queixa, a falta de tempo para recebê-los. Os prefeitos receberam a notícia de bom grado. Das conversas com o governador sempre sai algum apoio, muito bem recebido.

Covid no jogo, mas também à parte, é ano eleitoral.