Bolsonaro critica Witzel, Ministério Público e Globo

  • G1
  • 20 Dez 2019
  • 17:08h

(Foto: Guilherme Mazui/G1)

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira (20) que o Rio de Janeiro é o estado mais corrupto do país e que o Ministério Público não age para investigar servidores e políticos envolvidos em corrupção. Bolsonaro deu a declaração ao ser questionado, na saída da residência oficial do Palácio da Alvorada, sobre a operação, deflagrada na quarta-feira (18), que teve entre alvos de mandados de busca e apreensão ex-assessores do senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), um dos filhos do presidente. A operação apura supostas "rachadinhas", termo que designa a prática de servidores públicos de um gabinete darem parte do salário para a autoridade política que os contrata. As investigações se referem ao período em que Flávio foi deputado estadual no Rio. Ao defender o filho, Bolsonaro fez críticas ao Ministério Público. Além de jornalistas, ele se dirigiu a apoiadores que esperam o presidente todas as manhãs na saída do palácio. “Você já viu o MP do Estado do Rio de Janeiro investigar qualquer pessoa, qualquer ato de corrupção, qualquer deslize, qualquer agente público do Estado? Olha que o estado mais corrupto do Brasil é o Rio de Janeiro. Já viram ou não? Nunca viram, né”, afirmou o presidente. Bolsonaro, a exemplo do que fez em declarações recentes, repetiu insinuações de que vem sendo vítima de perseguição do governador do Rio, Wilson Witzel. Na visão de Bolsonaro, o governador tem a intenção de ser presidente da República. “O governador quer ser presidente. É direito dele ser presidente, mas não desse jogo sujo que está aí. O Brasil está dando certo. Investiguem o que bem entender, mas não dessa forma”, afirmou. A assessoria de imprensa do Governo do Rio de Janeiro informou que Witzel não vai se posicionar sobre as declarações. Em agenda pública nesta sexta, o governador não deu entrevistas. O G1 procurou o Ministério Público do Rio e aguardava resposta até a última atualização desta reportagem.Bolsonaro também atacou a TV Globo. Ele disse que teve informações de que a emissora colocaria no ar diálogos entre "bandidos" citando o nome do presidente.