Mundo: Após protestos, salário de políticos chilenos pode ser cortado em 50%

  • G1
  • 26 Nov 2019
  • 17:07h

(Foto: Susana Hidalgo/BBC)

Os protestos incessantes no Chile colocaram os membros do Parlamento do país em risco. "Ladrões", "trapaceiros" e "corruptos" são alguns dos insultos que recebem dos manifestantes desde o início do surto social, no dia 18 de outubro. Uma das principais causas da indignação com a classe política tem a ver com os altos salários que os deputados e senadores do país sul-americano recebem. Embora o desconforto sobre esse assunto tenha sido instalado muito antes da crise atual, a violência das últimas manifestações colocou na mesa o tema da redução desses salários. E assim, pressionados pelo clamor das ruas, e após cinco anos de tentativas fracassadas e resistência de vários partidos políticos, a controversa iniciativa parece finalmente estar saindo do papel. De um modo geral, o projeto — que já tem maioria e será votado nesta quarta-feira, dia 27 de novembro, na Câmara dos Deputados — busca reduzir a remuneração mensal bruta de senadores e deputados de US$ 11.700 (cerca de R$ 49.300) para US$ 5.850 (aproximadamente R$ 24.700). Com esta medida, espera-se diminuir a tensão e fazer frente às críticas contra os parlamentares por conta de seus salários "excessivos". Mas essas remunerações são realmente excessivas em comparação com outros países? Quanto os deputados e senadores chilenos ganham em relação a seus vizinhos da América Latina? E do mundo? As respostas parecem dar razão aos manifestantes.