Protestos no Irã contra aumento nos combustíveis deixam mais de 100 mortos, afirma organização

  • G1
  • 19 Nov 2019
  • 20:06h

(Foto: Nazanin Tabatabaee/Wana (West Asia News Agency) via Reuters)

A repressão de forças de segurança do Irã contra manifestantes que protestam contra aumento no preço dos combustíveis deixou 106 mortos, informou nesta terça-feira (19) a organização Anistia Internacional — que reconheceu que o número pode ser ainda maior. Os protestos no Irã começaram na segunda-feira, após o regime de Hassan Rouhani aumentar o preço da gasolina em um país cuja economia já está abatida pelas sanções impostas pelo presidente dos Estados UnidosDonald Trump (leia mais sobre os protestos no fim da reportagem). O governo iraniano, inclusive, acusa os EUA de interferirem em assuntos internos após a Casa Branca ter demonstrado apoio aos manifestantes. Segundo a Anistia Internacional, as forças de segurança reprimiram os manifestantes com armas de fogo, canhões de água e gás lacrimogênio, além de espancar pessoas com cassetetes. "Imagens de cartuchos de balas caídas no chão, assim como o número de mortes resultantes, indica que usaram munição real", afirmou. O Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas (ONU) para Direitos Humanos afirmou, em nota, que está "profundamente preocupado" com os relatos de repressão armada aos manifestantes. A organização também pediu que as pessoas "protestem pacificamente". "Estamos alarmados especialmente que o uso de armas de fogo deixou um número significativo de mortos pelo país", afirmou Rupert Colville, porta-voz da organização.