Latas de alumínio e a importância da reciclagem

  • Brumado Urgente
  • 24 Nov 2013
  • 18:45h

O alumínio é o metal não ferroso mais utilizado pela humanidade, está presente no computador, nos automóveis, nos talheres, nas latas de bebidas, nas bicicletas e numa infinidade de itens. Por ser leve, macio, resistente, maleável (dos cerca de 68 metais existentes, é o segundo mais maleável), e resistente à corrosão, ele é bastante usado nas indústrias. Apesar de ser um metal abundante na crosta terrestre (8,1%), raramente é encontrado livre. Para o obtenção do alumínio, há diversas maneiras, mas a maior parte delas utiliza a extração de bauxita. O método mais utilizado atualmente é o de Hall-Héroult,que consiste em um processo elétrico do refinamento da bauxita a elevadas temperaturas e tratamentos químicos. Um dos problemas desse método é o seu elevado custo energético (utiliza-se cerca de 14,5 kW/h para a produção de um quilo de alumínio). No entanto, após a extração, ele tem inegáveis vantagens. A extração de bauxita ocorre em menor escala - são necessários cerca de quatro toneladas para produzir uma tonelada de alumínio primário, enquanto a proporção de bauxita é bem maior com outros métodos; e o índice de gasto de energia é bem mais baixo na hora da reciclagem dos materiais (pode-se produzir cerca de 20 novas latas recicladas com a mesma quantidade de energia usada na produção de uma lata feita com minérios virgens).

Como reciclar?

O processo de reciclagem do alumínio é bastante praticado no Brasil: mais de 98,1% de todas as latas de alumínio do país foram recicladas em 2011, principalmente por cooperativas de reciclagem e catadores de lixo, segundo dados da associação Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE). O alumínio é um material atraente para o mercado de reciclagem devido ao seu preço elevado: em novembro de 2011, a tonelada de alumínio reciclado chegava a custar R$ 300 – para efeito de comparação, o quilo do papel custa R$ 0,10 e 20 garrafas PET dois litros têm o preço de R$ 0,30. O processo de reciclagem começa com o recolhimento da sucata do alumínio por ONGs, cooperativas e catadores. Depois da coleta, as sucatas de alumínio são enviadas aos centros de coletas das indústrias de reciclagem, onde passam por esteiras para que todas as impurezas sejam removidas. Após a remoção das impurezas, a sucata de alumínio é prensada em fardos e, então, enviada aos centros de fundição, onde passam por um novo processo de triagem. Depois, as latas são trituradas e passam por um processo químico, para a retirada de substâncias que possam estar presentes no alumínio, como tintas e vernizes. Depois da remoção de todas as impurezas, a sucata de alumínio é colocada em fornos e fundida até alcançar o estado líquido, momento no qual é transformada em lingotes; após isso, a sucata é laminada e vendida para as indústrias de alumínio. Um dos grandes problemas deste processo é o elevado volume de escória produzido. A escória possui um elevado teor de produtos tóxicos e perigosos, como nitretos,carbetos e metais pesados, e, por isso, é classificada como resíduo perigoso pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Contudo, a escória pode ser aproveitada em outras áreas industriais, como a de concreto. O concreto constituído por escória apresenta um maior poder de aglutinação e tempo de secagem muito menor do que o concreto normal, o que a torna aproveitável.

Onde Reciclar?

As latas de alumínio demoram de 200 a 500 anos para serem decompostas, enquanto a reciclagem desse material ocorre em um tempo bem menor. O alumínio é um material 100% reciclável e pode passar por esse processo infinitas vezes sem causar a perda de suas características. Para isso, existem muitas cooperativas de reciclagem espalhadas pelo país e muitas indústrias que se especializaram na reciclagem do alumínio. Para dar esse destino aos itens de alumínio, basta descartá-los no local específico das lixeiras de reciclagem.