Ativista morta estava com medo após seu endereço ser descoberto, relatam amigos

  • Correio24h
  • 04 Fev 2019
  • 13:16h

Amigos da ativista social Sabrina Bittencourt, 38, contaram que, antes de morrer,ela estava preocupada por ter tido o endereço, onde morava com os filhos, descoberto. No sábado (2), ela também denunciou que estava recebendo ameaças. O jornalista Gilberto Dimenstein publicou, neste domingo (3), no site Catraca Livre outra mensagem que teria recebido de Sabrina, na qual ela acusa Sandro Teixeira, filho de João de Deus, “de ameaçar as testemunhas que denunciaram seu pai, oferecendo pedras preciosas e casas do programa Minha Casa Minha Vida como forma de obter silêncio”. Na tarde do mesmo sábado, Sabrina disparou mensagens pelo Whatsapp para alguns jornalistas, entre eles os brasileiros Gilberto Dimenstein e Nina Lemos, dizendo sentir-se ameaçada por um homem chamado Paulo Pavesi. De acordo com a reportagem do Uol assinada por Nina Lemos, com colaboração de Talyta Vespa e Luís Lima, “Sabrina estava se sentindo especialmente apavorada porque o endereço onde morava com os filhos havia sido descoberto”.  Ainda segundo o texto publicado no portal de notícias, ela teria combinado com alguns amigos de localidades diferentes do mundo para publicar fotos como se estivesse nestes lugares.  Ao meio-dia de sábado, o cineasta Anderson Lago marcou Sabrina com uma foto da dupla em Angola. “A foto que postei é de 2014. Eu troquei o fundo pela imagem da exposição que, de fato, inaugurou ontem na Angola”, contou Anderson. Ele confirmou que a amiga estava em Barcelona e que teria notado movimentações suspeitas em sua conta de WhatsApp. “Ela deixou o celular com o WhatsApp e percebeu que as conversas estavam deslizando ‘sozinhas’. Percebeu que havia sido hackeada e que alguém tinha acesso a todas as conversas e passos dela. Ficou transtornada”, completou. Morando na Inglaterra, Paulo Pavesi reagiu no Facebook, dizendo que estaria sofrendo um ataque virtual dos “apoiadores de Sabrina” e que vai fazer um pedido à Polícia Federal para que o local do “suposto suicídio” seja investigado. Ele afirma que muitas das denúncias da ativista são mentirosas e pressupõe que ela tenha tirado a própria vida “porque não tinha como provar e sabia que não tinha outra saída”.