‘Não há explicação científica’, diz médico que se emocionou ao fazer parto raro

  • 31 Dez 2018
  • 20:09h

Foto: Luiz Fernando Gonçalves Borges/Arquivo Pessoal

Não há explicação científica para o parto empelicado - quando a bolsa amniótica não rompe antes do nascimento da criança, segundo o médico ginecologista obstetra que realizou pela primeira vez o procedimento considerado raro em São José do Rio Preto (SP). “A gente já tem uma experiência grande. Tenho 44 anos, 19 de profissão e foi uma emoção diferente. Isso acontece em um a cada 80 mil partos. Não há uma explicação científica em cima disso, talvez a membrana da bolsa das águas seja mais firme ou espessa", afirma o médico Luiz Fernando Gonçalves Borges em entrevista ao G1. O procedimento raro ganhou repercussão nas redes sociais depois que o médico publicou o vídeo do nascimento do bebê, que até o fim da tarde de domingo (30) contabilizava 86 mil visualizações, 3,4 mil interações e mais 2,3 mil compartilhamentos. “Depois de realizar inúmeros partos, este foi diferente porque a gente pôde observar o bebê fora do útero da mãe, mas ainda na bolsa das águas. Isso me tocou ainda mais por ser época de Natal”, conta. “Foi emocionante”. A gestação era gemelar e ocorreu na sexta-feira (28), por volta das 23h. Momentos antes do vídeo, o primeiro bebê, um menino, nasceu em uma cesariana no Hospital Beneficênia Portuguesa. O bebê que teve o parto empelicado é uma menina. “Meu testemunho é que Deus é perfeito e, podem acreditar, eu senti naquele instante a presença ‘Dele’ naquela sala. Meu amigo obstetra que me auxiliava (a quem agradeço) em um momento nos olhamos e pensamos a mesma coisa! Ainda mais nessa época de Natal”, disse o médico na publicação do Facebook.Segundo o médico, o casal de bebês nasceu com cerca de 2,5 quilos, teve alta da UTI e segue em observação no hospital. As crianças estão bem, segundo o profissional. A mãe teve alta na manhã deste domingo, mas continua no hospital acompanhando os gêmeos.