Bolsonaro diz que legislação trabalhista ‘vai ter que se aproximar da informalidade’

  • 13 Dez 2018
  • 12:06h

O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (12) que a legislação trabalhista, no que for possível, “vai ter que se aproximar da informalidade”. Deu a declaração durante discurso em reunião com a bancada do DEM, em Brasília. Nesta quarta, Bolsonaro teve encontros com as bancadas do partido dele, o PSL, o PP e o DEM. “Mostrar para a população que nós queremos o Bolsa Família, mas queremos também que saiam do Bolsa Família por ter oportunidade de emprego, entre outras coisas. Uma equipe econômica, o futuro ministro tem falado. Por exemplo, a legislação trabalhista, no que for possível – eu sei que está engessada – no artigo sétimo, vai ter que se aproximar da informalidade", disse Bolsonaro. O artigo sétimo da Constituição é o que garante o décimo terceiro salário, férias, seguro desemprego, entre outros direitos aos trabalhadores. "Ser patrão no Brasil é um tormento. Eu não quero, eu podia uma micro empresa com cinco funcionários. Não tenho por que? Eu sei das consequências depois se o meu negócio der errado, se eu mandar alguém embora, entre outras coisas. Devemos mudar isso daí", declarou o presidente eleito. A fala de Bolsonaro foi registradas em vídeo publicado no Facebook do deputado federal Francisco Floriano (DEM-RJ). Bolsonaro também criticou a atuação do Ministério Público do Trabalho. "Outra coisa bastante amadurecida: o Ministério Público do Trabalho. Pelo amor de Deus, se tiver clima a gente resolve esse problema. Não dá mais para continuar – quem produz sendo vítimas de ações de uma minoria, mas de uma minoria atuante", afirmou. "Então nós queremos que tenha fiscalização? Sim, mas que vê o que tá errado e faz observações, dá um prazo e depois volta. Se aquilo não foi, não foi, a exigência não foi atingida, aí vai e multa e não fazer como está aí", disse.