Com saída de cubanos, 10 cidades na BA ficarão sem nenhum médico na assistência básica, diz Sesab

  • 17 Nov 2018
  • 07:12h

Foto: Elói Corrêa/GOVBA

Dez cidades baianas, todas com menos de 40 mil habitantes, ficarão sem nenhum médico para atendimento na assistência básica com a saída dos profissionais cubanos do programa Mais Médicos, anunciada nesta semana pelo governo do país. O executivo estadual estima que a decisão vai afetar a vida de cerca de 3 milhões de pessoas, que ficarão sem assistência. A Bahia, que abriga 10% do total de médicos cubanos hoje no país, é o segundo estado que mais vai perder profissionais do Mais Médicos— fica atrás apenas de São Paulo, que tem 16% de todos os médicos de Cuba hoje no país. Atualmente, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), a Bahia possui 1.522 médicos do Programa Mais Médicos, que estão alocados em 363 dos 417 municípios. Deste total de profissionais, 846 são cubanos, que estão distribuídos em 317 municípios — há médicos também de países como México, Espanha e Angola. Os cubanos atendem, diariamente, 20,4 mil pessoas no estado — 326 mil mensalmente e 3 milhões anualmente. A estimativa do governo é que esses profissionais comecem a deixar o estado já a partir do dia 25 de novembro. Os municípios baianos onde só médicos cubanos trabalham na assistência básica e que perderão 100% dos profissionais são:

  • Apuarema (3 médicos)
  • Central (6)
  • Correntina (8)
  • Itagibá (3)
  • Lafaiete Coutinho (2)
  • Lajedão (2)
  • Nova Itarana (3)
  • Nova Soure (5)
  • Palmeiras (4)
  • Pedro Alexandre (6)

Do total de municípios que contam atualmente com o programa Mais Médicos na Bahia, em 99, o número de médicos cubanos representa mais de 50% do total de profissionais da atenção básica. Ainda conforme dados do governo local, 17 comunidades indígenas também ficarão sem assistência em todo o estado.