Polícia investiga ataque a contas de administradoras de grupo de mulheres contra Bolsonaro no Facebook

  • G1
  • 17 Set 2018
  • 09:04h

O Grupo Especializado de Repressão aos Crimes por Meios Eletrônicos, da Polícia Civil da Bahia, investiga um ataque à página de um grupo que reúne mulheres que são contrárias ao candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) no Facebook. A informação foi passada pela Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP-BA), que, em nota, informou que ainda não há informações sobre a autoria do ataque. Batizada de 'Mulheres Unidas contra Bolsonaro', a página no Facebook conta com mais de 2 milhões de participantes. O grupo, criado em 30 de agosto deste ano, chegou a ficar fora do ar temporariamente na madrugada deste domingo (16) e teve o funcionamento restabelecido por volta das 12h do mesmo dia. As administradoras da página também contam que tiveram seus perfis pessoais nas redes sociais e contas telefônicas invadidas. Uma delas, a professora universitária baiana Maíra Motta, de 40 anos, relata que teve o perfil sequestrado e utilizado para postar mensagens de ódio. "Por causa dos ataques, eu tive que comprar um chip novo. Eu só consegui resgatar o meu número na madrugada de sábado. Já a minha conta do Facebook, eu cheguei a alterar a senha por diversas vezes, mas eles voltavam a hackear. Precisei mudar a senha quatro vezes", contou Maíra. Ela registrou boletim de ocorrêcia sobre o caso no Distrito Integrado de Segurança Pública (Disep) de Vitória da Conquista, município que fica no sudoeste baiano, no sábado (15).Em nota, o Facebook informou que o grupo foi desativado após "atividades suspeitas" serem detectadas, mas não especificou as ações que levaram a página a ficar fora do ar.Em informe à imprensa, as administradoras do grupo disseram que já tiveram as contas reestabelecidas. "Vivemos em uma democracia, ainda que constantemente ameaçada, não será através da força, da ilegalidade e da desonestidade que nossos votos serão convertidos, serão ainda mais reafirmados, contrários a todo e qualquer ato e discurso de ódio”, diz a nota.