Policial civil atira em jovens ao confundi-los com assaltantes e se mata em seguida ao perceber engano, diz PM

  • 08 Jul 2018
  • 14:00h

Foto: Rita Torrinha/G1

Um jovem de 21 anos foi morto e duas pessoas ficaram feridas após serem confundidos com assaltantes na noite desta sexta-feira (6), na Avenida Padre Manoel de Nóbrega, no bairro Jesus de Nazaré, na Zona Central de Macapá. Um policial civil fez os disparos contra eles e, ao perceber o engano, atirou na própria cabeça, segundo informações preliminares da Polícia Militar. Ainda de acordo com a PM, o policial Jorge Henrique Banha passava na frente de um mercado quando viu dois jovens, que são primos, em um carro branco e pensou que eles estivessem assaltando o local. “Os rapazes estavam comprando bebida. Ainda não sabemos a motivação, mas a suspeita é que o policial passou em frente ao comércio e imaginou que se tratava de assalto. Ele começou a disparar. Foram mais de 10 disparos de uma pistola institucional”, informou a capitã Danúbia Murici. Todos os envolvidos na ação eram vizinhos e se conheciam, segundo testemunhas relataram à polícia.Um dos jovens baleados é filho de outro policial civil, amigo de Banha. O rapaz levou três tiros no peito ainda dentro do carro. Ele foi levado para o Hospital de Emergências (HE), onde passou por cirurgia. O estado de saúde não foi informado. O outro jovem atingido foi Ronald William de Oliveira, de 21 anos. Segundo a polícia, havia duas perfurações nas costas dele. Ele foi atingido dentro do estabelecimento e morreu no local. Por volta das 21h30, a Polícia Técnico-Científica (Politec) do Amapá fez a remoção do corpo. A terceira pessoa atingida foi uma mulher, de idade não informada, dona do comércio, que foi atingida de raspão no abdômen. De acordo com a PM, o policial civil atirou na própria cabeça logo após ter feito os disparos, a menos de quatro metros de onde estava o carro dos rapazes. Ele chegou a ser socorrido e levado para o HE, mas não resistiu aos ferimentos. “O policial teria reconhecido o filho do outro policial civil. É isso que informam para gente, e nesse reconhecimento resolveu se matar. Ele atirou no rosto, chegou a lesionar o lado superior e a narina. Quando chegamos ele já não conseguia mais respirar, mas foi encaminhado para o HE, e logo em seguida veio a óbito”, relatou a capitã.