Correntina: Justiça nega pedido de liberdade e mantém ex-presidente da Câmara preso

  • 13 Abr 2018
  • 10:00h

A Justiça determinou que o ex-presidente da Câmara de vereadores de Correntina, município do extremo oeste baiano, continue preso. A 1ª turma da 2ª Câmara criminal do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) negou o pedido de liberdade provisória a Wesley Campos Aguiar (PV), o “Maradona”. O ex-presidente, dois servidores da Casa Legislativa e um quarto homem são investigados pela Operação Último Tango, que descobriu um suposto esquema de desvio de verbas públicas por meio da distribuição irregular de cotas de combustível e inserção de “gratificações” nas remunerações de servidores da Câmara. Além do vereador, a justiça negou também o hc para os servidores Cleuzinete Sales, tesoureira, Hugo Neves, assistente de Controle Interno, e o motorista particular Erickson Santos, que supostamente recolhia o dinheiro do esquema. De acordo com a decisão que nega a liberdade dos presos provisórios, a liberdade, no caso dos envolvidos, poderia não assegurar a ordem pública. Segundo o desembargador Júlio Cezar lemos Travessa, livres, os pacientes poderiam intervir na colheita de provas, ocultando ou alterando os elementos. Poderiam ainda exercer nfluência sobre as testemunhas, como servidoras públicas em posição hierárquica inferior. O esquema de combustíveis responsável pelas prisões teria ocorrido entre 2015 a 2017. A Câmara de Vereadores teve um gasto mensal de R$ 14 mil com combustível por conta da distribuição indiscriminada de cotas para os vereadores, que incorporaram o crédito aos seus patrimônios pessoais.