Fazendas da família de Geddel são desocupadas na Bahia; polícia diz que não houve conflitos

  • G1
  • 10 Out 2017
  • 11:18h

As fazendas da família do ex-ministro Geddel Vieira Lima no sudoeste e no sul da Bahia, que foram invadidas por índios e integrantes de movimentos de lutas por terra, foram desocupadas. A informação foi confirmada ao G1 pelo advogado da família, como também pela Polícia Civil, nesta terça-feira (10). A ocupação mais longa, que durou 13 dias, ocorreu na Fazenda Esmeralda, que fica na zona rural do município de Itapetinga, no sudoeste da Bahia. Segundo o advogado Franklin Ferraz, oficiais da Justiça cumpriram mandado de reintegração de posse na sexta-feira (6). Ele diz que os oficiais foram acompanhados de forças militares, mas que a reintegração ocorreu de forma pacífica. O delegado Antônio Roberto Gomes da Silva Júnior, que atua na região, confirma que a reintegração ocorreu sem confrontos. A Fazenda Esmeralda estava ocupada desde o dia 23 de setembro por índios da tribo pataxó Hã Hã Hãe. Eles afirmavam que a terra era sagrada e pediam demarcação. Já a Fazenda Tabajara, na cidade de Potiraguá, no sul da Bahia, foi desocupada voluntariamente pelos integrantes do Movimento Livre da Terra. Também não houve registro de conflitos na região. Com a reintegração e desocupação, a defesa da família de Geddel afirma que está avaliando a situação das propriedades e possíveis danos. Geddel está preso no complexo da Papuda, em Brasília, desde 8 de setembro. A prisão ocorreu três dias após a polícia ter encontrado R$ 51 milhões em cédulas em um imóvel supostamente utilizado por ele. Antes, ele já cumpria prisão domiciliar em Salvador.