Operação Mala Preta: PF prende quadrilha que aplicava golpes em políticos

• Ascom Polícia Federal
• 05 Mai 2014
• 16:30h

A Polícia Federal deflagrou a Operação Mala Preta*, na última sexta-feira (2/5), para desarticular grupo criminoso que aplicava golpes em políticos, em São José do Rio Preto. Os golpistas prometiam conseguir recursos de sobras de campanhas passadas de deputados e senadores de Brasília para outros políticos, em troca de milhares de dólares, com uma cotação bem mais alta que a oficial. As vítimas que acreditavam nos golpistas conseguiam valores de 50 a 250 mil dólares para serem trocados por reais. Os golpistas trocavam os dólares verdadeiros por reais falsos. Os pacotes eram lacrados com fitas semelhantes às da Casa da Moeda e com cédulas de real verdadeiras nas extremidades dos pacotes e falsas no interior dos mesmos para ludibriar as vítimas. A investigação teve início no mês de abril, quando a PF obteve informações que um grupo estaria fazendo reuniões com políticos e pretensos políticos da região de São José do Rio Preto. Os golpistas diziam que os recursos eram provenientes de “caixa dois” de campanhas passadas e estariam dispostos a trocá-los por dólares a uma cotação diferenciada. Na manhã de 2/5, policiais federais, disfarçados de hóspedes do flat, onde o grupo aplicaria um golpe, prenderam em flagrante delito duas pessoas: um homem, de 43 anos de idade, produtor rural de Divinópolis/MG, que se passava por assessor financeiro e político de deputados e senadores de Brasília; e uma mulher, de 35 anos de idade, corretora de imóveis de Taquara/RJ, que se passava por secretária do assessor. Ambos estavam no saguão do flat aguardando uma vítima, no momento em que foram presos. Eles utilizavam nomes falsos, para contatar suas vítimas. O terceiro preso, de 50 anos de idade, era um investigador da Polícia Civil do Rio de Janeiro e marido da mulher presa. Ele dava cobertura para a dupla, no lado de fora do Flat. Os policiais federais encontraram com ele uma mala preta com aproximadamente R$ 300 mil entre cédulas verdadeiras e cédulas semelhantes às de cinquenta reais. As cédulas verdadeiras estavam na capa dos pacotes de reais, levando a crer que todas as demais eram verdadeiras. Ele estava portando uma pistola calibre .40, de propriedade da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Em outro Hotel, na Rodovia Washington Luis, em Rio Preto, outra mala com aproximadamente R$ 300 mil, em cédulas verdadeiras e semelhantes às verdadeiras, foi localizada. O veículo pertence a um dos presos, que estavam hospedados naquele local e pretendiam fugir para o Rio de Janeiro e Divinópolis/MG, após a concretização do golpe. Os presos serão conduzidos para unidades prisionais da região, onde permanecerão à disposição da Justiça.