Matemática Eleitoral

  • Por Dr. Cleio Diniz
  • 01 Out 2016
  • 07:05h

(Foto: Laércio de Morais | Brumado Urgente)

Uma fórmula de certa forma até injusta, mas a matemática eleitoral não favorece ao eleitor, porém, imputa a este toda responsabilidade pelo resultado.

Então vejamos, a campanha eleitoral dura pouco mais de 01 (um) mês, o momento do voto, da escolha em si, em torno de 01 (um) minuto, mas a escolha feita terá como resultado uma procuração por 04 (quatro) anos para alguém decidir o rumo da administração do governo em que vivemos, e suas decisões terão reflexos por décadas... 

Ou seja, na matemática eleitoral ao eleitor é exigido o máximo e qualquer falha trará graves consequências. Ora, dizem os mais velhos que passamos a vida ao lado de uma pessoa e ainda assim não o conhecemos direito, então como fazer isto em tão pouco tempo, ou quase nenhum? A resposta é simples, não precisamos conhecer a pessoa, mas sim o que ele representa, o que ele fez, com quem e no que ele esta envolvido. Neste ponto, a lei da ficha limpa é um tapa na cara dos eleitores, pois transferiu para o poder judiciário, que tem fama de letárgico, a responsabilidade que compete ao eleitor, o qual deveria extirpar da vida pública e política todo candidato que não conseguiu cumprir sua plataforma de governo, ou até mesmo aquele que apresenta plataformas e projetos mirabolantes ou incompatíveis com os cargos pretendidos. 

Um processo trabalhoso, mas que permite uma decisão responsável e mais acertável no ato do voto e garante a evolução administrativa do poder público. Não adianta reclamar após uma decisão de voto tomada sem esta análise, tomada com descuido, negligência, ou até mesmo por venda em razão de interesse pessoal momentâneo. 

Somente com a evolução social, o desenvolvimento da comunidade que os indivíduos passaram a obter vantagens concretas e benefícios reais e duradouros.