Saiba por que o frio aumenta os riscos de problemas no coração

  • 21 Jun 2015
  • 10:30h

(Foto: Ilustração)

O inverno está associado ao aumento dos casos de doenças cardíacas e da mortalidade cardiovascular. Estudos mostram que, a cada queda de dez graus na temperatura, o número desse tipo de complicações aumenta cerca de 30% a 40%. Quem tem fatores de risco — como hábito de fumar, hipertensão, sedentarismos e idade acima de 45 anos — deve ficar alerta. O mecanismo fisiológico para uma pessoa infartar não é muito complexo: basta as artérias que enviam sangue ao coração serem obstruídas por alguma razão — a causa mais comum são placas de gordura acumuladas ao longo da vida — que o sangue não passa, o coração não recebe o líquido vital com oxigênio e sofre danos sérios que podem levar à morte. O problema é que, com o frio, o risco aumenta em 30%. Alguns motivos contribuem para o infarto no frio. O primeiro é o aumento das infecções respiratórias que ocorrem na época do inverno. Gripes e resfriados provocam uma sobrecarga no sistema circulatório. O coração tem que trabalhar mais, bombear mais sangue para atender às necessidades. Além disso, a infecção agride os vasos na sua superfície de recobrimento mais interno, chamado endotélio, e este fica mais vulnerável a processos de trombose, seja o acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, seja o infarto do miocárdio ou ataque cardíaco. 

O frio leva ainda a um fenômeno chamado vasoconstrição. Os vasos ficam contraídos para impedir a perda do calor. Por isso, é comum as mãos e a ponta do nariz das pessoas ficarem geladas no período do inverno, porque os vasos contraem, para manter o sangue circulando na parte central do corpo e que não haja perda de calor. Para afastar o perigo, o indicado é controlar a hipertensão, o diabetes e o colesterol, além de manter uma rotina de exercícios físicos e alimentação saudável e evitar o tabaco. 


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