Dor crônica: mulheres são as maiores vítimas e o tratamento não deve ser adiado

  • 15 Mar 2015
  • 14:01h

Eliana Perazzo comemora a vitória sobre a dor crônica. (Foto: Robson Mendes/CORREIO)

Desde a primeira menstruação, Eliana Perazzo, 55 anos, sentia dores nos braços, pescoço e costas. Com o passar dos anos e depois de se tornar bancária, o incômodo só piorou. Junto com as dores musculares, chegaram também muita dor de cabeça e a perda de qualidade de vida. “Despertava de madrugada por causa das dores, principalmente depois que precisei sair do interior e vir para Salvador com três filhos pequenos, longe da família e sem ter um imóvel onde morar”, contou ela. A situação chegou a tal ponto que analgésicos, fisioterapia e acupuntura não resolviam e a saída foi apelar para o bloqueio da dor com anestésicos específicos. “Sofri muito antes de encontrar formas de lidar com a dor e a angústia que ela causa, conhecer o problema e trabalhar com ele permite viver melhor”, ensina. Eliana integra o grupo de um terço da população mundial que sofre com a chamada dor crônica. Segundo as definições da Associação Internacional dos Estudos da Dor, a sensação corresponde a uma experiência física e ou emocional desagradável, geralmente a uma lesão real ou potencial dos tecidos. A dor pode ser aguda e crônica. A aguda é rápida, pode durar segundos, dias ou semanas, é tratada como um sintoma, um alerta que surge depois de queimaduras, infecção, inflamação, traumas, cirurgias. A dor crônica ou persistente pode durar meses ou anos. Viver com dor não é apenas incômodo, ela impacta diretamente no bem-estar social e emocional do indivíduo, que pode terminar isolado, ansioso ou deprimido, além de afetar a produtividade no trabalho, o apetite e o sono.


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