Wagner refuta acusações e pede apuração dos fatos na Petrobras

  • Bahia Toda Hora
  • 13 Dez 2014
  • 14:17h

(Foto: Brumado Urgente Conteúdo)

governador da Bahia, Jaques Wagner, refutou veementemente qualquer suposta ligação dele com irregularidades na Petrobras apontadas pelo jornal Folha de S. Paulo  em reportagem publicada na sexta-feira (12) acerca de denúncias envolvendo desvios de recursos no setor de comunicação da estatal, feitas por Venina Velosa da Fonseca, ex-gerente-executiva da área de Abastecimento da empresa. Em nota encaminhada por sua assessoria ao Bahia Toda Hora, Wagner, diz também esperar que “tudo que está sendo divulgado sobre a Petrobras e a suposta utilização ilegal de recursos seja amplamente apurado e que os envolvidos e culpados sejam punidos”. A reportagem da Folha de S. Paulo diz que as denúncias feitas pela ex-gerente, dando conta que houve vários desvios na estatal e que a direção da companhia foi informada sobre as irregularidades, atingem o governador e o ex-presidente da petrolífera José Sérgio Gabrielli. Venina teria denunciado, em 2009, que o então gerente de Comunicação da área de Abastecimento da Petrobras, Geovane de Morais, havia autorizado irregularmente gastos milionários sem qualquer comprovação da efetiva prestação de serviços, com fortes indícios de desvio de recursos. Segundo a Folha, Morais é ligado ao grupo político petista oriundo do movimento sindical de químicos e petroleiros do Estado, do qual fazem parte Wagner e Rosemberg Pinto, então assessor especial do então presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli. Rosemberg hoje é deputado estadual na Bahia e Gabrielli é o atual secretário do Planejamento do Estado.O jornal revela que uma auditoria interna realizada na Petrobras constatou as suspeitas de fraudes e desvio de recursos nos pagamentos autorizados por Morais e diz que duas produtoras de vídeo que trabalharam nas campanhas de Jaques Wagner e de duas prefeitas do PT receberam R$ 4 milhões da Petrobras em 2008, sem licitação, em projetos autorizados por Morais. Como gerente de comunicação da área de Abastecimento, Morais era subordinado ao ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, delator e pivô do atual escândalo de corrupção envolvendo contratos da Petrobras. Após a constatação das irregularidades praticadas por Morais, ele teve sua demissão por justa causa determinada pela direção da estatal. Mas, logo em seguida, Morais tirou licença médica e a Petrobras levou mais de cinco anos para demiti-lo de fato.


Comentários

    Nenhum comentário, seja o primeiro a enviar.