Para escapar, Bahia terá de superar o 'carrasco' Alex

  • Vittor Villar
  • 06 Dez 2014
  • 12:05h

Elenco tricolor realizou último treino do ano no Fazendão antes da viagem a Curitiba | Divulgação l E.C. Bahia

Muito se engana quem pensa que o jogo de domingo, 7, não vale mais nada para o Coritiba, já livre de qualquer risco de rebaixamento. O confronto, que pode selar a queda do Bahia, será também a despedida do meia Alex, um dos maiores ídolos da história do Coxa. Aos 37 anos, o camisa 10 pode se aposentar com a fama de legítimo carrasco do Esquadrão. Afinal, foram oito partidas contra o Tricolor em sua carreira, e nenhuma derrota: quatro triunfos e quatro empates. Não para por aí. Ao longo desses oito confrontos, o meia balançou as redes nove vezes. A fama de carrasco começou em 1996, quando, aos 19 anos, fez dois gols no triunfo por 4 a 1 pelo Brasileiro. No ano seguinte, brilhou nos jogos que eliminaram o Bahia da Copa do Brasil. Tudo isso pelo Coxa. Não custa lembrar que o craque, em outro momento festivo, já foi protagonista de uma partida que marcou o rebaixamento do Tricolor: a derrota para o Cruzeiro, por 7 a 0, na Fonte Nova, em 2003. Ainda hoje, os tricolores lembram de cada um dos gols do camisa 10 naquela partida - ainda que com dificuldade, afinal, foram cinco. O craque comemorava, aos 26 anos, o brasileiro conquistado antecipadamente.

 

 

Ciente da pressão que terá de enfrentar, o técnico do Esquadrão, Charles Fabian, também rasga elogios a Alex: "Primeiro que ele não é ídolo só do Coritiba, mas ídolo de todo mundo que aprecia bom futebol", disse. "Um jogador à moda antiga, de qualidade e inteligência fora dos comum", completou. Para o comandante tricolor, faltam mais atletas como Alex no Brasil. "É uma pena que está encerrando a carreira, porque vai fazer muita falta um cara como ele". Para o confronto de vida ou morte para o Tricolor, o Coxa promete casa cheia. Na sexta, 5, no primeiro dia de vendas dos ingressos, as bilheterias do Couto Pereira já amanheceram lotadas. O último treino do ídolo, na manhã deste sábado, 6, terá portões abertos para a torcida. Os torcedores do Coxa  também prometeram a tradicional 'rua de fogo', como é conhecida a multidão com sinalizadores nas mãos para receber os ônibus das duas equipes. Charles quer que os jogadores ignorem o cenário de festa para os torcedores do Coxa e mantenham a postura aguerrida do time, como aconteceu nos últimos jogos. "Quero que a gente jogue da mesma forma que jogamos contra Grêmio e  Atlético-PR. Vamos para Curitiba com um time de pegada, um time brigador, que não enxerga bola perdida", disse. "O jogo se define muito pelo estado como ele se inicia. Quando a bola rolar, vamos ver como nosso jogadores se apresentam. Espero que seja dessa forma".


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