Polícia Federal deflagra operação contra fraude no fundo de pensão dos Correios

  • Redação
  • 17 Set 2021
  • 14:21h

Serão investigados crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa, crimes contra o sistema financeiro nacional e corrupção cometidos contra o Postalis | Foto: Divulgação PF

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (17) a Operação Amigo Germânico, para investigar os crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa, crimes contra o sistema financeiro nacional e corrupção cometidos contra o Postalis – Instituto de Previdência Complementar, do fundo de pensão dos Correios.

Para a ação foram mobilizados 44 policiais federais para cumprir 19 mandados de busca e apreensão pela Justiça Federal no Distrito Federal, Paraná e em São Paulo. A Justiça também determinou o bloqueio de bens dos investigados até o limite do valor dos prejuízos já apurados: cerca de R$ 16 milhões.

As investigações, em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), apontam que foram criados quatro Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios Não Padronizados – FIDC NP e, em seguida, diversos ativos do Postalis foram reprecificados em valor diferente de zero, quando deveriam ter sido reavaliados a valor zero. A referida operação, cujos prejuízos foram previamente admitidos pelos alvos investigados, implicou no agravamento da situação já deficitária da entidade.

Os alvos respaldaram seus atos em pareceres jurídicos elaborados por pessoas que possuíam interesse direto na indicação das empresas que, posteriormente, seriam escolhidas como gestora e administradora dos recursos dos FIDC NP.

Ainda segundo a PF, as empresas indicadas para administrar os Fundos de Investimento direcionavam taxas de rebate (comissão) para serem divididos entre os responsáveis pela indicação das empresas que, também atuavam no aconselhamento técnico-jurídico do Postalis. Além disso, por meio de transações dissimuladas, também foram direcionadas vantagens indevidas a gestores da entidade de previdência complementar dos Correios.

Os envolvidos poderão responder pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta de instituição financeira e corrupção passiva e ativa com penas que, se somadas, podem chegar a 42 anos de reclusão.


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