Artigo de Opinião: Politicagem e Preconceito

  • Por Dr. Cleio Diniz
  • 04 Nov 2014
  • 19:18h

(Foto: Laércio de Morais | Brumado Urgente)

Após os resultados das urnas iniciou-se uma onda de expressões qualificadas como preconceituosas, as quais foram criticadas, debatidas e tudo mais, todavia a origem, o cerne da questão não foi levantado, debatido, sequer analisado.


Nosso País é universalmente reconhecido pela sua miscigenação, aliás nossa origem. Nosso povo é formado pela mistura de todas as raças, o que entra em choque com esta postura.


Não é de hoje que esta “rixa” entre o norte e o sul existe e tive o desprazer de conhecê-la ainda na adolescência. Neste campo posso falar com propriedade, pois nasci no sul e me criei no norte e nas minhas idas e vindas pude presenciar este posicionamento incompatível com nossas origens.


Neste apurado aprendi que a questão econômica é muito mais fachada do que propriamente a razão, estando esta estreitamente ligada a questões políticas, ou seja, o interesse político e individual de “alguns” governantes fomentam esta disputa e suposta intolerância. Digo suposta porque o que se vê é um se beneficiando das benesses do outro, o que se vê é, acompanhando nossa história, o norte repleto de sulistas e o sul repleto de nortista.


Na verdade, ouso dizer que tudo é mantido pelo jogo ariscado do poder. Então vejamos, em fatos recentes, como estratégia de campanha, o grupo vencedor na última eleição pregava ser o representante dos pobres, enquanto o outro seria o representante dos ricos.

Traduzindo para a fachada da economia, um seria representante dos operários e o outro dos empresários, como se em ambos os casos esta divisão fosse possível. Digo possível porque como representante eleito da nação, o chefe de governo tem que administrar para todos, fazendo cumprir suas promessas feitas para aqueles que o elegeu e mostrando para aqueles que não o apoiaram que merece também sua confiança. Trazendo para o campo da economia, fica mais evidente separação das classes, pois não existe possibilidade do operário viver sem o empresário e nem este sem aquele.


Enfim, falar em separatismo por questões políticas ou econômicas é balela, pois se for posta em prática esta idéia, com base em economia, cultura e outras coisas mais não irá bastar dividir o País em duas partes, mas terá que ser uma divisão em dezenas, quem sabe centenas de mini Países.


Não podemos nos esquecer do velho e sábio ditado que diz “a união faz a força”, e com certeza a nossa grandeza faz a diferença e impõe respeito.


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