Ricardo Alban diz que a situação do Brasil já é ruim, mas pode ficar pior

  • Levi Vasconcelos
  • 05 Mar 2021
  • 17:40h

"Vamos ter muitas empresas morrendo, sendo enterradas" | Foto: Valter Pontes/Coperphoto/Sistema Fieb

Ricardo Alban (foto), presidente da Federação das Indústrias da Bahia (Fieb), diz que no começo da pandemia até teve a esperança de que no fim de 2021 as coisas fossem melhores.

— Errei. Agora vejo um cenário para o futuro pior. E espero errar também.

Ele diz que o Brasil passa a sensação de desgovernança, com a falta de entendimento entre as autoridades; ou de gestão, como o ministro da Saúde ser questionado por causa da falta de oxigênio em Manaus; a Justiça legislando, agravadas pela politização da pandemia.

— Vamos ter muitas empresas morrendo, sendo enterradas. Veja um exemplo. A indústria de cosméticos se nutre de farmácias, salões de beleza e afins. Se lá na ponta está travado, é evidente que vai afetar a indústria, a base, e toda a cadeia vai sofrer de alguma forma.

Ford

Ele cita que o fechamento da Ford já foi um baque pesado, com 12 ou 13 empresas do entorno fechando, o que dá um efeito multiplicador de empobrecimento.

— É o cidadão, que tinha um salário mediano, uma casa no litoral, com caseiro. Tudo isso desaba.

Cita como complicador a redução de incentivos à indústria química, medidas que ajudam a complicar:

— A indústria do termoplástico é afetada. E o plástico está em tudo hoje.

Se as perspectivas para 2021 não são boas, imagine 2022, um ano eleitoral em um disputa raivosa. Alban quer estar errado, mas parece que está mesmo certo.


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