Brumado: em clima de luto coletivo, ruas vazias e população recolhida na manhã deste sábado (27)

  • Brumado Urgente
  • 27 Fev 2021
  • 09:13h

Ruas vazias e clima de muita preocupação nas ruas de Brumado | Foto: Brumado Urgente

Demorou, mas a consciência chegou, mesmo que tenha sido no ritmo do velho ditado que diz “se não for por amor, vai ser pela dor. As teses negacionistas começar a serem pulverizadas pela fria e cruel realidade, que, só nesta sexta-feira (26), divulgou o número recorde até agora na pandemia, de 1.582 óbitos em decorrência da Covid-19. Em Brumado, que também teve uma forte resistência às medidas mais restritivas, inclusive com aglomerações constantes, a população já demonstra um nível de conscientização bem maior, o que, para muitos, foi construído com dor e lágrimas, já que os óbitos pela doença nos últimos dias estão em crescente, além do que o sistema de saúde local está sobrecarregado e, para piorar, não há praticamente vagas nas UTIs da região. 

Ruas vazias e clima de muita preocupação nas ruas de Brumado | Foto: Brumado Urgente

O toque de recolher e as restrições mais rígidas quanto ao funcionamento do comércio impostas pelo governo do estado deverão surtir efeitos, mas, a grande possibilidade de que as medidas continuem durante toda a semana, ou até os próximos 15 dias, isso se os índices não tiveram uma queda acentuada. Quem sai às ruas de Brumado na manhã deste sábado (27) pode comprovar que o clima é de luto coletivo, a quem arriscou que era uma versão sertaneja do “walking dead”, com as poucas pessoas transitando com a cabeça baixa e com cara de muita preocupação. Uma pequena fila se formou em frente à lotérica da Rua Antônio Francisco da Silva, mas logo as portas foram fechadas, pois o serviço não é essencial, correndo o risco de se pagar uma multa salgada pelo descumprimento do decreto. O domingo, que sempre é um dia festivo na cidade, também promete ser de retração sentimental com as famílias reclusas, mas é para o bem coletivo.

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