Ensino híbrido é tendência para o mercado da educação no pós-pandemia

  • Fernanda Glinka
  • 02 Dez 2020
  • 18:33h

(Foto: Divulgação)

A Educação foi um dos setores mais impactados pela pandemia em todo o mundo. Escolas fecharam e, do dia para a noite, professores precisaram repensar suas estratégicas pedagógicas e alunos tiveram de se manter engajados mesmo sem a interação presencial. Diante desse cenário, o mercado da educação se viu forçado a utilizar tecnológicas já anteriormente disponíveis para viabilizar aulas de forma remota aos estudantes, mesmo sem planejamento prévio.

Para 2021, a discussão vai além da dúvida entre retornar às aulas presencias ou permanecer 100% no digital, mas sim em como estabelecer um esquema de ensino híbrido. “Os encontros presenciais ainda serão necessários, mas não mais para assistirmos aulas conteudistas como costumávamos fazer. Terão um viés muito mais humano, de convívio, relacionamento social, troca de ideias e ativação de ambientes criativos”, diz Paula Abbas, Consultora de Inovação e Docente nas áreas de Pesquisa de Tendências e Design Thinking do ISAE Escola de Negócios.

Segundo a especialista, a pandemia acelerou algumas tendências determinantes à transformação da educação, como a aprendizagem baseada em problemas (problem based learning), o desenvolvimento de soft skills e a inovação dentro das áreas STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática). Ou seja, foco educacional voltado às ferramentas que envolvem trabalho em grupo e uso de metodologias ativas. “Otimizando os encontros presenciais apenas para momentos realmente necessários, minimizamos até mesmo o impacto ambiental. Nos acostumaremos a menos deslocamentos físicos e mais deslocamentos digitais”, afirma.

Para o próximo ano, veremos grandes inovações acontecendo no setor da educação. Como negócio, ganharão relevância as salas de aula virtuais, que eram periféricas e hoje se encontram sob holofotes. Já como planejamento pedagógico, será necessário ter claro em mente como engajar o aluno através da tecnologia. “Vale o alerta em relação ao acesso da população à internet. Hoje, apenas 60% da população está online, e a pandemia escancarou as desigualdades socioeconômicas. Se não nos atentarmos a esses detalhes, a falta de acesso às tecnologias pode inviabilizar o ensino à distância”, complementa Paula Abbas. 


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