Líder do PCdoB-BA rechaça fusão com PT e critica tentativa de hegemonia de aliado

  • Matheus Caldas
  • 23 Out 2020
  • 08:27h

(Foto: :Bahia na Política)

Presidente do PCdoB na Bahia, Davidson Magalhães sugeriu que o principal líder do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, abra mão de lançar um candidato petista à presidência da República para dar espaço a uma “frente ampla” para derrotar Jair Bolsonaro (sem partido) no pleito em 2022.

“Eu acho Lula tem que abrir mão da pretensa hegemonia na cabeça da chapa para abrir espaço”, opinou, em entrevista ao Bahia Notícias.

Apesar da crítica, ele concorda com a sugestão dada pelo governador Rui Costa (PT) de criar uma unidade entre os partidos de esquerda. No entanto, ele não enxerga possibilidade de fusão. “Eu concordo com a tese da unidade, da fusão não. Cada partido tem sua identidade, seu projeto, o que não impede de ter uma unidade política pra construção de alternativas pro país. Eu, inclusive, defendo uma frente mais ampla ainda do que está sendo proposto”, declarou.

“A história recente da América Latina tem mostrado isso. Por exemplo, na Argentina e na Bolívia. Nós teríamos tido um resultado diferente no Brasil se esta lógica tivesse sido seguida. Uma visão do Wagner e do Rui numa candidatura que não fosse do PT na última eleição. Eu acho que Bolsonaro não teria ganhado”, conjecturou.

CENÁRIO NA CAPITAL

Se a nível nacional Rui critica a pulverização, em Salvador ele, como principal articulador da esquerda, optou pela dispersão das candidaturas. Com isto, o arco de aliança petista vai disputar a eleição com quatro nomes – Major Denice (PT), Pastor Sargento Isidório (Avante), Olívia Santana (PCdoB) e Bacelar (Podemos).

 

Davidson evitou criticar o gestor estadual, mas seguiu insistindo na importância da unidade. “O que levou a eleição de Wagner foi unidade, projeto único e construção única. Uma frente política ampla. Assim como Rui na eleição e na reeleição. A experiência da Bahia demonstrou que você precisa ter unidade política”, concluiu.


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