Assembleia: Rui, Wagner e Otto conversam com Leão, mas vice se mantém rebelde levando a especulações de que quer romper

  • Política Livre
  • 09 Out 2020
  • 08:27h

Rui, Leão e Otto já foram assim, no passado. Hoje, o caldo parece entornar entre eles por causa da disputa pela Assembleia | Foto: Reprodução

Numa tentativa de resolver o impasse pela eleição à presidência da Assembleia Legislativa da Bahia, o governador Rui Costa (PT) e os senadores Jaques Wagner (PT) e Otto Alencar (PSD) se reuniram ontem demoradamente com o vice-governador João Leão (PP).

No encontro, o governador e os senadores firmaram sua posição em defesa da candidatura do deputado estadual Adolfo Menezes (PSD) à sucessão de Nelson Leal (PP) na Casa, mas Leão se mostrou irredutível no argumento de que caberia ao seu partido fazer o sucessor.

A posição, considerada intransigente de Leão, levou os interlocutores a questionarem se o projeto do vice seria romper com o governo para concorrer ao governo ou mesmo apoiar a candidatura do prefeito ACM Neto (DEM) à sucessão estadual em 2022.

Segundo apurou este Política Livre, o governador teria ficado especialmente agastado com a situação. Ele se considera fiador de um acordo pelo qual o PP havia se comprometido a apoiar Adolfo na sucessão de Nelson, depois que a reeleição foi extinta no Legislativo baiano.

“Desonrar o acordo seria uma desmoralização para Rui, por isso ele não vai aceitar isso”, disse uma fonte do Palácio de Ondina. Como já antecipado por este site, se não conseguir aprovar a reeleição de volta, o PP deve lançar o deputado Vítor Bonfim (PL) à presidência.

Mas Nelson ainda estaria tentando costurar uma saída pela aprovação da PEC que lhe daria o direito de disputar a reeleição, num quadro em que muitos consideram que ele seria imbatível. O presidente chegou a procurar o senador Otto Alencar antes da reunião de ontem.

Na conversa, teria exposto os motivos para desejar manter-se na presidência, que passam pelo fato de sua gestão ter sido colhida pela pandemia, impedindo-o de deixar sua marca. Otto teria ouvido o parlamentar atentamente, mas não mudou sua posição em defesa de Adolfo, como o encontro de ontem deixou claro.


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